segunda-feira, 27 de julho de 2020

FAO CONCEDE AO GOVERNO GUINEENSE LABORATÓRIO DE COMBATE À LAGARTA LEGIONÁRIA

Foto/arquivo Net
O Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) na Guiné-Bissau entregou, no passado dia 17 de junho, em Bissau, uma pequena edificação recheada de equipamentos laboratoriais, no âmbito do Projeto de Apoio ao Controlo da Lagarta Legionária do Outono (CLA) e outras pragas, financiada em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). 

O ato da entrega desta infraestrutura foi presidido pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Abel da Silva Gomes, a quem o representante assistente para o Programa da FAO, Mário Reis, entregou a chave do laboratório, na presença de técnicos da Agricultura e funcionários desta organização das Nações Unidas na Guiné-Bissau.

A nota de imprensa da organização no país lembra que este inseto foi identificado pela primeira vez na Guiné-Bissau em agosto de 2017, quando já se encontrava espalhada por quase toda a África, atacando as principais culturas de cereais e vegetais.

“A redução significativa de rendimentos agrícolas que isso já provocou, com mais de 90 por cento da população a depender destes alimentos para garantir a sua segurança alimentar e nutricional, levou o Governo a declarar estado de emergência em resposta à infestação.”

Segundo documento desta organização, o projeto ajudou a combater a invasão do exército no Outono, contribuiu para a redução das possíveis perdas na produção e reforçou de forma sustentável a segurança alimentar e nutricional do povo da Guiné-Bissau. Por outro lado, o projeto reduziu a utilização de pesticidas tóxicos sintéticos habitualmente utilizados.

“O país tem agora um sistema de alerta precoce para a invasão da Lagarta Legionária do Outono e outras pragas que são habituais em todo o país, o que “permite uma resposta rápida aos primeiros sinais de infestação e contribui para limitar as perdas de colheitas, uma estratégia integrada de gestão de pragas formulada, implementada e divulgada”, informou esta organização das Nações Unidas na Guiné-Bissau.

Este alerta assenta numa aplicação digital chamada FAMEWS (Fall Army Monitoring Early Warning System), que é um sistema informatizado de monitorização de pragas desenvolvido por peritos na sede da FAO, para recolha e transmissão de dados, o que permitiu o estabelecimento de uma plataforma de mais de 50 agentes formados, cobrindo todo o território nacional. Os dados são introduzidos em smartphones selecionados e adquiridos para este fim, com a aplicação FAMEWS que, depois, são enviados para validação.

Mais informou que os dados digitalizados de vigilância são acessíveis e imediatamente processados pelo entomologista da Direção dos Serviços de Proteção das Plantas de Bissau, bem como pelos peritos responsáveis pela vigilância global da praga em África e no mundo.

Por: Fulgêncio Mendes Borges
Conosaba/nô pintcha

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