sábado, 4 de julho de 2015

GUINÉ-BISSAU TEM "POTENCIAL ENORME" PARA INVESTIMENTO PORTUGUÊS - MIGUEL FRASQUILHO

Miguel Frasquilho

A Guiné-Bissau tem hoje "um potencial enorme" para o investimento de empresários portugueses, destacou hoje o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho. Há um potencial enorme ao nível da cooperação empresarial nos dois sentidos", referiu aquele responsável em Bissau durante a inauguração da representação da AICEP na capital guineense.

Para já, os números mostram que as relações comerciais e empresariais "são bastante incipientes", mas "basta conhecer a realidade para perceber que o potencial existe", a par de "uma grande empatia entre os dois povos".

Presente na cerimónia, o ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, confirmou que estão a crescer os contactos de empresários de Portugal interessados no país.

"Tenho recebido muitos empresários que manifestaram interesse em participar no investimento em diferentes áreas", referiu.

No país sujeito a quatro décadas de conflitos políticos e militares e que em 2014 entrou numa fase de estabilidade, quase tudo está por fazer em todas as áreas de atividade e muito financiamento está prometido a partir deste ano.

Num encontro de doadores internacionais realizado a 25 de março, em Bruxelas, o Estado guineense mobilizou mais de mil milhões de euros de intenções de apoio da comunidade internacional, com Portugal a comprometer-se com um programa de cooperação de 40 milhões de euros.

Serviços, construção civil, turismo, pescas, agricultura e agroindústrias são áreas destacadas pelo ministro da Economia e Finanças.

"A Guiné-Bissau é um país que começa a entrar numa nova fase: conseguiu estabilidade que é para durar e esse é um fator importante para assegurar os investidores", realçou.

A inauguração da delegação da AICEP coincidiu com o dia em que o Governo guineense completa o primeiro aniversário desde que tomou posse - colocando fim a um período de transição que sucedeu ao golpe de Estado de 2012.

A eleição de novas autoridades permitiu à comunidade internacional retomar em pleno as relações com o país, nas quais se enquadra a presença da agência portuguesa que passa a funcionar nas instalações da embaixada portuguesa.

Durante a inauguração foi também assinado um protocolo de cooperação entre a Direcção-Geral de Promoção do Investimento Privado da Guiné-Bissau e a AICEP que prevê o estreitamento de relações entre os dois organismos.

lusa.pt

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