O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que os cidadãos querem ver a partir de 2022 os tribunais a decidir com rapidez, isenção e anunciou "um total empenho" para combater a corrupção e o tráfico de droga no país.
Ao dirigir-se aos elementos do poder judicial que lhe apresentaram cumprimentos de Novo Ano no Palácio da Presidência em Bissau, Sissoco Embaló considerou que o setor judicial foi, até finais de 2021, aquele que "foi no passado, muito abalado na sua reputação".
O Presidente disse, contudo, que em 2021 o setor da justiça acabou por ser onde ocorreram "mudanças profundas" e que, observou, "dão esperanças aos guineenses".
Em 2021 foi eleito um novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz conselheiro José Pedro Sambú, e o Presidente guineense nomeou Bacari Sanhá como novo Procurador-Geral da República.
"Os guineenses querem ver os tribunais a decidir com rapidez, isenção, competência, eficácia e rigor da lei", afirmou Umaro Sissoco Embalo, que sublinhou o seu empenho pessoal ao lado dos operadores judiciários no combate à corrupção e na luta contra o tráfico de drogas.
O presidente do STJ salientou as "mudanças em curso" no setor judicial, mas apelou ao chefe de Estado para apoiar para que a justiça "seja mais bem administrada" aos cidadãos guineenses.
Também na cerimónia de apresentação de cumprimentos ao chefe de Estado, o presidente do Movimento da Sociedade Civil, plataforma que congrega mais de 100 organizações, Fodé Caramba Sanhá salientou que os guineenses esperam mudanças no setor da justiça, melhorias na gestão das Finanças Públicas, respeito pelos direitos fundamentais e "cumprimento escrupuloso" da Constituição da República "sempre obedecendo à separação dos poderes" entre os órgãos de soberania, disse.
O Presidente enalteceu o papel do Movimento da Sociedade Civil "no estabelecimento de pontes" entre atores sociais e políticos e ainda elogiou o trabalho das confissões religiosas do país na promoção do diálogo.
Embaló afirmou ainda que apesar das melhorias da imagem do país no plano externo, a Guiné-Bissau "continua a enfrentar muitas dificuldades", agravadas, disse, pela pandemia da covid-19.
Conosaba/Lusa
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