quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

PR guineense considera que país “reergueu-se ao sair de crises cíclicas” em 2021

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu hoje que o país "conseguiu reerguer-se em 2021 ao sair de crises cíclicas" e agora prepara-se para se lançar ao desenvolvimento.

Sissoco Embaló fez estas considerações ao discursar perante deputados, membros do Governo, chefias militares, elementos da sociedade civil que lhe foram apresentar cumprimentos de Novo Ano no Palácio da Presidência, em Bissau.

Dirigindo-se aos deputados, o Presidente guineense destacou que a partir de 2021 a Guiné-Bissau "deixou de ser um país que se sujeitava ao acompanhamento permanente da comunidade internacional".

"O ano deixou uma marca profunda na restauração da imagem da Guiné-Bissau no concerto das nações. De um país que vivia de crises cíclicas e que por isso mesmo se sujeitava a um acompanhamento permanente da comunidade internacional, a Guiné-Bissau conseguiu reerguer-se e recuperar o respeito de países amigos e de instituições internacionais", observou o chefe de Estado.

O Presidente aproveitou a ocasião para voltar a lembrar aos deputados que de acordo com a Constituição apenas o chefe de Estado tem poderes para operar mudanças nos outros órgãos da soberania.

"Mesmo na Coreia do Sul há separação de poderes, mas é verdade que o Presidente da República é quem nomeia, dissolve e empossa, isso demonstra a responsabilidade que o Presidente da República tem", disse Embaló, que mantém um relacionamento tenso com o parlamento nos últimos tempos.

Por diversas vezes, o Presidente guineense ameaçou que poderia dissolver o parlamento.

"O parlamento deve contribuir para prevenir a radicalização política, deve promover o debate sereno das questões de interesse nacional, sem cair na agitação social. Os guineenses precisam do apaziguamento social e não do agravamento das tensões sociais e menos ainda de fraturas políticas", notou Umaro Sissoco Embaló.

O primeiro-ministro, Nuno Nabiam, por sua vez, salientou "os ganhos significativos" alcançados pelo país na arena internacional, através de um processo de retoma de visibilidade e afirmou que os benefícios desse exercício se "vislumbram paulatinamente".

A nível interno, Nabiam, que também mantém um relacionamento tenso com o chefe de Estado, admitiu que ainda existe "um longo caminho a percorrer e enormes desafios", nomeadamente na consolidação de instituições da República, no processo democrático e na realização dos anseios dos guineenses.

"Esta gigantesca tarefa constitui responsabilidade de todos, mas particularmente dos titulares de cargos públicos", defendeu o primeiro-ministro guineense.

Conosaba/Lusa

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