Mais de quatro mil combatentes da liberdade da pátria recenseados pela Secretaria de Estado dos Combatentes têm a situação indefinida e estão sem sem receber as pensões.
De acordo com as informações avançadas pelo assessor principal do Secretário de Estado dos Combatentes, dos 6.633 veteranos de guerra recenseados, 1.935 recebem pensões através de uma caixa junto da Secretária de Estado dos Combatentes, 220 recebem suas pensões nos bancos comerciais e 4.478 não beneficiam de nenhuma pensão.
Afonso Gomes falava esta quarta-feira, 19 de janeiro de 2022, em conferência de imprensa realizada numa das sala de reuniões da Secretaria dos Combatentes, com o intuito de debruçar sobre a aprovação da pensão mínima de 110 mil Francos CFA para os antigos combatentes, para o ano económico 2022.
Explicou aos jornalistas a necessidade da realização de uma conferência nacional para permitir que sejam conhecidas as problemáticas dos antigos combatentes e definir quem são os antigos combatentes “de forma a dissipar dúvidas, visto que cada dia cresce o número dos antigos combatentes”. Acrescentou que existem condições para a resolução dos problemas sociais dos antigos combatentes, nomeadamente, o aumento da pensão e a disponibilização do “fundo de assistência”, mas que, segundo a sua explicação, “por negligência não são tidos como prioritários”.
“A abertura do Guichet Único vai quebrar a morosidade causada pela burocracia dos processos de pensão dos combatentes, facilitando os que vivem no interior do país, porque todos os problemas passarão a ser tratados na Secretaria dos combatentes”, assegurou, para de seguida afirmar que há uma deturpação de informação sobre a pensão mínima fixada em 110 mil Francos CFA.
“Quando demos entrada o projeto na ANP, não havia nenhum outro projeto de aumento de pensão dos combatentes que tivesse sido apresentado, tendo em conta a capacidade económica do nosso país”, declarou, precisando que a aplicação da pensão mínima de 110 mil FCFA só acontecerá com a execução do Orçamento Geral do Estado em março deste ano, por isso os combatentes continuarão a receber a pensão na base da antiga tabela.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
Conosaba/odemocratagb
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