Martilénio Fernandes dos Santos, atual Coordenador do Conselho Nacional dos Quadros Técnicos, Militantes, Simpatizantes e Amigos do PAIGC (CONQUATSA), apresentou esta quarta-feira, 19 de janeiro de 2022, a sua candidatura à Comissão Eleitoral do Xº do PAIGC.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) tem congresso marcado para 17 a 20 fevereiro próximo e Martilénio dos Santos apresenta-se como segundo candidato na corrida à liderança dos libertadores.
Em declarações à imprensa, o candidato que lidera o projeto “Todos Contam” disse que a sua candidatura não é mais uma candidatura ou de marcar apenas presença num ato eleitoral, mas sim, de uma candidatura de “forte convicção” para encontrar soluções aos novos desafios que a Guiné-Bissau enfrenta.
“É uma manifestação clara de uma nova vertente para o partido, onde todos podem participar e sonhar melhor para o país, porque a Guiné-Bissau precisa da paz, da estabilidade e de viver novos períodos da sua história”, precisou e disse que o PAIGC, enquanto maior partido da Guiné-Bissau, tem que ter capacidade e estar à altura de reunir os seus militantes e simpatizantes para tirar o país da “pobreza extrema” em que se encontra.
“O PAIGC tem um compromisso que é cumprir o seu programa maior e impulsionar o desenvolvimento do país, através de diálogo e estabelecimento de compromissos sustentáveis para as reformas estruturantes”, frisou.
O também membro do Bureau Político e do Comité Central do PAIGC disse que o projeto que lidera tem uma “preocupação especial” para com os antigos combatentes, por isso está a contar com todos os dirigentes do partido e toda a franja da sociedade.
“Estamos aqui para dar continuidade ao trabalho iniciado por eles, programa mínimo”, salientou, para de seguida enfatizar que é urgente remobilizar as mulheres para que continuem a acreditar que ainda podem contribuir para o desenvolvimento do país, recuperar a ambição da juventude e reorientá-la para valores de trabalho.
Dos Santos explicou que um dos objetivos do seu projeto é fazer um reposicionamento ideológico do partido, modernizar as coisas, promover a gestão transparente interna e fazer com que o PAIGC passe a liderar a agenda nacional, em sintonia com todos os outros partidos políticos.
O dirigente do PAIGC assegurou que, se for eleito presidente do partido, promoverá inclusão interna e lutará para acabar com a divisão no seio dos libertadores.
“Todos os camaradas têm um papel a jogar e o partido tem que estar cada vez mais aberto às pessoas, mesmo à sociedade civil para que cada um dê a sua contribuição. Temos que aceitar associar as nossas capacidades internas às externas para o bem do país”, aconselhou.
Questionado sobre a carta aberta subscrita por um grupo de dirigentes do PAIGC, que criticou a atuação de Domingos Simões Pereira, presidente do partido, Martilénio dos Santos disse que é aceitável porque se trata de um exercício democrático e “cada um é livre de manifestar a sua opinião sobre a gestão do partido”.
Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb
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