O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou hoje normal que o Brasil tenha mandado o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transportar para uma visita oficial de quatro dias àquele país.
Sissoco Embaló aproveitou para esclarecer também que não pretende responder às críticas da sua visita feitas pelo antigo presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva.
Em relação ao avião da FAB -- que transportou Embalo de Bissau para o Brasil e trouxe de volta à Bissau, o presidente guineense disse que no passado, o estado brasileiro fez a mesma coisa com o então líder da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, aquando da posse de Lula da Silva.
"Eu era conselheiro do Presidente Malam Bacai Sanhá, presenciei a posse do Presidente Lula. O avião da Força Aérea Brasileira veio cá buscar-nos até ao Brasil e de lá fomos no mesmo aparelho para Cuba", declarou Embaló.
O líder guineense, que falava aos jornalistas os jornalistas no final de uma audiência que concedeu aos candidatos à liderança do Partido da Renovação Social (PRS), disse que não entende as críticas de do ex-Presidente brasileiro.
Numa entrevista, Lula da Silva começou por referir erradamente que o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, enviou um avião da FAB para ir buscar o Presidente do Senegal para que aquele viesse visitar, já que, observou, "ninguém mais veio visitar Bolsonaro".
Ao ser corrigido pelo jornalista, Lula da Silva frisou tratar-se do Presidente da Guiné-Bissau e a seguir desferiu ataques à personalidade de Umaro Sissoco Embaló.
"Não vou responder ao Presidente Lula que deve estar com quantos anos? Coitado. Uma pessoa que não sabe distinguir o Senegal da Guiné-Bissau, que é um país lusófono, não vou responder ao Lula", sublinhou o Presidente guineense.
Ainda sobre os aviões que o transportam para viagens ao exterior da Guiné-Bissau, Embaló referiu: "Se alugares um avião é um problema, se te emprestam o avião é outro problema", pedindo mais autoestima aos guineenses.
Conosaba/Lusa
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