Desde que o Chefe de Estado guineense anunciou a sua visita ao Sudão, os guineenses não pararam de fazer comentários e reflexões sobre a deslocação de José Mário Vaz a este país africano, associado à violação constante dos princípios da democracia e dos direitos humanos.
De regresso ao país, depois de uma visita de pouco mais de 24 horas, José Mário Vaz disse que não lhe interessa a situação interna do Sudão e do seu Presidente, Omar Al-Bashir, sobre o qual pende um mandado de captura internacional, mas sim “resolver os problemas económicos da Guiné-Bissau”.
Para muitos guineenses, a visita do Presidente da República da Guiné-Bissau ao Sudão revela uma ligação politica chefes de Estado africanos “que não inspiram exemplos plausíveis, quanto a observância das regras e o exercício da democracia nos seus respetivos países, o que não deixa de ser preocupante”, referiu um crítico. Mas, há quem defende o contrário. “Tudo que o Chefe de Estado está a fazer é algo nobre para o país e visa, sobretudo, salvar a Guiné-Bissau da situação económica em que se encontra, sem por em causa os princípios democráticos”.
Antes da sua deslocação ao Sudão, José Mário Vaz visitou, na semana passada, o Congo Brazaville, onde disse ter recebido “conselhos” sobre a crise politica na Guiné-Bissau do seu homólogo congolês, Denis Sassou Nguesso, que venceu as últimas eleições em condições muito contestadas.
Lassana Cassamá
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