Os dois principais partidos no Parlamento guineense, PAIGC e PRS, mostraram-se divergentes quanto a fórmula para tirar o país da crise política em que se encontra há mais de um ano, depois de mais uma ronda de conversações.
Bissau, 30 ago (Lusa) -- Os dois principais partidos no Parlamento guineense, PAIGC e PRS, mostraram-se hoje divergentes quanto a fórmula para tirar o país da crise política em que se encontra há mais de um ano, depois de mais uma ronda de conversações.
As duas formações reuniram-se hoje, na segunda ronda negocial, mas à saída do encontro, Manuel dos Santos do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e Carlitos Barai do PRS (Partido da Renovação Social) mostraram-se distantes quanto as conclusões.
Ménher Ménher
Enquanto Manuel dos Santos apontava para avanços nas negociações, tendo em vista a formação de "um Governo sério", liderado por um primeiro-ministro que não seja o atual, Carlitos Barai fazia notar que "persistem as divergências" sobre os pontos em agenda.
"Cada partido continua a ter a sua interpretação sobre a crise, de modo que não é por agora que vamos ter um acordo", sublinhou Carlitos Barai, que prefere falar em conversações solicitadas pelo PAIGC.
Segundo Barai, o PAIGC indicou três pontos para as conversações: Princípios e regras para uma sã convivência democrática entre os dois partidos, causas do bloqueio no Parlamento e como salvar a atual legislatura.
O dirigente do PRS disse serem divergentes as opiniões dos dois partidos sobre os três pontos, pelo que a comissão que toma parte nas conversações vai ter que pedir a anuência da direção do partido sobre a necessidade da continuar ou com as conversações com o PAIGC.
Manuel dos Santos, por seu lado, defende serem negociações com o PRS visando essencialmente a formação de um novo Governo de consenso entre os dois partidos.
Admitiu que se registaram avanços significativos nas negociações com os renovadores embora ressalve que ainda não se pode falar no entendimento que possa levar a assinatura de um acordo para a criação de "um Governo a sério para dirigir o país".
"Se for possível vamos chegar a um acordo, mas se não for possível, olha", frisou Manuel dos Santos, que coloca de parte qualquer possibilidade de o próximo governo a ser formado, a partir do entendimento entre dois partidos, ser liderado por um dos 15 deputados expulsos do PAIGC.
O atual Governo guineense é chefiado por Baciro Djá, um dos 15 deputados expulsos do PAIGC.
Conforme a agenda das conversações, os dois partidos devem voltar encontrar-se na sexta-feira, mas Carlitos Barai do PRS, condicionou a reunião com a decisão a ser tomada pela comissão política do seu partido.
Lusa/Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário