(Fotos de Armando Conte) - Carlitos Barai
Bissau - Os principais partidos com assento no Parlamento da Guiné-Bissau, PAIGC e PRS, realizaram um encontro nesta semana, visando a concertação de posições conducentes a busca de uma saída à crise política que assola actualmente o país, noticiou este domingo a Prensa Latina.
Fontes próximas do encontro indicaram que o optimismo emergiu da reunião de três horas tida na sede do opositor Partido da Renovação Social (PRS).
Os políticos Manuel dos Santos, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), e do renovador Carlitos Barai, ponderaram o clima que imperou o encontro.
Entretanto, uma fonte próxima da reunião indicou a agência noticiosa Lusa, que entre os assuntos discutidos aflorou-se a possibilidade de se formar um novo governo, de consenso entre ambos, no qual estariam representadas as três forças com representação parlamentar, incluindo outros segmentos da sociedade guineense.
No princípio do mês em curso, o PAIGC, vencedor das últimas eleições legislativas, pediu ao presidente Mário Vaz a ser coerente na admissão do actual governo.
O mandatário deve cessar a vigente administração por funcionar "fora do quadro legal" previsto na Constituição, indicou o Partido num comunicado.
De acordo com à Constituição guineense, resulta ilegal o governo sem a aprovação do seu plano de acção pela Assembleia Nacional, 60 dias após a sua investidura.
O PAIGC responsabiliza Mário Vaz pela existência de um "governo de iniciativa presidencial", figura não prevista na Constituição e espera que admita a equipa de Baciro Djá, tal como aconteceu com o Executivo liderado por Carlos Correia.
A crise na Guiné-Bissau iniciou a 12 de Agosto de 2015, quando o presidente Mário Vaz demitiu como chefe do governo Domingos Simões (presidente do PAIGC), ao argumentar incompatibilidades pessoais e falta de confiança.
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