Em Angola, a Agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) diz que 9 em cada 10 crianças, na África Austral, abrangendo Luanda, não sabem ler, nem interpretar um texto. A UNICEF revela que a situação é preocupante e lamenta o facto de alguns governos da região ainda preterirem o investimento na educação, em detrimento de outros sectores.
A coordenadora das Parcerias Juvenis da Agência das Nações Unidas para a Infância em Angola, Ana Rita e Silva, sinaliza que as políticas públicas de empregabilidade ainda não correspondem às expectativas, nem as necessidades dos jovens, apesar dos esforços do governo para mudar o quadro.
“Nós trabalhamos sempre em parceria com o governo, mas ainda estamos aquém daquilo que são as expectativas dos próprios jovens, as necessidades dos próprios jovens. Então, daí também haver esforço conjunto da UNICEF com o governo, para que possamos superar esses desafios e, obviamente, garantir que os nossos jovens tenham cada vez mais e melhor condições”, lamentou a diplomata ao serviço do UNICEF.
Quanto ao aproveitamento e sucesso escolar, a Agência das Nações Unidas para a Infância, manifesta preocupação pelo facto de existir, na região austral, um grande número de crianças menores de 11 anos que não sabe ler e compreender um texto. A especialista em Educação da UNICEF, Raquel Fernão, responsabiliza os governos da região pelo fraco investimento no sector da educação.
“As estatísticas que nós temos a nível regional, portanto, estou a falar dos países da África Austral, demonstram que 9 a cada 10 crianças, com 10 anos de idade, ainda não conseguem ler e interpretar um texto. A UNICEF tem de continuar a divulgar o plano de necessidade de aumentar o nosso nível de investimento na educação e voltar a sublinhar a questão da melhoria, não só de investimento em termos de volume, mas também da qualidade”, alertou Raquel Fernão.
Por: Francisco Paulo
Conosaba/rfi.fr/pt
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