O novo representante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Professor Hamidou Boly, confirmou a vinda de uma força de estabilização desta organização sub-regional à Guiné-Bissau.
Hamidou Boly falava aos jornalistas esta sexta-feira, 7 de abril de 2022, à saída de uma audiência com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, para apresentação de cartas credenciais.
Questionado sobre a eventual vinda de uma força militar da CEDEAO, o novo representante não precisou a data, mas assegurou que a força chegará “em breve” à Bissau
“A força de estabilização vai chegar em breve à Guiné-Bissau. Apenas estamos à espera da missão de chefes de Estado-Maior da CEDEAO na próxima semana para analisar a situação para depois decidir a data “, disse.
Realçou que não é a primeira vez que uma força militar da CEDEAO vem à Guiné-Bissau, sublinhando que a Guiné-Bissau é país membro fundador da organização, por isso espera-se mais colaboração no que concerne aos aspetos do desenvolvimento económico e social.
“Temos um projeto de desenvolvimento importante e estamos abertos para que [o projeto] possa ter impacto junto da população”, anunciou.
Sobre a situação política, disse que a CEDEAO acompanha de perto a situação da Guiné-Bissau.
O diplomata burkinabé ao serviço da CEDEAO substituiu no cargo o beninense, Emmanuel Ohim, que representou a CEDEAO por quase três anos.
De referir que a CEDEAO decidiu enviar uma força de ‘’estabilização’’ para Guiné-Bissau na cimeira de chefes de Estado realizada a 3 de fevereiro de 2022, em Accra (Gana).
A medida do bloco regional surgiu na sequência de um ataque armado de terça-feira, 1 de fevereiro, ao Palácio do Governo em Bissau onde decorria uma reunião extraordinária do Conselho de ministros, na qual participavam o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, o Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian e os restantes membros do governo.
Um contingente da força de interposição da CEDEAO fora enviado à Guiné Bissau em 2012 na sequência de um golpe de Estado e permaneceu até 2020.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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