sexta-feira, 22 de abril de 2022

Saúde/ Hospital Militar já dispõe de uma Unidade para atender pessoas com doenças infecciosas



Bissau, 22 Abr 22 (ANG) – O hospital militar “ Amizade Sino-Guineense” já dispõe de uma unidade para atendimento de pessoas com doenças infecciosas, com uma capacidade de internamento de 45 pacientes.

Em declarações à imprensa, após a entrega, esta sexta-feira, da unidade reabilitada com apoio financeiro da OMS no valor de mais de 23 milhões de francos cfas, o Director do referido hospital Ramalho Cunda disse que a infraestrutura é destinada ao atendimento de doenças infecciosas, porque não havia uma estrutura do género, por falta de espaço isolado que permita prestar cuidados à pessoas com essa patologia.

Por enquanto, de acordo com Ramalho Cunda, o complexo vai ser usado para consulta externa e interna e bem como para serviços de Cardiologia, Cirurgia e Ortopedia.

O ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria Sandji Fati defendeu que o subsistema de saúde militar deve ser eficiente e eficaz,porque nos momentos de crise, de greve e pandemia é o único que resiste.

Sandji Fati sustentou que serviços de saúde militar são eficientes em qualquer parte do mundo.

Segundo o ministro da Saúde, Dionísio Cumba o acto se enquadra na politica da saúde, incluindo todos os sectores intervenientes no sector.

“O Ministério da Saúde está para cuidar da vida da sua população, seja civil ou militar, e o hospital militar está também enquadrado na politica nacional de saúde pública”, referiu Cumba que diz acreditar que a infraestrutura vai contribuir para fortalecer a preparação do país para responder prontamente à uma eventual epidemia.

O Representante da OMS no país, Jean Marie Kipela disse que o evento insere-se na gestão das doenças com potencial epidémico, em geral, e em particular para febre hemorrágica, tipo ébola, por ser uma doença com uma transmissão forte, com uma taxa de letalidade elevada e que ainda assolou a República da Guiné-Conacry, com alto risco de espalhar para outros países vizinhos devido a movimento das populações.

“Quando esta emergência da saúde publica foi declarada em 2013/ 2014, a Guiné-Bissau, à semelhança de outros países vizinhos, tomou medidas preventivas nas regiões de Bafatá, Bolama-Bijagós, Bissau, Gabu, Quinará e Tombali, por serem consideradas de alto risco. Mas, felizmente, o país não registrou nenhum caso de vírus da Ébola”, lembrou Jean Marie Kipela.

Disse que, em apoio aos esforços nacionais, a OMS mobilizou fundos de emergência do sistemas das Nações Unidas e com o Ministério da Saúde iniciaram uma seria de actividades, incluindo o estabelecimento de um centro de doenças infeciosas.
“Assim, um pavilhão de doenças infeciosas do hospital militar foi identificado para renovação usando os fundos mobilizados pela OMS num montante em mais de 23 milhões de francos cfas”, revelou.

Marie Kipela afirmou que a unidade deve ser utilizado para uma gestão adequada de doenças com potencial epidémico, incluindo a doença de virus de ébola, numa estrutura que garanta a segurança dos funcionários e dos pacientes.

Para o efeito, revelou que a OMS colocou a disposição do hospital equipamentos de proteção individual, num valor de 55 milhões de francos cfas, em apoio aos esforços do governo para garantir a proteção necessária do pessoal da saúde.

Segundo Marie Kipela, os equipamentos são composto por batas descartáveis, fato completo, óculos, galoja, camisa e avental de plástico e pijamas para doentes, entre outros.

Conosaba/ANG/LPG//SG

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