segunda-feira, 22 de junho de 2020

EM BISSAU, "REMPSECAO" INICIA SENSIBILIZAÇÃO SOBRE COVID-19: JUNTO DAS FEIRANTES

A Rede das Mulheres para a Paz e Segurança no Espaço da CEDEAO (Rempsecao-GB) procedeu, no passado dia 17 de junho, ao lançamento de um projeto de sensibilização nos três mercados de Bissau, concretamente Pefine, Bairro Militar e Caracol, sobre covid-19.


A iniciativa visa sensibilizar as mulheres feirantes a respeitarem a regra da lavagem de mãos, o distanciamento social, bem como o uso obrigatório de máscaras, com o intuito de reduzir o contágio da doença que, até ao momento, já atingiu mais de 1492 guineenses. 
A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Bissau, Luís Simão Intchama, que no uso da palavra disse que a câmara é gestora da cidade de Bissau e, sendo assim, é preciso que toda a gente acate com as orientações decretadas pela entidade sob sua direção.

Este responsável apelou aos citadinos do Bairro de Pefine no sentido de cumprirem com o uso de máscaras e respeitar as regras, afirmando o mesmo na Chapa e na Subida de Cabana.

A presidente da Rede das Mulheres para a Paz e Segurança no Espaço da CEDEAO (Rempsecao), Eliza Pinto Cardoso, disse estar preocupada pelo prolongamento, pela quinta vez consecutiva, do estado de emergência, porque a população tem grande dificuldade em cumprir com as regras estabelecidas.

Esta responsável disse que se pode dizer que em Bissau só existe um mercado, que é o do Bairro de Ajuda, pois os outros três não têm as mínimas condições de funcionamento. Podemos dizer sem medo que é preciso fechar os mercados que não têm condições para funcionar e tomar medidas para transformá-los.

Em representação do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) falou Mamudo Djau que disse que “a situação da Covid-19 é um problema a nível mundial e que ninguém estava preparado para o enfrentar, mesmo os países que julgávamos mais bem preparados do que o nosso, começando pelos Estados Unidos, Itália, Espanha, entre outros”.

“Muito esforço tem sido feito no país, embora devam saber que, neste momento, ainda não existe medicamento para o tratamento da Covid-19 e que a única arma existente é a prevenção. É neste sentido que as Nações Unidas, entidade que financia o projeto, através das suas agências, optaram por intervenções conjuntas a fim de prestar apoios possíveis em parceria com as comunidades. Djau acrescentou que é neste quadro que os materiais de higiene e de prevenção foram lançados para apoiar os feirantes, uma ação que vai ajudar muitas pessoas a precaver desta doença. Efetivamente, se todos colaborarmos venceremos esta pandemia”, disse.

Por sua vez, a presidente da AME (Associação das Mulheres Empreendedoras), Adama Djaló, acrescentou que todos devem unir os seus esforços para combater esta pandemia, dizendo que este mercado não é apropriado e nem tem capacidade para desenvolver atividades económicas.

Djaló apelou à Câmara Municipal no sentido de usar as suas influências junto dos parceiros para encontrar um espaço condigno para construir um novo mercado destinado as feirantes de Pefine.

O porta-voz da associação dos feirantes, Mamadu Tambadu, afirmou que o mercado de Pefine não está dotado das mínimas condições de higiene, tendo agradecido o apoio desta organização e exortado a Câmara Municipal de Bissau a colaborar com a REMPSECAO na reabilitação e organização daquele espaço.

Para Tambadu, as feirantes de Pefine nunca rejeitaram a mudança de mercado, mas para que isso aconteça tem de ser de forma bem estruturada e organizada.

Em nome das mulheres falou Augusta Ié Indi, que agradeceu a visita do presidente da Câmara para constatar, “in loco”, a situação do mercado de Pefine, acrescentado que a distribuição destes materiais de higiene e de prevenção em apoio aos feirantes irá ajudar-lhes a reduzir o sofrimento e pediu, também, a reabilitação deste mercado.

Indi aproveitou a ocasião para exortar a autoridade camarária no sentido de melhorar o mercado de Pefine que se encontra na berma da estrada e sem as mínimas condições para o exercício de atividades económicas.

Por: Adelina Pereira de Barros

Conosaba/nô pintcha




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