terça-feira, 31 de março de 2020

MINISTRO DO COMÉRCIO DA GUINÉ-BISSAU PROMETE "MEDIDAS DURAS" CONTRA QUEM VIOLAR ESTADO DE EMERGÊNCIA

Bissau,31 Mar 20(ANG) - O ministro de Comércio, Artur Sanhá, prometeu tomar “medidas duras” contra quem violar “o estado de emergência” declarado pelo Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, e comercializar a castanha de caju sem alvará ou vender aos produtores arroz impróprio para o consumo humano.
A posição de Artur Sanhá foi tornada pública segunda-feira, depois da reunião mantida com as diferentes associações que intervêm na fileira de cajú.
Para fazer valer a sua medida, anunciou que solicitará ao Ministério do Interior agentes que farão acompanhamento dos trabalhos dos delegados do Ministério do Comércio no terreno e ameaçou prender quem resistir ou violar as ordens do governo.
Artur Sanhá informou no encontro com a imprensa, que o governo não anunciou até agora a data para o início oficial da campanha de comercialização da castanha de cajú, nem fixou o preço indicativo do produto, porque está a ponderar devido ao novo Coronavírus (Covid-19) que assola o mundo desde dezembro de 2019, mas prometeu que medidas estão a ser tomadas para que a presente campanha de comercialização do produto da maior exportação do país não seja comprometida.
O governante apelou aos guineenses a cumprirem rigorosamente o decreto presidencial que fixa “o Estão de Emergência”, na sequência de Covid-19, e para denunciarem eventuais infratores, tendo lembrado que a doença (a pandemia) é capaz de matar muitas pessoas em apenas 24 horas.
Sobre as medidas que o governo tomará para compensar eventuais prejuízos aos produtores, Sanhá confessou que o executivo não está em condições de compensar eventuais prejuízos nem comprar a castanha aos produtores.
Em relação à especulação de preços dos produtos da primeira necessidade na sequência do novo Coronavírus, Artur Sanhá pediu às Associações de Comerciantes, de importadores, de grossistas e à dos retalhistas no sentido de colaborarem na agilização das medidas do executivo.
“Não temos dúvidas que estamos perante uma guerra fria para desacreditar o governo e colocá-lo em choque contra o povo. Esta é a nossa quarta reunião e seria bom que todo mundo soubesse que o que estamos a praticar vai contra a nossa própria pessoa”, disse.
Na sequência de sucessivas reuniões, Artur Sanhá informou que manteve encontros com os importadores de arroz, açúcar, farinha, Associação de panificadores e com os importadores de medicamentos para poder ter um inventário da capacidade de stock e garantiu que, na sequência dos resultados fornecidos pelas organizações ligados ao comércio, o governo trabalhará para minimizar as consequências do novo Coronavírus-Covid-19. 
Conosaba/ANG/O Democrata

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