quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

«Elis cu fala, hy ka conosaba fala dé!» Ordem dos Médicos assume fracasso e volta atrás na decisão


A Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau (OMGB) apelou esta quarta-feira (10.02), em comunicado, aos seus associados, a retomarem a suas atividades profissionais normais para “minimizar” o sofrimento das populações e reduzir a mortalidade materno infantil no país.

No dia anterior, a classe tinha apelado aos seus associados a suspenderem as suas atividades e realizar serviços de cirurgia, só mediante autorização da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia da Ordem Pública (POP) e dizia que não se responsabilizaria em caso da morte do doente, em sequência da operação.

Entretanto, a Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau voltou atrás na decisão:

“O Ministério da Saúde Pública solicitou (dia 10. 02) um encontro imediato com a OMGB. Após uma discussão construtiva e franca, concluiu-se que há uma necessidade urgente de comunicar aos sócios para retomar as suas atividades profissionais normais, para minimizar o sofrimento das populações e em especial, reduzer a morbi, a mortalidade materno infantil”, escreveu em comunicado na posse do Capital News.

A Ordem dos Médicos reconhece o “impacto negativo que o seu primeiro comunicado podia acarretar para assistência médica da população e em particular, neste momento da pandemia da COVID-19”, refere o comunicado.

Segundo a organização da classe dos médicos, ficou acordado no encontro que manteve com os responsáveis do Ministério da Saúde Pública, que, “doravante, todos os atos médicos cirúrgicos a serem realizados devem ser acompanhados por um consentimento por escrito do paciente, familiar ou acompanhante”, saliente o comunicado.

A decisão da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau em apelar à suspensão dos atos cirúrgicos, criticada pela opinião pública guineense, foi tomada em solidariedade com os dois técnicos de saúde detidos na semana passada, agora libertados, na sequência do seu alegado envolvimento, por negligência, na morte do ativista Bernardo Catchura, em 29 de janeiro deste ano.

Por CNEWS com Conosaba

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