O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) reagiu esta terça-feira (09.02), com indignação à soltura dos dois técnicos de saúde, suspeitos por alegada negligência, na morte do ativista Bernardo Catchura e aponta o dedo acusador ao Procurador Geral da República.
Lassana Intchasso e Arlindo Quadé, médico e enfermeiro, foram detidos pela polícia Judiciária (PJ) guineense, ouvidos três vezes pelo Ministério Público e postos em liberdade, esta segunda-feira, por um Juiz de Instrução Criminal (JIC).
Em comunicado na posse do Capital News, o MCCI usou ironia para mostrar o desagrado com a soltura dos dois técnicos de saúde:
“Felicitar o golpista Procurador Geral da República, Fernando Gomes, o chulo do regime, pelo sucesso alcançado na soltura dos suspeitos do Caso Bernardo”, ironizou.
Na semana passada, o Procurador Geral da República, Fernando Gomes, tinha pedido num despacho medidas leves ao médico Lassana N’tchasso e ao enfermeiro Arlindo Quadé.
Os “Inconformados” acusam Fernando Gomes de obstruir justiça:
“Notar que a ingerência ilegal do Fernando Gomes visa progressivamente obstruir a justiça por meios de perseguições aos magistrados titulares do processo, a semelhança daquilo que tem sido a sua conduta nos demais casos que atentam contra os seus amigos do regime”, acusou.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados reafirmar ao povo guineense, que nunca deve vergar perante qualquer mal:
“O Caso Bernardo está a enfrentar o mesmo cancro do sistema que ceifou a sua vida, que entretanto vai merecer devida e honrosa luta pela Justiça com total veemência”, afirma em comunicado, que ainda deixou uma palavra aos magistrados titulares do processo sobre a morte de Catchura:
“Encorajar os Magistrados titulares do Processo do Caso Bernardo e a Polícia Judiciária para prosseguirem os seus trabalhos na descoberta da verdade com total resistência na preservação da sua independência”, finalizou a nota.
O jurista e ativista guineense Bernardo Catchura perdeu a vida em 29 de janeiro último, antes de ser submetido à uma intervenção cirúrgica, na clínica Ganafá, de Lassana N’tchasso, em Bissau, horas depois de ter sido atendido no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), por Arlindo Quadé, que lhe terá dito que não podia ser operado no local, por alegada falta de oxigénio.
Por CNEWS com Conosaba do Porto
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