Por: yanick Aerton
O homem que goza das suas completas faculdades mentais e físicas espera
sempre do seu acto um reconhecimento, a tese contrária é aquilo que em
Francês se chama de “metre lês poudres aux yeux”, o que é
nada mais, nada menos, do que tentar enganar o próximo.
O grande manu Doka ao longo desses anos tem sido coerente com ele mesmo e as
suas acções têm-se orientado sempre no sentido de se colocar ao lado do
injustiçado ou vitima, como é o caso do Ba di Povo (Braima Camara, vulgo Ba Quecuto),
em relação a quem até hoje se mantém fiel e enaltece as qualidades de líder, de
humanista e de uma generosidade indescritível.
Manu Doka chorou, sofreu e sorriu com o Ba Quecuto, como El
Comante Fidel y su compañero el Che, tendo com este vencido todos os obstáculos
erguidos na sua trajectória até chegarem ao ponto em que chegaram, contra
ventos e marés. Sempre com aquela fé de homem de Deus que o caracteriza, o
Ba,
na companhia do seu Hermano manu Doka, conseguiu colocar no Palácio
da República um candidato presidencial que era desprezado pelos;
djintons,;; e elevar em tempo record, menos de 10 meses, um movimento
politico que saiu do nada para a segunda forca politica na Guiné-Bissau
O lugar para o qual o manu Doka foi nomeado, Director
do Gabinete dos Direitos do Autor, através Despacho nº.05/SEC/2020
de 6 de Abril, pelo Secretário de Estado da Cultura, Dr. Francelino
Cunha, é um reconhecimento mínimo do engajamento e da determinação na
luta pela mudança, percurso durante o qual este valoroso combatente sofreu
todas as humilhações rapto na calada da noite até a tentativas de
assassinato.
É o reconhecimento possível numa conjuntura como esta que estamos a
atravessar, em que as forças do Eixo do Mal estão a fazer tudo para
inviabilizar a presidência do General Presidente e do governo que
nomeou para resgatar aqueles valores que fizeram da Guiné outrora uma
referência no contexto africano, valores da unidade, fraternidade, da
dignidade, da solidariedade e da seriedade.
Se merece ou não, essa questão não se coloca, a questão que se pode
provavelmente colocar é se não merecia mais? Mas, para o manu Doka,
o mais importante não é ser colocado neste ou naquele lugar, mas sim, ver a
alegria na cara do seu povo e assistir à concretização
daquilo que é o sonho de todos os bons filhos deste país – o desenvolvimento da
Guiné-Bissau.
Aliás, se o manu Doka fosse posto perante duas
escolhas: a nomeação para um cargo público, onde só vai encontrar
aborrecimentos e receber um mísero salário ou o financiamento de um projecto
com efeito multiplicador, como por exemplo, um estúdio de gravação da última
geração, de certeza que o manu Doka escolheria a segunda opção.
O manu Doka é um homem de acção, um todo-terreno, um fighter,
por isso confiná-lo entre quatro paredes é simplesmente subutilizar as suas
capacidades. Mas como o poder assim quis, na qualidade de Freedom Fighters que tudo
demos para encostar o Eixo do Mal à parede, não podemos
senão congratularmo-nos e desejar boa sorte ao Hermano, no desempenho
do cargo para que acaba de ser nomeado.
Pa allah cubriu cu si manta sagrado manu doka!
PEACE AND LOVE!
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