segunda-feira, 27 de abril de 2020

«JORNAL DE ANGOLA CU FALA» GUINÉ-BISSAU VAI ADQUIRIR PRODUTO FABRICADO EM MADAGÁSCAR PARA COMBATER COVID-19

A Guiné-Bissau vai adquirir um produto à base de plantas medicinais, fabricado em Madagáscar, para combater o novo coronavírus, disse hoje o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

À margem de um discurso à nação em que anunciou a prorrogação, por mais 15 dias, do estado de emergência, Umaro Sissoco Embaló afirmou que já manteve contactos, por videoconferência, com o seu homólogo malgaxe, Andry Rajoelina, sobre a possibilidade de compra.

Na semana passada, Andry Rajoelina apresentou, publicamente, um chá, batizado de "Covid-Organics", preparado à base de artemísia, uma planta utilizada no tratamento da malária e que na Guiné-Bissau é conhecida por ‘nenebadaji' e outras ervas.

Embora a eficácia da substância não tenha sido comprovada em laboratório, o líder malgaxe, que bebeu o chá na presença de jornalistas e embaixadores, defendeu que curou duas pessoas que estavam infetadas pela covid-19.

Ao anunciar as diligências para a aquisição dos produtos, Umaro Sissoco Embaló exibiu para os jornalistas um trecho da videoconferência que manteve com Andry Rajoelina e da conversa ficou assente que é só a Guiné-Bissau mandar um avião a Madagáscar.

O Presidente guineense disse que, o mais tardar, até quarta-feira todas as diligências serão encetadas a partir de Bissau e indicou que outros países africanos já estão a fazer a mesma coisa.

"O doente experimenta qualquer medicamento que o possa curar", observou Embaló, enaltecendo a experiência de Madagáscar na produção de medicamentos a partir de ervas.

"Madagáscar é um país conhecido na produção de plantas medicinais, desde a Segunda Guerra Mundial […], hoje volta a demonstrar ao mundo que há possibilidade de curar esta doença", defendeu o presidente guineense.

A Guiné-Bissau regista 53 casos de covid-19 e confirmou hoje a primeira morte.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

Por regiões, a Europa soma cerca de 123 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 56 mil mortos (mais de 980 mil casos), Ásia mais de 7.900 mortos (perto de 200 mil casos), América Latina e Caribe mais de 7.900 mortos (mais de 160 mil casos), Médio Oriente mais de 6.200 mortos (mais de 152 mil casos), África mais de 1.370 mortos (mais de 30 mil casos) e Oceânia 108 mortos (cerca de oito mil casos).

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