Por: YANICK Aerton
Sinceramente, eu estava convencido de que o bom senso ia reinar neste
PAIGC di tchepen di Zambrano, pabia ami i di sumbuia, afinal eu estava
redondamente enganado e subestimava o nível da ambição de poder do seu líder e
da sua “entourage”.
Independentemente das formalidades omissas, cumpridas ou por cumprir, como
é que a liderança do PAIGC, e um fracasso total.
O
PAIGC é um grande partido, apesar do facto de não ter registrado
grandes progressos na implementação o seu Programa Maior durante os anos de
exercício do poder político, por razões de vária ordem, e hoje invadido por
aqueles que ontem foram os seus mais críticos, alguns dos quais passavam todo o
tempo a proferir “grosseirices” em direcção aos seus responsáveis máximos.
Esses arrivistas, aliados a uma certa podridão interna, é que ditam agora
as regras do jogo, alguns desempenhando cargos para os quais não estão habilitados
– conselheiros! Só porque eta bajula, eta tchutchitchutchi, soi-disant
empresários, endividados até aos dentes.
Do que o PAIGC precisa é de voltar às mãos dos donos, daqueles que o
podem salvar do naufrágio para se reconstruir e recuperar o tempo perdido,
porquanto tem todas as condições para um “comeback” e reparar todos males
cometidos sobre este povo.
Os princípios do PAIGC ainda permanecem intactos e
actuais, e existem no seu seio homens e mulheres prontos a se sacrificarem para
servirem o povo, através dos cargos no aparelho do Estado, e não para se
servirem do Estado, como tem sido o caso em relação a muitos dos seus membros e
aos membros dos outros partidos que exercerem altos cargos e que hoje descarada
e impunemente ostentam riquezas acumuladas ilicitamente.
O
PAIGC não precisa estar nesta puxa-puxa porque sabe muito bem que o povo
não votou nele, por razões óbvias, e nem lhe vão ser revertidos
administrativamente os votos do USE, porque foram cometidos erros
graves na gestão da sua militância, além de ter instituído no seu seio a
cultura elitista, discriminatória e selectiva. A derrota do candidato do PAIGC
resultou do acumular
De erros de palmatória que não serão facilmente esquecidos pelas vítimas
desses erros e não só.
Não obstante, às vezes sou levado a concordar com o seu líder, porque de
facto perante todos esses partidos, o PAIGC continua a ser incontornável,
mas essa incontornabilidade passa obrigatoriamente pela reassunção pelos seus
militantes daqueles valores que o fizeram no passado um partido em que todos os
Guineenses
se reviam, e não um partido de meia-dúzia de oportunistas, cujos
interesses são apenas de se protegerem de imunidades para não pagarem pelos
crimes que cometem.
O Umaro Sissoco Embalo ganhou as eleições, e não vou repetir para
dizer que mesmo que essas eleições fossem repetidas mil e uma vezes, o
candidato do PAIGC iria sair derrotado e claro, porque depois de todos esses
anos de estagnação o povo sentiu a necessidade de
escolher a mudança.
Por isso, uma vez que é ao PAIGC que incumbe a governação por
ter ganho as legislativas ainda que com uma maioria relativa, salvo se não
conseguir garantir a estabilidade parlamentar e governativa, a liderança desse partido
devia reflectir seriamente sobre as razões que levaram a este desaire e
reorganizar-se para os futuros embates políticos, em vez de perder inutilmente
o seu tempo em reivindicações que não o dignificam.
Aqui nem se deve falar de aceitar ou não os resultados porque o povo
já decidiu, mas sim aconselhar mui modestamente a liderança do PAIGC
para mudar de estratégia, porque esta ser ensaiada tem os dias contados,
porque, com toda a consideração pelo presidente cessante, mas o USE não e o JOMAV.
O eleito Presidente da Republica chama-se Umaro Sissoco Embalo, Embalocunda de raiz e não adoptado,
de família real, que tem a clara noção do exercício do poder. Por isso, tentar
fazer comparações só vai resultar em frustrações, razão pela qual aconselha-se
que esse ensaio seja abandonado porque a Guiné-Bissau nos próximos cinco anos
de presidência do USE vai viver na paz e estabilidade e as instituições da
Republica vão funcionar com toda a normalidade.
Abandonem as estratégias de bloqueio, como aconteceu com a presidência do JOMAV,
porque estamos a menos de 2 dias para o Parlamento completar um ano de vida e
sabem muito bem o que poderá acontecer. Não se trata de ameaça nenhuma, mas sin i
pa lembranta cumpanher sobre os deveres de cada órgão.
VIVA UMARO SISSOCO EMBALO PRESIDENTE!
VIVA FIM DA REPUBLICA DE BANANAS!
VIVA HOMI DE HOMIS USE PRESIDENTE!
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