As medidas impostas pelas autoridades nacionais sobre o isolamento e a restrição da liberdade de circulação, durante o Estado de emergência e consequentemente para a prevenção do coronavírus, estão a ser totalmente ignoradas.
Segundo a última decisão das autoridades, os mercados deveriam abrir das 7 às 12 e horas e os próximos 60 minuto devem ser para o regresso às casas, e as circulações também e restringida nas mesmas horas. Mas o facto não é verificado, as viaturas mesmo sem autorização de livre circulação e motorizadas circulam até de madrugada. Os cacifos e boutiques, a maioria fecha depois das 22 horas (da Guiné-Bissau).
O facto acontece aos olhos das autoridades nacionais.
Agora, as motorizadas e algumas viaturas privadas substituem os transportes públicos. Por várias vezes foi noticiado que nas zonas de Quelelé ao Prabis e principalmente de Aeroporto ao Quinhamel as viaturas fazem fretes como se nada tivesse acontecido. A maioria circula superlotada e sem mínimas condições de protecção.
Entretanto, hoje (16), confrontado pela Rádio Sol Mansi (RSM), sobre estas desobediências, o secretário de Estado da Ordem Pública do governo de Nuno Nabiam, Mário Fambé, disse que o facto não é do conhecimento do Ministério do Interior.
“Não vi e nem ouvi que os transportes públicos estão a circular no país. Mas se isso corresponde a verdade então iremos colocar mãos duras para estancar a situação”, sustenta.
A nossa reportagem constatou que a partir das 3 horas de madrugada e a noite os transportes públicos circulam e continuam a fintar as autoridades nacionais. Confrontado com esta situação Mário Fambé promete redobrar os esforços porque o facto não foi reportado pelas forças colocadas nas ruas.
“Existem muitas informações falsas aqui na Guiné-Bissau e que colocam medos. Não nego que as pessoas fazem isso mas o nosso pessoal está constantemente nas ruas”, justifica.
Esta manhã, a RSM testemunhou que uma viatura de transporte público saiu de Quinhamel e no aeroporto «porta de arma» foi interceptado por uma força coloca no local mas de seguida passou o dinheiro mas em montante desconhecido e foi autorizado a continuar a caminhada.
Igualmente foi denunciado que as próprias forças de segurança usam as suas motorizadas como transportes públicos cobrando preços exagerados.
Esta foi uma das preocupações que a RSM tentou desvendar com o secretário de Estado da Ordem Pública do governo de Nuno Nabiam. Mário Fambé promete que medidas serão tomadas.
“As motorizadas são para fazer face a situação nas fronteiras e a volta de todo o processo na luta contra a Covid 19. Estas motorizadas não podem servir de transportes, apenas são permitidos os policiais a embarcarem pessoas que realmente precisam de boleia”, explica.
Em quase todo o país sabe-se que são ignoradas por completo as medidas de isolamento e de restrição de liberdade de circulação impostas pelas autoridades nacionais. As viaturas continuam a circular e por agora as motorizadas continuam a substituir os táxis e toca-tocas cobrando preços exagerados. Algumas motorizadas levam até 3 pessoas e sem o uso de, no mínimo, uma máscara.
No entanto, apesar destas desobediências, as autoridades policiais são colocadas nas ruas das 11 horas até a madrugada.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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