quarta-feira, 22 de abril de 2020

HOSPITAL DE TRATAMENTO DE TUBERCULOSE SEM APARELHO DE RAIO X

O director do Hospital Raoul Folloreau, especializado em tratamento de Tuberculose da Guiné-Bissau, alerta que o hospital está há mais de um ano sem aparelho de Raio X e sem reagentes no laboratório que permite análise de sangue

Em entrevista, hoje (20 de Abril de 2020), à Rádio Sol Mansi (RSM), Armando Sifna disse que há mais de um ano que o hospital de referência está em estado avançado de degradação. O director disse que algumas torneiras estão sem água potável e as casas de banho não estão em péssimas condições higiénicas.

As dificuldades englobam materiais, logísticas e alimentar.

“O hospital está sempre em degradação. Um hospital de referência de um país para doenças respiratórias, não tem material de raio X para diagnosticar lesões compatível ao Tuberculose”.

O director do hospital disse ainda que actualmente a única ambulância do hospital não está operacional. E, o atendimento diminuiu porque o próprio hospital não tem viatura própria.

“A ambulância está parada e com avaria e nem sei se vamos conseguir recuperá-lo porque tem problemas graves e nem a direcção do hospital tem materiais para facilitar os serviços logísticos”.

Sendo um hospital infecto-contagioso, os alimentos devem ser dados pelo próprio estabelecimento. No entanto, o director do Hospital Raoul Folloreau disse que ultimamente o hospital não tem nem comida de qualidade e nem de quantidade suficiente para a recuperação rápida dos doentes internados.

O apelo é extensivo às autoridades para tomada de medidas necessárias e urgentes e denuncia que existem parceiros que conseguem e aproveitam de benefícios em nome do povo guineense.

“É preciso que as nossas autoridades tomem medidas apropriadas com os parceiros que as vezes mostram que aproveitam de algo em nome dos populares guineenses”.

O hospital Raoul Folloreau, o único Centro Especializado para Tratamento de Tuberculose no país, é gerido pela Organização Não-governamental italiana (AHEAD). Mas, no entanto, segundo um acordo assinado, há 8 anos, ficou patente que o Estado da Guiné-Bissau será encarregue do fornecimento da energia para o hospital.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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