Por: yanick Aerton
Normalmente, o sentimento
de revolta nos invade quando assistimos a certas práticas de
injustiça que colocam uns acima de outros, como se estes últimos fossem
obrigados a ser eternos seguidores dos primeiros, que se julgam os únicos com
direito ao usufruto de tudo de bom que a sociedade produz.
Assim começaram as revoluções
protagonizadas por aqueles homens e mulheres mais esclarecidos
e comprometidos com os valores da liberdade, justiça e igualdade de
oportunidades.
Se numa luta em que todos
participaram e os sucessos conseguidos são o resultado dos esforços de todos,
não se entende por que uma vez instalados na cadeira do poder, alguns se
esquecem rapidamente de tudo quanto os outros deram como entrega, energias,
meios de varia ordem, saber, para a consecução do objectivo almejado, chamando
para si e aos familiares os frutos da conquista colectiva?
O que é que poderá
acontecer, caso um dia os eleitores se compenetrarem de que afinal os seus
esforços se destinam apenas a criar as melhores condições para uma meia dúzia
daqueles com que batalharam e os respectivos familiares?
Graças a Deus, no PAIGC,
de Sumbuia de ontem, era impensável a prática do nepotismo, de
tribalismo e de outros ismos que constituem elementos de divisão e de
revolta numa sociedade.
Afinal fidju di Guine tudo i kil un
pano di 10 banda!
As críticas contra Nhu Manga
Fulano é de que tinha nomeado o irmão, nomeado a “casa dois” do irmão a
ministra, imposto a esposa no CE 26 e no Comité Interparlamentar a
UEMOA,
favorecido os parentes próximos, colocando-os em lugares importantes no
aparelho do Estado.
Que eles, os dirigentes
do
PAIGC, e os seus filhos tinham inundado a EAGB, PETROGUIN,
ARN,
etc., o que é contrario aos princípios que nortearam no passado as orientações
do PAIGC.
Agora, o porquê da imitação dessa pratica num governo que se pretende exemplar?
Itchiga hora di no para ngana
cumpanher! Ah i tchuba di Cabo Verde, son na um lado?
E aqueles que estiveram
na linha da frente enquanto os vossos filhos estavam debaixo dos aparelhos de ar-
condicionado, alguns até participaram em certa medida na luta, o que e
feito deles? Ou vão continuar a enganá-los com alguns rebuçados a espera dos próximos
embates para, de novo, puderem utilizá-los em vosso proveito, como papéis
descartáveis?
A alternância, como foi várias referidos, é governar diferente
e melhor, mas infelizmente não é o que se está a verificar com este Governo,
porque a preocupação parece ser de “rabata rabata”, cada parte a querer
tirar o maior partido desta nova realidade para poder financiar o seu partido,
roubando, como é hábito em relação a certas formações políticas que integram
este governo que muitos chamam de “tchapa tchapa”.
Os esforços foram todos
no sentido de afastar o candidato do PAIGC, da cadeira presidencial e
colocar o General Umaro Sissoco Embalo, uma figura com excelentes relações fora
do país e que durante muitos anos conviveu com estadistas de grande
influência no contexto mundial e que seria capaz de
impulsar o desenvolvimento acelerado do pais, na perfeita coabitação com o
Governo do PAIGC, que ganhou as eleições de 10 de Marco de 2019,
com a legitimidade para governar enquanto não foi demitido constitucionalmente.
Mas esse governo também
teria que ser chefiado por um dos membros do PRESIDIUM do PAIGC
e não pelo Senhor Aristides Gomes.
Não se votou no USE
por ser o melhor ou pior, mas assim quis o Altíssimo, porque havia grandes
candidatos como e o caso do carismático líder, Carlos Gomes Júnior, mas
como crentes não tínhamos outras alternativa que de aceitar a evidência.
Não é que o concorrente
do USE
não fosse capaz, mas não era a figura mais indicada, o que trouxe
fissura no seio do PAIGC, tendo levado ao desastre a que assistimos.
É preciso sermos muito
frontais para criticarmos construtivamente o que nos parece estar mal, e
elogiar o que está sendo feito de bom, para o bem-estar do povo.
Sem fazer
futurologia, mas se alguns governantes não pararem com as manobras a
que estão habituados, este Governo não terá pernas para andar, pabia
ninguin cá totoli, udju na odja, oredja na obi.
Para um bom entendedor, meia palavra
basta!
Um Cusa i certo, General Presidente
cana seta nunca pá pagaille instala na país, pá cada governante faci di
instituição kina dirige si republica di bananas!
Pa para djubi son na un
lado, os vossos filhos e parentes não são os únicos com direito a nomeação.
Nó rapara dja! Nhá donas Mandjaku cuma
um bias ca ta cabal.
PEACE AND LOVE!
Sem comentários:
Enviar um comentário