terça-feira, 28 de abril de 2020

DIRIGENTES DE TIPO NOVO ATITUDES DE NOVO TIPO

Por: Ernesto Dabo
Me parece normal que ninguém saia ileso duma alta função politica, para não dizer de qualquer cargo publico. O que marca, nesse caso, é a atitude, ou seja como se assume o término do exercício do cargo.

Duma descontraída conversa com a Diva Miriam Makeba, aquando da sua primeira visita ao nosso país, guardei esta constatação sua: “ Em África, o normal é sair-se de Primeiro Ministro a Prisioneiro, como fim de carreira”. 

Numa outra perspectiva da questão, também guardei do meu saudoso irmão Aguinaldo Embalo, a seguinte frase: “Cá na nossa terra, quando se é nomeado Director Geral, o fim da função é a humilhação pública e o desemprego”. 

Provas das duas constatações são mais que suficientes, infelizmente. No nosso presente, aconteceram dois factos que acho merecerem registo, pelo seu valor paradigmático para uma nova cultura de prática politica no nosso país. 

O primeiro foi a elevadíssima dignidade de Estado e humana com que se celebrou o fim do exercicio da função presidencial do Dr. José Mário Vaz, acto protagonizado e presidido pelo seu sucessor, General Umaro Sissoco Embalo. Hoje, voltamos a assitir a igual atitude do Chefe de Estado, em relação ao Dr. Ladislau Embassa, de quem recebeu um pedido de demissão do cargo de Procurador-Geral da Republica, nomeadamente pela nobilissima razão de “ética republicana”, referida pelo remetente.

Estes dois momentos desta nova página da vida politica nacional, merecem a vénia e aplausos de todos os que genuinamente desejam e se batem por uma prática politica civilizada, culta e eticamente enquadrada, no nosso país e Estado da Guiné-Bissau.
FIM DE UM MANDATO OU DERROTA ELEITORAL NÃO DEVE SIGNIFICAR O CAOS
Obrigado e mantenhas aos citados.



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