sexta-feira, 3 de abril de 2020

É CUSSA PUDI BIM NHABI!


Por: yanick aerton

O colonialismo tinha como objectivo manter o povo africano, em geral, e os Guineenses em particular, perpetuamente na escuridão e na ignorância. Assim, o colonialismo continuaria a explorar os povos e a fazer tudo quanto entendesse, e não deixar que o povo se consciencializasse para lutar pelos seus direitos mais elementares, donde se destaca a escola, ainda que outros povos não fossem analfabetos, porque utilizavam caracteres árabes para alargarem o seu horizonte de conhecimentos.
Será que o conhecimento ou seja a formação técnico-académica é um elemento essencial para desenvolver o país, considerando-se o total desprezo de critérios objectivos nas nomeações a que estamos a assistir para cargos que exigem conhecimentos técnico-científicos?
Foram feitas muitas chamadas de atenção para se evitarem nomeações baseadas em critérios repugnantes, tais como o compadrio, o nepotismo, o tribalismo, o comunitarismo e o clientelismo, devendo-se privilegiar a competência e a meritocracia. Mas…….
Se é por essa via que queremos ir, então encerremos as escolas e dizer as nossas escolas que não vale a pena ir a escola, porque para ser nomeado para cargos de responsabilidade no Estado, basta ser um grande activista ou ter meios para subornar os chefões dos partidos, onde há défice de moral e de escrúpulos, como acontece em relação a alguns partidos da nossa praça de Bissau.
Lumpenizou-se tanto o exercício do cargo público que agora todos entendem que podem ser isto ou aquilo, e lutam por todos os meios, até os mais ilícitos, para serem nomeados para altos cargos de responsabilidade.
Na direcção dos departamentos técnicos devem ser nomeados quadros com sólida formação e conhecedores do sector, sejam eles do partido ou não, caso contrário, estaremos a cometer um grande crime.
A ARN, A EAGB, A PETROGUIN, etc., são serviços que exigem dos membros da direcção um conhecimento profundo, se se quiser obter resultados satisfatórios, a não ser que o propósito seja unicamente o de recompensar um activista ou financiador partidário, pelos serviços prestados.
Juro-vos de pés juntos que enquanto assistimos a esta prática nefasta a Guiné-Bissau nunca vai deslocar ou arrancar, para utilizar o slogan do PAIGC. 
Se o Presidente da República não intervir atempadamente, não puser um travão nessas aventuras, ele será o maior perdedor porque a sua presidência será descredibilizada, o que poderá comprometer a sua reeleição.
Excelência General Presidente, bati Mon na mesa, ca bu seta sedu refém di és djintis pabia bu votado nan na tudo lado di Guiné-Bissau i bu legitimidade bu conquistal nan na urna! Suma bu ta fala: buca tene compromisso cu ninguin, pá ca e susau.
Sabemos que é muito difícil, senão impossível, ter as mãos livres num Governo de compromissos como este, que a outra parte chama de governo do “tchapa tchapa”, mas algo tem que ser feito para livrar este povo de uma governação de desgraça.
O Presidente da República, por razões de aliança, foi empurrado para esta solução de um governo do qual não tem controlo, mas é sobejamente sabido que só se fala em nova maioria, teoricamente, mas na prática ela não existe, porque o parlamento não se reuniu para se poder saber se esta parte tem ou não uma maioria. Se os 4 deputados da APU ainda continuam a votar no mesmo sentido que a bancada do PAIGC, PND e UM, onde está a nova maioria?
Por isso, apesar de apoiar a 100% este governo e as decisões tomadas pelo General Presidente em demitir o governo do Aristides Gomes, no meu interior, sei que esse decreto é judicialmente atacável porque é nas urnas que o PAIGC, conseguiu a sua legitimidade, da mesma forma que o General Presidente conquistou a sua legitimidade ainda que o processo não tenha chegado ao seu fim. Não é preciso ser um especialista em direito constitucional para saber isso.
Portanto, ou governamos bem, indo ao encontro daquilo que é a visão do General Presidente e às expectativas do povo, ou se devolve o poder ao PAIGC, para terminar o seu mandato, com outro Primeiro-ministro, de preferência uma senhora.
Neste governo não há cadeia de comando, cada kin ta iasa si bentana manera ki nkindi, porque nem o Primeiro-ministro e nem tao pouco o PR estiverem na origem da escolha dos seus integrantes, e cada um deve obediência primeiro ao seu partido e líder ou movimento de apoio.
Onde está então o poder do General Presidente?
Daí a premente necessidade de num futuro próximo pensar-se na dissolução do Parlamento e na formação de um governo de iniciativa presidencial para libertar o povo das garras de certos interesses ou lobbies.
GOD SAVE THE KING, COMO DIZEM OS BRITONS!
AQUI, VAMOS DIZER:
GOD SAVE OUR PRESIDENT GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO, FROM THE GRIEFS OF THE POWER-HUNGRY!
VIVA GENERAL PRESIDENTE!
ABAIXO PRÁTICAS NEFASTAS NA GOVERNACAO!


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