O Secretário de Estado de Transportes e Comunicações João Bernardo Vieira desafiou o Procurador-geral da República (PGR) António Sedja Na Man a deduzir a acusação contra ele, caso tenha provas suficientes que consubstanciem um crime que tenha cometido no exercício das suas funções.
Em carta aberta divulgada esta sexta-feira 8 de Abril, João Bernardo Vieira, dirigida a comunidade internacional, advertiu que enquanto cidadão, vai utilizar todos os meios legais e constitucionais para defender o meu bom nome e a sua reputação, tendo apelado a comunidade nacional e internacional a estarem atentos a eventuais ilegalidades de um processo judicial que está a ser conduzido pelo Procurador-Geral da República.
“Deixo a minha integridade física nas mãos do Procurador-geral da República e dos seus mandantes sendo certo que irei continuar a trabalhar cada vez mais e com maior determinação, eficiência e humildade para o bem do nosso país”, lê-se na carta.
Na carta o Secretário de Estado interroga se um Procurador-geral da República tem as competências para interferir directamente na gestão administrativa das entidades sobre tutela do Estado.
Sobre a tentativa para a sua detenção, que classificou de ilegal, desencadeada pessoalmente pelo PGR, João Bernardo Vieira afirma que é o primeiro passo de um plano mais amplo com clara intenção de denegrir a sua imagem e a dos outros colegas membros de Governo.
“Estamos perante uma investigação que tem um pouco de tudo, menos imparcial e transparente, não obstante acreditamos na justiça as evidências de que dispomos leva-nos a acreditar que estou a ser vítima de perseguição política, com o único objectivo de me afastar no cenário político por métodos antidemocráticos e ilegais”, denunciou.
O documento recorda o assalto à residência Secretario de Estado de Transportes e Comunicações por homens armados com intenções que estão ainda por esclarecer e cujos autores morais e materiais ainda se encontram a monte, e no momento em que se esperava que o Procurador-geral da República se concentrasse neste caso está mais activo e interessado em convocar membros do governo para serem ouvidos, refere.
“Até então nunca tinha considerado pronunciar-me publicamente sobre as várias acusações gratuitas de que pessoalmente fui alvo, porque sempre acreditei que o bom senso das pessoas iria prevalecer sobre a má-fé e a luta política”, termina a carta.
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