Bissau, 11 Abr 16 (ANG) – O Presidente da Comissão Negocial da greve do Ministério da Educação Nacional disse que está confiante na desconvocação de greve por parte do Sindicato Nacional dos Professores (Sindeprof).
Esta confiança foi hoje expressa por Felisberto Semedo à saída da primeira parte do sexto encontro entre o Ministério da Educação Nacional e o Sindeprof.
Semedo destacou o facto de o governo ter já incluído as exigências dos docentes na proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) a ser submetida a aprovação da Assembleia Nacional Popular no fim deste mês.
Segundo Felisberto Semedo, o objectivo da reunião é de as partes, em conjunto, encontrarem mecanismos para por cobro à greve de largas semanas que está a afectar o sector do ensino público da Guine-Bissau .
“O exemplo disso é o acréscimo feito pelo Ministério das Finanças nas despesas do pessoal do Ministério da Educação, que saiu dos quase oito bilhões e duzentos mil FCA, para cerca de 10 bilhões e duzentos mil FCA” explicou.
Aquele técnico adiantou ainda que há um acréscimo de quase dois biliões de FCA, de 2015 para 2016,” e que todas as dívidas que acordamos pagar neste ano, estão incluídos neste valor, de acordo com a explicação do técnico do Ministério das Finanças e do documento a disposição da imprensa “, explicou.
Semedo disse que estão esperançados em chegar a um acordo ainda hoje, com o sindicato.
Por seu turno,o porta-voz do Sindeprof, Armando Vaz frisou que não tem conhecimento da inclusão dos pontos acordados na proposta do OGE, mas prometeu que a sua organização vai pronunciar através de um comunicado, caso isso vir a ser uma realidade.
“Não é desejo de nenhum professor estar em greve porque também têm filhos a estudar e em riscos de perderem o ano”, disse Vaz que igualmente manifestou-se convicto de que as partes podem chegar a um acordo para pôr fim as paralisações no ensino público.
Questionado sobre o momento crítico em que o país se encontra uma vez que a proposta de aumento de salário é um processo que pode levar tempo a concretizar, o porta - voz do Sindeprof disse que não vê qualquer situação que possa dificultar o executivo no cumprimento dessa preocupação dos professores, frisando que cabe aos políticos resolverem o problema do país.
Na reunião participam representantes do Ministério da Educação Nacional, Ministério das Finanças e Membros do Sindicato Democrático dos Professores.
Os professores observam a segunda onda de greve no ensino público do presente ano lectivo.
ANG/MSC/JAM/SG/Conosaba
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