segunda-feira, 18 de agosto de 2014

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU DESMENTE MINISTRO DAS OBRAS PUBLICAS



BissauO Presidente de Câmara Municipal de Bissau (CMB) desmentiu que a razão do desabamento na Avenida Principal, da faixa que liga Chapa ao centro da cidade, Avenida Combatentes da Liberdade de Pátria, se deva à falta de limpeza regular dos tubos das águas ali existentes.

António Artur Sanhá afirmou que a construção da referida avenida foi feita com pouca transparência, salientando que alguém terá desviado o montante financiado para diminuir a largura da estrada ao longo de todo o traçado.

«Com todo o respeito, nós não acusamos para fugir da responsabilidade. Todos os guineenses souberam como foi feita a construção daquela estrada. O que nós sabemos através dos nossos técnicos é que quando estavam a construir a estrada mantiveram a estrutura subterrânea antiga, ou seja, não foi renovada. Hoje em dia estão a dizer que o desabamento tem a ver com a falta de limpeza por parte da CMB. Isso não corresponde à verdade, que seja responsabilizado alguém e não a Câmara» disse Artur Sanha falando numa das rádios privadas da capital.

O Presidente da Câmara de Bissau disse esperar que o novo Executivo esqueça o passado e aposte na lealdade e coragem, tendo afirmado que os guineenses gostam de falar de forma «barata» porque não são responsabilizados quando ofendem alguém como pessoa ou instituição. Esta é a razão pela qual a calúnia e difamação são usadas como «desporto» na Guiné-Bissau.

Na semana passada o ministro das Obras Publicas Construção e Urbanismo, António Cruz Almeida, disse, em conferência de imprensa, que a falta de limpeza regular dos canais causou o desabamento do local em causa.

«Aquele sítio encontra-se praticamente ao pé do mercado de Bandim. O mercado de Bandim é um sítio que fabrica muitos lixos por isso a falta de intervenção pontual na limpeza dos tubos obrigou ao desabamento», disse o governante.

De recordar que a obra de construção da Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria foi suportada financeiramente pelo Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD), FAIR/UEMOA e o então Governo da Guiné-Bissau, chefiado por Carlos Gomes Júnior tendo como o ministro das Infra-estruturas António Cruz Almeida, actual ministro da tutela no governo de Simões Pereira. 

A obra foi executada pela empresa AREZKI em 2010 e devia ter durado 13 meses mas acabou por durar 16 meses de trabalho, tendo sido inaugurada em 2011 pelo falecido Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.

Tiago Seide

(c) PNN Portuguese News Network

2014-08-18 11:38:04

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