Em nota de imprensa enviada à Lusa, Sana Canté afirmou que os médicos Lassana Ntchassó e Arlindo Quadê, acusados pelo movimento de "suspeitos de homicídio do Inconformado Bernardo Mário Catchura" foram postos em liberdade "no seguimento da ingerência ilegal do Procurador Geral da República, Fernando Gomes".
Bernardo Catchura, primeiro presidente do MCCI, faleceu no passado dia 30 de janeiro em Bissau, numa clínica em Bissau, aos 39 anos e os colegas do movimento acreditam que foi por negligência médica.
A Polícia Judiciária deteve os dois médicos que atenderam Catchura mas depois entregou o caso ao Ministério Público que requereu a sua prisão efetiva perante o Juiz de Instrução Criminal (JIC).
Após quatro dias na cadeia, o JIC ordenou, na terça-feira, a libertação dos dois médicos.
Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o juiz ordenou ao Ministério Público que adotasse outras medidas que não sejam a prisão preventiva dos médicos.
Para o MCCI a soltura dos médicos resultou da ação do Procurador-Geral da República "visa progressivamente obstruir a justiça por meios de perseguições aos magistrados titulares do processo".
Sana Canté afirmou no comunicado que a atuação de Fernando Gomes é no sentido de defender os "amigos do regime".
O líder dos Inconformados encoraja os magistrados e a PJ a prosseguirem o seu trabalho "na descoberta da verdade com total resistência na preservação da sua independência".
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