sábado, 13 de fevereiro de 2021

Guineense morre na prisão de Lomé e outros em condições “desumanas”


Um cidadão da Guiné-Bissau terá morrido, recentemente, na Prisão Civil de Lomé, no Togo, enquanto duas outras pessoas de nacionalidade guineense foram condenadas a 10 anos de prisão efetiva, soube o Capital News, de uma fonte dentro do estabelecimento prisional.

A vítima terá sido alvo de violência física nas celas, por parte dos seus colegas, uma prática que a fonte do Capital News, que relatou o acontecimento a partir de Lomé, afirma ser “muito habitual”, nas prisões daquele país.

Outros cidadãos em situação indefinida, eram provenientes do Brasil e foram detidos desde 2014, acusados de tráfico de drogas. Ao todo são seis cidadãos de origem guineense e cinco de origem nigeriana, mas com as peças de identificação da Guiné-Bissau.

De acordo com a fonte, do número total, dois cidadãos da Guiné-Bissau e quatro da Nigéria estão a aguardar o julgamento em prisão preventiva e nas condições “desumanas”.

Preocupados com a situação, os detidos pedem agora a intervenção das autoridades do país de origem ou o seu julgamento, para que possam ser extraditados para cumprir penas em Bissau.

As imagens do Interior da prisão civil de Lomé, na posse do CNEWS, mostram as condições em que os detidos vivem, desde aspetos de saúde, dormitórios e bem como os seus mantimentos.

O informante do CNEWS explicou que os reclusos, antes das suas detenções, viajavam do Brasil, mas com destinos e datas de chegadas diferentes.

“O que vivemos aqui não é normal, queremos que o nosso Governo nos ajude pois estamos mal”, relatou um dos detidos.

No que diz respeito aos processos de julgamentos das três pessoas, o detido explicou que foi uma mera presença no tribunal e em seguida a leitura de sentença de condenação, sublinhado a ausência de advogados, e diz que foram obrigados a contratar cidadãos de outras nacionalidades, que falassem espanhol, para que servissem de intérpretes, e esses eram pagos 25 mil Francos CFA, por dia.

O assunto é do conhecimento das autoridades guineenses, desde a era de José Mário Vaz, então Presidente da República, e tinha sido denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH).

Por CNEWS com Conosaba do Porto

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