segunda-feira, 6 de abril de 2020

COVID-19: GUINÉ-BISSAU TEM VENTILADORES MAS PODEM SER INSUFICIENTES - AUTORIDADE SANITÁRIA

A Guiné-Bissau tem ventiladores para assistir doentes com o novo coronavírus podem é ser insuficientes para atender a toda gente, disse hoje à Lusa, um responsável pela estrutura sanitária de controlo e combate à pandemia, Tumane Baldé

Nos últimos dias têm surgido informações nas redes sociais de guineenses que criticam a resposta do país à doença, sugerindo, por exemplo, que não existem ventiladores no hospital Simão Mendes, centro de internamento e de tratamento de doentes com a covid-19.

“Há ventiladores, naturalmente, podem não ser suficientes, como é o caso de outros países do mundo”, declarou Tumane Baldé, antigo ministro e um dos elementos do COES (Centro Operacional de Emergência de Saúde), entidade criada pelas autoridades para lidar com a pandemia.

Tumane Baldé indicou que neste momento nenhum dos 18 infetados precisa de apoio do ventilador, mas se for preciso o país terá respostas.

O responsável adiantou ainda que hoje os 18 infetados poderão ser transferidos das suas residências para o centro de internamento no Simão Mendes e admitiu que alguns “apresentam resistências para serem transferidos”.

Uma equipa de técnicos psicossociais será enviada às residências daquelas pessoas para as sensibilizar sobre a necessidade de serem levadas para o Simão Mendes, defendeu Tumane Baldé.

Desmentiu também as informações que circulam no país em como quatro cidadãos estrangeiros estariam infetados na localidade de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau, frisando que apenas os exames laboratoriais poderão definir quem está ou não infetado.

A Guiné-Bissau confirmou os dois primeiros casos de covid-19 a 25 de março, tendo atualmente 18 infetados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Dos casos de infeção, mais de 238 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Conosaba/Lusa

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