De visita à minha gente na região de Quinara, portando-lhes o pouco que tenho: "Amor, Atenção e Carinho". Celina Vieira Tavares
Já não há fôlego para continuar a dar toupadas nos mesmos derradeiros em círculo e circundados de pedregulhos e lacunas. Chegou a Hora de agir e sair dessa penosa etapa de caminhar e caminhar na mesma direcção sem saída para a prosperidade.
A Guiné e o seu povo necessitam ser priorizadas e só pode sair desse estado lipotímico, com legalidade em matéria e não com remendos de transição em transições. Tudo nos indica que desse alinhavo da História não sairemos, até que as simulações em querer cessem e se termine com as manipulações de dividir ou unir grupos para reinar e futuramente, se vingar e se aliviar dos recalcamentos e complexos armazenados.
Não insistam em continuar nesse dessarte! Se assim for, os pés se enterrarão na poça e o rasgo social não apenas será desmesurado, como as frustrações estarão incontornáveis à fatalidades, como consequência da não aprendizagem e correcção dos erros patenteados na História, na História das governações desse pequeno país, mas com grandes ambições dos seus munícipes.
Até quando as profundas lacunas constitucionais e institucionais continuarão por preencher, causando as mesmas, essa insuportável impaciência, dor e desespero aos mais debilitados, ao mesmo tempo que oportuna os dribles dos famintos que não faltam em sociedades desorganizadas, os eternos prestidigitadores, pelotiqueiros?! São perguntas e mais perguntas que clamam respostas para, a cura de mágoas, sanidade social, estabilidade, união e progresso nacional.
Chegou a hora do querer e chegou a hora para o colectivo! Queremos sair desta tumultuosa fase de impasses e contradições, ganhar a estabilidade nacional, sentirmo-nos dignificados, dignificando tudo que de nós faz parte e temos, apesar de hipotecada, nos resta ainda saldo e forças para ser resgatada; Queremos já, as verdades no livro da nossa memória, queremos uma História desvendada e as páginas futuras sem facetas ciclópicas do execrável. Queremos ter julgamentos, confissões, julgados, perdão e finalmente a Reconciliação Nacional, para que nos possamos unir, sem ressentimentos nem rancores, sem mágoas nem ódios, sem medos nem hipocrisias.
Queremos uma Nova Era, um Novo Começo, com justiça em funcionamento, governação com capacitados e com base na equidade de géneros em todas as Instituições, uma reforma condigna, ensino, saúde, habitações, serviços de assistência de qualidade e para todos sim, um desenvolvimento sustentável e sustentado por todos. Queremos guineense algum discriminado e entregue à miséria e abandono. Queremos uma reabilitação total com figuras habilitadas, mas com moral e sentido colectivo.
O cidadão quer e merece. Todos queremos e merecemos. De crianças à jovens, de média à terceira idade, de habilitados à desabilitados. Só não merecemos mais adiamentos, egocentrismos, nem tão pouco simulações e enganos na gerência e supervisão da coisa comum. Não merecemos cair no obscurantismo nesse labirinto, enganados e ao engano de guias desassisadas à luz quimérica nas próprias vidas.
Celina Tavares Julho 31, 2018
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