O antigo Presidente brasileiro, detido desde o início de abril, foi aclamado como candidato do partido durante o congresso nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) que se realizou este sábado em São Paulo. As eleições presidenciais do Brasil estão marcadas para outubro e o registo final das candidaturas na justiça eleitoral acontece até 15 de agosto.
Sem surpresas, Lula da Silva é o candidato apresentado pelo PT às eleições presidenciais de outubro, pelo menos para já. O anúnicio foi feito este sábado pela senadora Glesi Hoffmann, presidente nacional do partido, durante a convenção nacional do partido que decorre na Casa de Portugal, em São
O antigo Presidente do Brasil, atualmente com 72 anos, está detido em Curitiba desde 7 de abril, tendo sido condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, no âmbito do processo Lava Jato.
O antigo presidente é acusado de ter recebido um apartamento perto de São Paulo por parte da construtura OAS de forma a favorecer a empresa em contratos com a Petrobras.
Mesmo detido há três meses, o antigo Presidente continua a liderar as mais recentes as intenções de voto. A candidatura de Lula da Silva deverá agora ser registada a 15 de agosto, data limite para apresentação de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral.
"Esta é a ação mais confrontadora que fazemos contra este sistema podre por parte da Justiça, que não faz outra coisa a não ser perseguir Lula", aifrmou a presidente nacional do partido.
"Não tem plano B"
Por definir está ainda o candidato a vice-presidente às eleições presidenciais, que se realizam no próximo mês de outubro.
“O Brasil nunca precisou tanto do Lula. O que está em jogo é muito mais que uma eleição presidencial. Não tem plano B, não tem plano C. É Lula livre, candidato e presidente”, disse o deputado Paulo Pimenta, líder do partido na Câmara dos Deputados.
Apesar desta nomeação, ainda sem candidato substituto formalmente definido, prevê-se que a candidatura de Lula não seja aceite pelo Tribunal Superior Eleitoral. A Lei da Ficha Limpa - aprovada em 2010 pelo então Presidente Lula da Silva -, estabelece que nenhum candidato condenado em segunda instância pode ser candidato a cargos políticos no Brasil.
Fernando Haddad, antigo prefeito da cidade de São Paulo e antigo ministro da Educação, é apontado como um dos potenciais substitutos de Lula da Silva caso a candidatura do ex-Presidente não seja aprovada.
No congresso nacional, o responsável do PT preferiu destacar que Lula da Sulva "derrotou todos os golpistas" e que, com a candidatura do antigo Chefe de Estado, o partido vai ganhar "a quinta eleição consecutiva".
As eleições brasileiras dividem-se em duas voltas e realizam-se a 7 e a 28 de outubro.
Conosaba/rtp.pt
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