Kolda (Senegal) - O governo senegalês vai tomar as "medidas duras" contra a corte abusiva da madeira em Casamance, no sul do país, afirmou este sábado, nesta localidade, o ministro das Forças Armadas, após o alerta de uma ONG sobre o desaparecimento de florestas nessa região, noticiou a AFP.
"A decisão está tomada para fazer parar a corte abusiva da madeira nas nossas florestas. è necessário que as pessoas que adoptam essas práticas nos compreendem. Creio que esta prática vai cessar daqui há alguns dias", declarou na tarde de sexta-feira a imprensa o ministro Augustin Tine, sem anunciar tais medidas.
O governante falava na vila de Kolda, em Casamance, na presença dos ministros do Interior e do Ambiente, Abdoulaye Diallo e Abdoulaye Baldé, no termo de uma visita nessa zona fronteiriça com a Gâmbia, que possui a maior densa floresta do Senegal.
Essas medidas são anunciadas após o alerta lançado a 26 de Maio pelo militante ecologista e antigo ministro senegalês do Ambiente Haidar El Ali, colocando em causa o tráfico da madeira para a China a partir da Gâmbia vizinha.
"O Senegal perdeu mais de um milhão de árvores desde 2010, enquanto que as explorações baseadas na Gâmbia encaixaram cerca de 140 milhões de francos CFA (mais de 213 milhões de euros) na exportação dessa madeira para a China onde a demanda imobiliária conheceu uma explosão nos últimos anos", acrescentou.
Em Abril, uma equipa do ministério senegalês do Ambiente que realizava um estudo sobre os recursos naturais em Casamance tinha sido detida na Gâmbia em vias de tirar as imagens da madeira cortada, tendo sido libertada 48 horas depois.
O Casamance está confrontado desde 1982 à uma rebelião armada do Movimento das forças democráticas de Casamance (MFDC).
angop/conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário