O chefe da missão do FMI, Félix Fischer
Anúncio foi feito pelo FMI no início de uma missão a Bissau.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quinta-feira o Governo da Guiné-Bissau que os principais parceiros financeiros do país vão congelar as ajudas prometidas para 2016.
A notícia foi revelada for Felix Fisher, chefe da missão do FMI que iniciou hoje uma visita de sete dias a Bissau, durante a qual pretende discutir com o Executivo de Baciro Djá a cooperação entre as duas partes.
"Os parceiros que antigamente deram apoio orçamental comunicaram-nos que não vão dar apoios este ano, o que complica a situação fiscal do Governo", afirmou Fisher, que remeteu mais detalhes para os parceiros internacionais
Aquele responsável adiantou, no entanto, que agora o mais importante “é fechar o buraco orçamental através de cortes nas despesas e captação de mais receitas", facto que, para ele, pode provocar "uma situação fiscal complicada" para o Governo.
Um dos principais pontos da agenda dos especialistas do FMI é o contrato de resgate aos bancos comerciais feito e anulado pelo anterior Governo e que esteve na base da decisão da suspensão do pagamento de novas tranches do programa de ajuda orçamental do Fundo à Guiné-Bissau.
Na quarta-feira, 22, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros Aristides Ocante da Silva, reiterou à VOA que o Governo “está empenhado em resolver o diferendo com o Fundo Monetário Internacional, que pode por em causa o financiamento do Orçamento Geral do Estado”.
De acordo com Felix Fisher, o FMI quer conhecer as medidas que o Executivo de Baciro Djá vai tomar para minimizar os custos da rescisão do contrato com os bancos comerciais.
Nos últimos meses, representantes dos parceiros internacionais da Guiné-Bissau vêm alertando as autoridades para a eventualidade de o país perder apoios e financiamentos devido à crise política que estalou desde que o Presidente da República José Mário Vaz demitiu o Governo do PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira em Agosto de 2015.
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