Presidente português começou a ouvir partidos e espera Governo até 10 de Junho

Líder da AD, Luís Montenegro, e Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém. 20 de Maio de2025.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, começa, esta terça-feira, a ouvir os partidos políticos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas de domingo. No primeiro dia de audições, a agenda está preenchida com PSD, PS e Chega. Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que haja um novo Governo perto do feriado de 10 de Junho.

Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa ouve o PSD, primeiro, seguindo-se o PS e o Chega. Quanto aos restantes sete partidos que obtiveram representação parlamentar – IL, Livre, PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP – não se comunicou a data ainda.

Ontem, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu repetir audiências aos três maiores partidos, depois de se conhecerem os resultados dos votos da emigração (28 de Maio) que poderão desempatar o PS e o Chega em termos de número de deputados.

Assim, o PS também terá tempo para definir a posição em relação à viabilização do Programa do Governo, após a demissão do seu líder, Pedro Nuno Santos, e do início do processo da escolha de um sucessor na Comissão Nacional de sábado. Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no sábado e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista.

De notar ainda que o Presidente português considerou que "à primeira vista" os partidos vão dar condições de governabilidade à Aliança Democrática do PSD/CDS-PP e disse esperar que haja um novo Governo perto do feriado de 10 de Junho.

Marcelo Rebelo de Sousa avisou que “é do interesse português que haja um esforço de todos no sentido da governabilidade”, tendo em conta “o mundo está como está”.

A Aliança Democrática venceu as eleições legislativas de domingo com 32,10 por cento dos votos e 89 deputados.

Quando falta apurar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respectivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38 por cento e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor percentagem, 22,56 por cento.

Por: RFI