Para os guerrilheiros da Renamo é preciso resgatar ideais de Afonso Dhlakama. © RFI/Orfeu Lisboa
Maputo – Os antigos combatentes da Renamo, terceira força de Moçambique, ocupam a sede do partido há mais de uma semana, rejeitam a Associação dos Combatentes da Luta pela Democracia como mediadora no conflito interno, exigindo a demissão de Ossufo Momade da liderança como condição para desocuparem o local.
Os antigos guerrilheiros da Renamo, que ocupam a sede nacional do partido há mais de uma semana, rejeitam a Associação dos Combatentes da Luta pela Democracia (ACOLDE) como interlocutor no actual conflito interno do partido. Os ex-combatentes exigem a demissão do presidente Ossufo Momade como condição para desocuparem o edifício.
A reacção surge após uma orientação da Comissão Política da Renamo, que esteve reunida em Maputo. Os guerrilheiros afirmam que a ACOLDE não tem legitimidade para mediar questões internas do partido.
Nós, combatentes da Renamo, representantes do povo, distanciamo-nos dos pronunciamentos da Comissão Política Nacional, porque a ACOLDE é uma associação voltada para o desenvolvimento socio-económico dos seus membros, e não para a mediação de conflitos internos da Renamo.
Segundo João Machava, porta-voz dos antigos combatentes, a permanência dos manifestantes na sede do partido depende exclusivamente da saída de Ossufo Momade da liderança da Renamo.
“A direção que está à frente da Renamo tem que se demitir. Para nós, essa é a única solução. Não há espaço para negociação”.
A crise interna foi agravada pelos maus resultados obtidos pela Renamo nas eleições gerais de 9 de Outubro do ano passado. O partido perdeu o estatuto de maior força da oposição para o recém-criado PODEMOS, o que aumentou o descontentamento entre as suas bases.
Com a vassoura, antigos guerrilheiros da RENAMO pedem a limpeza da liderança de Ossufo Momade. © RFI/Orfeu Lisboa
Por: Orfeu Lisboa/fr/pt
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