terça-feira, 20 de maio de 2025

Hospital de Bor: “QUALQUER CONSEQUÊNCIA NEFASTA RESULTANTE DA COLOCAÇÃO DE CONTADOR PRÉ-PAGO, A RESPONSABILIDADE SERÁ IMPUTADA À EAGB”


O Diretor-geral do Hospital Pediátrico “São José em Bôr, Luis Semedo, advertiu esta segunda-feira, 19 de maio de 2025, que qualquer consequência nefasta resultante na aberração administrativa de colocação do contador pré-pago por parte dos agentes da Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) naquele estabelecimento hospitalar, a responsabilidade deverá ser integralmente imputada à direção da EAGB e em particular ao seu diretor-geral, Vasco Rodrigues.

Luís Semedo falava numa conferência de imprensa realizada naquela instituição, com o objetivo de reagir ao que está acontecer entre Hospital Pediátrico “São José em Bor e EAGB, no qual disse que não pode deixar passar em silêncio, a gritante falta de fidelidade dos dados apurados pelos técnicos da EAGB, durante o levantamento efetuado naquele hospital.

Explicou que os números e diagnósticos veiculados como base para a decisão estão manifestamente divorciados da realidade vivida por quem labuta dia e noite, para salvar vidas de crianças, mulheres e homens naquele hospital.

Semedo disse que a insistência na instalação de um contador pré-pago, cujo modelo técnico nem sequer se ajusta à potência instalada naquele centro hospitalar, configura um grave erro técnico e um fardo de consequências imprevisíveis.

O responsável do Hospital Pediátrico “São José em Bôr informou que é com profunda preocupação e um incomensurável sentido de responsabilidade social que dirige palavras àquela instituição, motivado pela recente e profundamente infeliz decisão de inclusão do Hospital Pediátrico São José em Bôr no projeto de contadores pré-pagos de energia. Não há outro termo senão de ato atentatório a vida de muitos doentes, comunidade de utentes e ao próprio património hospitalar da Guiné-Bissau, tamanha é a gravidade da decisão ora em causa.

“Surpreende e até choca, a ausência de consciência social nesta medida, conjugada a um inequívoco défice de sentido de justiça e equidade por parte da EAGB. Que fundamento apoia tal escolha, senão um tratamento flagrantemente discriminatório para com o Hospital Pediátrico “São José em Bor. Um hospital que em apenas dois anos e meio, realizou mais de oitocentas intervenções cirúrgicas, feito invulgar neste país, além de ter salvo a vida a incontáveis crianças”, sublinhou.

Luis Semedo assegurou que aquele centro hospitalar reafirma o seu compromisso inabalável com a missão de salvar vidas e de resistir até ao limite das suas forças e capacidades perante aquela injustiça. Adiantou que neste momento, aquela instituição tem uma dívida à EAGB de mais de 50 milhões de francos CFA que pretende liquidar através de uma proposta apresentada à empresa, mas que não foi aceite. Com isso querem tomar aquela medida, com o objetivo de encerrar as portas do Hospital Pediátrico “São José em Bôr.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb.

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