domingo, 23 de fevereiro de 2025

Fim do mandato do PR: MINISTRO DO INTERIOR AMEAÇA REPRIMIR QUALQUER TIPO DE MANIFESTAÇÃO CONTRA SISSOCO EMBALÓ



O ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, ameaçou reprimir qualquer tipo de manifestação que vise o Presidente Sissoco Embaló e desafiou o líder da Plataforma Aliança Inclusiva PAI-Terra Ranka e presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, a vir ao país para assumir a Presidência da República no dia 27 de fevereiro.

“Quero todos de pé, pois o leão Nacional quer rugir. Se uma cabra atravessa a linha ou a fronteira de um leão, o que lhe acontece? Quem quer ser devorado por Leão Nacional que venha de onde está para tomar posse na Guiné-Bissau ”, dizia Botche Candé no seu discurso proferido ontem, sábado, 22 de fevereiro, na posse de novos membros da direção da Juventude do Partido dos Trabalhadores Guineenses.

O líder do PTG convidou Domingos Simões Pereira a provar que de facto é um político de alto nível e sair à rua para manifestar-se contra o Presidente Sissoco Embaló ou venha tomar posse na Guiné-Bissau, na Gâmbia e Senegal.

“Antes de assumir a presidência do partido, eu era membro da Comissão Permanente do PAIGC. Não tem dúvidas da minha resiliência e sabe muito como chegou à liderança do partido”, frisou e aconselhou Simões Pereira a abster-se de fazer confusão e “guerras “, tendo-lhe avisado que será intransigente e que enquanto o ministro da Interior e da Ordem Pública não vai permitir que haja nenhuma desordem do país.

“Domingos Simões Pereira tem de ter coragem de fazer uma política decente como Botche Candé, que quando perde aceita. Tem de fazer a mesma coisa, aceitar a derrota e preparar-se melhor”, afirmou.

Acusou o presidente do PAIGC de ter atrapalhado o mandato do ex-Presidente da República, José Mário Vaz, estando em curso o mesmo plano de sabotar a presidência de Sissoco Embaló.

O presidente do PTG criticou a atitude dos dirigentes da Plataforma Patriótica Inclusiva-Cabas Garandi que anunciaram que o mandato de Sissoco Embaló termina às 14 horas e cinquenta minutos do dia 27 de fevereiro, lembrando que todos eles haviam lutado juntos no passado pelo mesmo objetivo e para que o atual Presidente Sissoco chegasse à presidência.

Contudo, elogiou a iniciativa de Braima Camará, Baciro Djá, Fernando Dias e Nono Gomes Na Bian em promover um diálogo que inclua as partes desavindas e a sociedade civil para encontrar consensos que possam levar o país a encontrar novos horizontes e voltar à ordem constitucional.

Embora tenha elogiado essa iniciativa, Botche Candé disse que não cabe à Cabas Garandi determinar que o mandado do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, termine no dia 27 de fevereiro, às 14h:50 minutos.

“Devem reconsiderar a sua posição. Quando o mandato de José Mário Vaz terminou defendemos uma coisa em conjunto até às eleições e que JOVAV apenas deixaria o Palácio depois da posse do novo Presidente eleito. Nenhum destes membros disse algo em contrário, porque agora estão a condenar Umaro Sissoco Embaló. Defendemos que ninguém faria nenhuma desordem e hoje querem fazer ao contrário? Estivemos juntos meses antes de eleições e meses depois de eleições. Sejamos justos, camaradas!”, disse.

Questionado sobre o despacho do seu gabinete que mandou suspender dois membros do PTG do partido, o presidente do Partido dos Trabalhadores Guineenses reafirmou a determinação do PTG em levar à justiça todos os dirigentes que estão a ser investigados pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção.

Confrontado com essa situação, o líder do PTG disse que o partido nunca permitirá que a corrupção que o chefe de Estado quer combater tenha raízes no Partido dos Trabalhadores Guineenses.

Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb.

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