segunda-feira, 25 de abril de 2016

«JUNTA MILITAR» GUINÉ-BISSAU QUER LIMPAR IMAGEM DOS MILITARES



O líder das forças armadas da Guiné-Bissau está presente pela segunda vez consecutiva num encontro da CPLP, um cenário novo para o país, cujo anterior chefe militar não pode viajar para o estrangeiro.

Biaguê Nan Tan, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, participa de 27 a 29 de abril, em Maputo, na 18.ª Reunião Ordinária dos CEMGFA da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciou a estrutura militar em comunicado.

O encontro vai "analisar a situação político-militar" no mundo e "questões internacionais de defesa e segurança com eventuais implicações para os países membros", adiantou o gabinete do CEMGFA guineense.

Há ainda temas mais específicos para tratar, caso dos "mecanismos de resposta coordenada da CPLP a catástrofes e desastres naturais" e da revisão do "protocolo de cooperação da comunidade no domínio da defesa".

Biaguê Nan Tan saiu de Bissau no domingo tendo com o destino Maputo, acompanhado pelo chefe de serviço de protocolo do Estado-Maior, major Arafam Camará.

O atual CEMGFA da Guiné-Bissau assumiu funções há ano e meio, depois de o Presidente da República, José Mário Vaz, na altura recém-eleito, ter afastado do cargo o general António Indjai.

Indjai faz parte de lista das Nações Unidas que proíbe de viajar 11 pessoas que estiveram ligadas ao comando militar que liderou o golpe de Estado de 2012.

Biaguê Nan Tan tem defendido o afastamento dos militares em relação à política, para acabar de vez com o envolvimento em golpes de Estado e limpar a imagem das forças armadas.

Os quartéis têm-se mantido sossegados, mesmo apesar da crise política aberta entre Governo e Presidente da República e que dura desde agosto do último ano.

Lusa/Conosaba

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