sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CARNAVAL: CONCERTO COM ALLATANTOU E DJ MANHA NO DIA 3 DE MARÇO "CAFÉ KORÁ" NO PORTO.


"O NOSSO" POETA EMÍLIO TAVARES LIMA.


N’gosta!

I sin ku bu tchiga mundu
Bodona, kaba sabi sabolada
Suma ku kumpudu domingu
Santus mati ba pa tustumunha
Kuma tudu staba na si puntu.

Ali bu pertan pitu, santadu
Nha korson bida djiu di paz
Te di bu fitas n’gosta:
Udjus saradu, rabidadu pa li
Utru ora rabidadu tan pa lá,
N’gosta.

Bu ta pun rii, suma si nunka
N’ten ba roson di tchora,
Si m’bin tem ku tchora pa bo
Pa i cedu pingu di sabura
Ku sain di kudadi
i sintan na pitu.
Suma ke n’gosta.

Si tê sorti ta da tarbadju
Ami distinu bin dan bo
Ba djubi nha sorti i abo
Ô tan nha norti ki bo?
Ma n’gosta!

Autor: Emílio Tavares Lima

DIRECTOR DA FAO DIZ QUE COMPRA DE TERRAS PODE AMEAÇAR SOBERANIA DE PAÍSES AFRICANOS.


O diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura), o brasileiro José Graziano da Silva, alertou, em entrevista exclusiva à BBC Brasil, que nações da África "estão perdendo a soberania" por causa da compra de grandes extensões de terras por pessoas vindas de outros países.
"O problema é que isso está escapando ao controle dos governos locais", acrescentou.
No mês passado, Graziano viajou a países do Golfo Pérsico, onde diz haver um grande interesse por terras no exterior. "Quase todos os países daquela região têm um fundo para inversão (investimento) em outros países. E eles estão investindo em compras de terra. Alguns têm extensões grandes, mais de 100 mil hectares", afirma.
Segundo a ONG International Land Coalition, 80 milhões de hectares no mundo (o equivalente a cerca de 3 vezes a área da Itália) estão expostos à compra de terras por estrangeiros sendo a metade desse total na África.
Hortas
O último relatório da FAO sobre a questão aponta que governos, como o da Jordânia, alugam vastos territórios do Sudão pelos próximos cem anos.
Os contratos preveem ao inquilino "o direito total de exploração da terra". Segundo ONGs que atuam no setor, os acordos são pouco transparentes e muitas vezes os habitantes dos vilarejos envolvidos recebem pouca informação sobre os interesses em jogo e os prováveis impactos sociais e ambientais.
A compra e leasing de terras em países estrangeiros, especialmente na África, ganhou força após a crise alimentar mundial, em 2007-2008, quando o preço dos alimentos disparou. A preferência pela África ocorreu por causa da oferta mais frequente, no continente, de vastas áreas de terras férteis e baratas, onde a agricultura em escala industrial ainda não é praticada.
Além dos investidores que produzem apenas para atender seus interesses externos, há muitos que fazem parcerias com agricultores locais, deixando margem para a divisão dos benefícios.
"Alguns fundos soberanos realizam joint-ventures, vão trabalhar na comercialização, na produção. Enfim, outros irão trabalhar no armazenamento de produtos. Há diversos mecanismos em implantação", observa Graziano.
O problema, segundo Graziano, é que poucos desses investidores contemplam as tradições locais na hora de produzir alimentos nesses países, e preferem produzir culturas mais disseminadas no resto do mundo, como trigo, milho, soja e arroz. Estas culturas, segundo Graziano, respondem juntas por 80% da alimentação do mundo.
Pensando nessa questão, a FAO está apoiando o projeto de uma ONG, a Fundação Slow Food, com o objetivo de implantar 10 mil hortas na África, evitando essas lavouras predominantes. Já foram criadas mil hortas na África, e a intenção é chegar a 10 mil em quatro anos em mais de 30 países africanos.
"A preservação das tradições agro-alimentares cria um forte valor cultural. É como a feijoada brasileira, com o rabo de porco, é um valor cultural que chega com a gastronomia", diz o diretor-geral da FAO.
"A agricultura de subsistência não basta para alimentar o planeta. As commodities devem ser usadas, mas com respeito ao meio ambiente e com o conceito de sustentabilidade", completa.

INVESTIGADORES ALEMÃES SONDAM COSTA DE MOÇAMBIQUE.


Os pesquisadores tentam perceber se o continente africano se pode romper daqui a milhões de anos. O estudo tem um aspeto prático: avaliar o potencial das reservas de gás natural ao largo da Tanzânia e Moçambique.

"Sonne, ou "sol" em alemão, é o nome de um barco de pesquisa germânico que se encontra no Oceano Índico para uma expedição científica de seis semanas. Levada a cabo pela Agência federal das Ciências da Terra e Matérias-Primas (BGR), a investigação visa entender melhor o rompimento do supercontinente Gondwana (que integrava as atuais África, Índia, América do Sul, Austrália, Antártida) há 165 milhões de anos.
A bordo do barco seguem 17 investigadores e técnicos da BGR e do Instituto Alfred Wegener em Bremerhaven. O projeto "SO-231", financiado pelo Ministério alemão da Formação e Pesquisa, pretende, em primeira linha, investigar a possibilidade de um segundo rompimento do continente africano.
"Indícios apontam para o prolongamento do sistema de falhas geológicas da África Oriental para a bacia moçambicana, na fronteira com a Tanzânia", explica o pesquisador da BGR, Christoph Gaedicke. "A confirmar-se poderíamos observar o início de mais uma divisão do continente. Tal como o Madagáscar se separou do continente africano há muitos milhões de anos, podemos observar um processo parecido de separação do Corno de África, o que para nós é muito interessante."
Potencial das reservas naturais
Sendo este um processo que deverá estar concluído apenas dentro de quatro ou cinco milhões de anos, a importância mais imediata e prática deste projeto de pesquisa prende-se com a relevância que o conhecimento dos desenvolvimentos geológicos do planeta têm para estimativas das reservas de matérias-primas subaquáticas.
Os movimentos da ilha de Madagáscar desde que se separou da África Oriental contribuíram para a acumulação de sedimentos, diz Christoph Gaedicke, e as "bacias de sedimentos são, potencialmente, também estruturas onde se formam petróleo ou gás natural, e os jazigos correspondentes."
São informações importantes para as autoridades dos países como Moçambique, que não têm meios próprios para calcular os potenciais gerais, estando sempre dependentes dos estudos levados a cabo pelas empresas às quais adjudicaram as licenças de exploração. Os interesses alemães, diz o cientista, são diferentes.
"Nós e o Governo alemão temos um interesse em observar o potencial geopolítico, mas também em apoiar os estados pobres que, de repente, têm a possibilidade de se transformar em nações exportadoras, a explorar as riquezas, por exemplo." Segundo Christoph Gaedicke, o apoio poderá traduzir-se na transferência de conhecimentos na exploração de hidrocarbonetos ou em assistência na elaboração de adjudicações e licenças, "de modo a que o desenvolvimento se faça de forma sustentável e em benefício da população".
As dificuldades que Moçambique tem em gerir os recursos foram sentidas pela própria expedição, que, apesar da preparação de muitos anos que a antecedeu, não conseguiu ainda obter de Maputo uma licença para a investigação já em curso. Mas Christian Gaedicke acredita que o assunto terá resolução rápida ainda antes do termo das seis semanas previstas. Tanto mais que a sua agência já coopera com as autoridades moçambicanas.
"Todos os resultados da nossa pesquisa serão apresentados aos Governos de Moçambique e da Tanzânia, e debatidos com as autoridades", refere. "E os dados que recolhemos serão igualmente postos à disposição e poderão ser usados por estes países para as suas próprias investigações".
Segundo dados avançados pelo conjunto de empresas ativas no país, as reservas de gás natural de Moçambique ascendem a três biliões de metros cúbicos. Para as explorar devidamente está planeada uma planta de liquefação de gás natural, para além de condutas, mas a Agência alemã das Ciências da Terra e Matérias-Primas estima que a produção e exportação não deverá ter início antes do final da presente década.


DW.DE

AS PORTAS COMEÇARAM A FECHAR: BANCO MUNDIAL SUSPENDE AJUDA AO UGANDA!


O Banco Mundial suspendeu uma ajuda financeira de 90 milhões de euros ao Uganda para melhorar o seu sistema de saúde depois de este país ter aprovado uma lei que persegue os homossexuais.
"Decidimos adiar o projeto de auxílio financeiro até termos a garantia que os objetivos propostos no programa não serão afetados pela nova lei contra os homossexuais", disse na quinta-feira um porta-voz da instituição.
A aprovação do empréstimo do Banco Mundial ao Uganda estava agendado para quinta-feira, mas não se concretizou, depois de o Presidente ugandês, Yoweri Museveni, ter promulgado uma lei que proíbe a homossexualidade e exige que os homossexuais sejam denunciados e condenados.
"os homossexuais são atualmente mercenários. Eles são heterossexuais, mas por causa do dinheiro eles dizem ser homossexuais", disse Museveni, em determinada ocasião.
Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, comparou a nova lei que reprime a homossexualidade no Uganda à legislação antissemita na Alemanha nazi ou à do período do 'apartheid' na África do Sul.
"Se mudarmos o foco desta lei para negro ou judeu, estamos nos anos 1950 ou 1960 durante o 'apartheid' na África do Sul", disse Kerry aos jornalistas.

MOÇAMBIQUE: MAIS TRÊS CANDIDATOS À SUCESSÃO DE ARMANDO GUEBUZA.


Comité Central da FRELIMO aceita nomes de ex-PM Luísa Diogo, ex-PR do parlamento Eduardo Mulémbwe e de Aires Ali



Prossegue esta sexta-feira, em Maputo, a terceira sessão ordinária do comité central da FRELIMO.

Da agenda do encontro que decorre até domingo constam cinco pontos, mas o destaque vai para a eleição do candidato do partido no poder em Moçambique às eleições presidenciais marcadas para 15 de outubro. 

E surgiram novos nomes pré-candidatos à sucessão de Armando Guebuza, como confirmou uma das figuras apontadas inicialmente pela Comissão Política – o ministro da Agricultura José Pacheco. A ex-Primeira-ministra Luísa Diogo, Aires Ali e o ex-presidente do parlamento moçambicano Eduardo Mulémbwe submeteram as suas candidaturas, juntando-as às de Filipe Nyusi, Alberto Vaquina e José Pacheco.

O atual chefe de Estado moçambicano e presidente da FRELIMO Armando Guebuza já não pode concorrer à Presidência da República por atingir este 

EU, KAFFT KOSTA, NUNCA DISSE AOS ORGANIZADORES QUE PARTICIPARIA NESSA CONFERÊNCIA. E NÃO PODEREI TOMAR PARTE NELA, POIS NÃO ESTAREI EM LISBOA NO DIA INDICADO, POR MOTIVOS PROFISSIONAIS.



//www.facebook.com/kafft.kosta

ERRO desagradável no comunicado do “Fórum da Diáspora para o Diálogo e o Desenvolvimento da Guiné-Bissau” (FDDD) sobre a Conferência de 1/3/2014 (LISBOA – HOTEL ZURIQUE):

Eu, KAFFT KOSTA, NUNCA DISSE AOS ORGANIZADORES QUE PARTICIPARIA NESSA CONFERÊNCIA. E NÃO PODEREI TOMAR PARTE NELA, POIS NÃO ESTAREI EM LISBOA NO DIA INDICADO, POR MOTIVOS PROFISSIONAIS.

Eis o historial do processo:
1. Alguém ligou-me, em nome do FDDD, há dias, a saber se eu estaria interessado em falar numa conferência sobre o último recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau. Respondi-lhe que tinha um outro compromisso no Sábado. Seja como for, dado na altura estar ocupado, combinámos falar mais tarde. Eu esqueci-me de telefonar e a conversa não aconteceu.
2. Porém, pouco antes das 19 horas do dia 25, esta Terça-Feira, recebo uma chamada do Doutor José Alage Baldé (Coordenador do Forum). Queria confirmar os detalhes da minha participação. Perante a minha estupefacção, porque não tinha concertado isso com ninguém, o meu interlocutor pediu-me o meu endereço e-mail. Dei-lho e a seguir recebi um convite e um comunicado, com a programação.
3. Ao abrir a mensagem, deduzi que já estaria a circular o comunicado. O que confirmei, mais tarde, quando alguém chamou a minha atenção para as redes sociais. Respondo ao organizador que o procedimento era incorrecto, pedindo-lhe que actualizasse o comunicado omitindo o meu nome. Em resposta, o Sr. Doutor José Alage Baldé pediu desculpas, mas disse que, como a publicidade já estava “no ar”, já não poderiam corrigir o erro...

4. No dia 26 reafirmo a minha pretensão, em e-mail dirigido ao Coordenador do FDDD, nos termos seguintes:
« Após ter recebido, desde ontem, algumas chamadas de vários pontos de Portugal, a darem-me conta de que os autores do telefonema viriam ao vosso debate do dia 1 de Março num hotel de Lisboa, de propósito para me ouvirem, percebi a amplitude real do problema, caso Vexas. não actualizem com urgência a informação que puseram a circular nos sites/blogs sobre o evento, onde me colocam como um dos oradores.
Mais: Não aparecendo, como não poderei comparecer (por não ter recebido um convite final, nem ter dado o meu assentimento), é a minha postura que perante essas pessoas, estará em causa (errada e injustamente, como é sabido por vós). Reli, pois, a sua última resposta (segundo a qual nada podem fazer porque «já está no ar» a informação na net) e achei que deveria insistir com a organização para actualizarem a dita informação nos seguintes termos, aproximadamente:
1. Omitindo a referência ao meu nome;
2. Explicando que a minha inclusão devera-se a uma falha de comunicação interna no Forum da Diáspora, pois eu só ao fim da tarde de ontem 25 de Fevereiro recebi o seu e-mail do convite e que, nem antes nem depois, havia dado o meu assentimento, uma vez que tinha assumido há algum tempo um outro compromisso profissional para a mesma data fora de Lisboa ».

5. Apesar de tudo, até ontem, pelo menos, passava ainda na RDP África um spot publicitário em que eu aparecia como orador.

6. Perante esta lamentável situação, mas em razão do respeito que eu tenho pelos participantes no evento e para salvaguardar a minha honorabilidade, vi-me obrigado, a contragosto, a postar aqui esta minha nota de correcção, pedindo desculpas (já que, até agora, ninguém que o devia fazer o fez) por eventuais incómodos.

Desejo um proveitoso momento de reflexão e debate aos distintos oradores e debatedores. A Guiné bem precisa.

Lisboa, 28.2.2014.



COMUNICADO: FÓRUM DA DIÁSPORA PARA O DIÁLOGO E O DESENVOLVIMENTO DA GUINÉ-BISSAU (FDDD), VAI ORGANIZAR UMA CONFERÊNCIA NO "SÁBADO", DIA 01/03/2014 EM LISBOA.


O Fórum da Diáspora para o Diálogo e o Desenvolvimento (FDDD-GB) da Guiné-Bissau, é uma organização sem fins lucrativos, e reconhecida pelas autoridades portuguesas, fundada com intuito de promover o diálogo como forma de resolução de conflitos sociais e políticos entre as instituições políticas do Estado guineense, e entre as organizações da sociedade civil em geral. Congrega várias associações da diáspora Guineense radicada em Portugal assim como ONGs guineense e Portuguesa, elegendo o diálogo através das conferências, palestras e debates principalmente no contexto político e social em que a Guiné-Bissau se encontra nesse momento.


FÓRUM DA DIÁSPORA PARA O DIÁLOGO E O DESENVOLVIMENTO DA GUINÉ-BISSAU (FDDD)



CONFERÊNCIA DIA 01/03/2014



LISBOA – HOTEL ZURIQUE



TEMA: “RESULTADO E FORMA COMO DECORREU O RECENSEAMENTO PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E PRESIDÊNCIAIS NA GUINÉ-BISSAU (ASPECTOS JURIDICOS) E PREVENÇÃO DE CONFLITOS SUPERVENIENTES PÓS ELEITORAIS – Guiné-Bissau a caminho da Paz”.



PROGRAMA



09.30 - Recepção dos Participantes
10.00 – Aberto dos DEBATES pelo presidente de FDDD



ORADORES:



Prof. Doutor Emílio Kafft Kosta
Sub-tema: Resultado e forma como decorreu o recenseamento para as eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau (Aspectos Jurídico)



Prof. Doutor Julião de Sousa
Sub-tema: Prevenção de conflitos superveniente a situação pós eleitorais



Moderador
Dr. Eduardo Fernandes



DEBATE



Esclarecimento/Encerramento
Dr. M´bala Alfredo Fernandes
Encarregado de Negócios da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal




GUINÉ-BISSAU: AUTORIDADES DA PROVÍNCIA NORTE PREOCUPADAS COM A CRIMINALIDADE.


Bissau - As autoridades policiais da Província Norte da Guiné-Bissau continuam a queixar-se do elevado índice de criminalidade nesta zona, com destaque para o sector de Bissorã, secção de Encheia, região de Oio.
De acordo com Paulino Dias, Comissário da Polícia de Ordem Pública (POP) para a zona norte do país, neste sector verificam-se homicídios, assaltos à mão armada e até os agentes da força da ordem são agredidos.

«Como é do vosso conhecimento, esta região continua a merecer as nossas preocupações em termos de segurança para a nossa população, tendo em conta que ainda persistem actos de violência entre as pessoas, passando pelos agentes da autoridade», referiu.

O oficial fez as declarações esta quinta-feira em Bissorã durante a cerimónia de inauguração da esquadra da POP local, reabilitada com meios internos do Ministério do Interior, tal como duas viaturas de serviços.

Estas vulnerabilidades em termos de actos criminais foram confirmadas pelo Comissário Nacional da POP, Armando Nhaga.

«Como disse o Comandante Paulino, foi há pouco tempo que se registaram confrontos entre populares de duas tabancas de Encheia. Isto preocupa-nos bastante mas vamos aos poucos colmatar esta situação porque já temos uma esquadra construída nesta tabanca, com o seu Comandante já indicado e faltando apenas a afectação dos homens e a cerimónia da inauguração desta delegação», disse Armando Nhaga.

Na ausência do Ministro do Interior, a cerimónia foi presidida pelo Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, que destacou o empenho e o papel fundamental das forças de ordem pública na garantia de segurança para os candidatos.

O Primeiro-ministro de transição disse que o desentendimento numa sociedade reside na distribuição desigual das riquezas. Rui Barros falou ainda das sanções impostas à Guiné-Bissau pela comunidade internacional após golpe de Estado de 12 de Abril, tal como é do conhecimento geral.

«Estamos perante esta situação mas não devemos cruzar os braços, esperar que tudo venha, mas devemos ter iniciativas tal como fizeram os responsáveis do Ministério do Interior», referiu.

Satisfeito com as obras de reabilitação da Esquadra da POP em Bissorã, assim como da Esquadra de sector de Bula, na região de Cachéu Rui Barros disse que «tira o chapéu» ao Ministro do Interior pelas suas iniciativas, que classificou como actos de coragem e esforços internos desta instituição.
(c) PNN Portuguese News Network

SÃO: DEZ CANDIDATOS ÀS PRESIDENCIAIS NA GUINÉ-BISSAU.


São: dez candidatos já entregaram no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau a documentação exigida por lei para concorrer às eleições presidenciais de 13 de Abril.
Entregaram a documentação Aregado Mantenque Té, líder do Partido do Trabalho, Abel Incada, candidato apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e Mamadu Iaia Djaló, líder do Partido da Nova Democracia (PND), Hélder Vaz, apoiado pelo seu partido "Ba-Fata".
Os restantes candidatos que já depositaram a documentação no STJ avançam como independentes: Paulo Gomes, Tcherno Djaló, Nuno Nabiam, Jorge Malú, Domingos Quadé e Luis Nancassa.
Paulo Gomes foi administrador do Banco Mundial para 24 países da África subsaariana, Tcherno Djaló foi ministro da Educação e é docente universitário em Portugal, Nuno Nabiam é engenheiro de aviação civil e actual presidente do conselho de administração da Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau. Dr. Hélder Vaz, deixou CPLP para se candidatar.
Jorge Malú é ex-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento) e um dos vice-presidentes do PRS, partido com o qual está em rota de colisão. Domingos Quadé deixou de ser bastonário da ordem dos advogados da Guiné-Bissau para se candidatar à presidência do país e Luís Nancassa é o presidente do sindicato dos professores.
 O prazo da entrega das candidaturas termina no dia 5 de Março, conforme determinado por decreto do Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
As eleições gerais (presidenciais e legislativas) de 13 de Abril serão as primeiras depois do golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012.



 DR. DOMINGOS QUADÉ

 YAYA DJALÓ








ABEL ENCADA

JORGE MALÚ


Aregado Mantenque Té

WASHINGTON ACUSA GUINÉ-BISSAU E GUINÉ EQUATORIAL DE DESRESPEITAR DIREITOS HUMANOS.


Corrupção, uso abusivo de força, exploração e discriminação de mulheres, são acusações feitas pelo relatório de 2013 do  'MNE' dos EUA aos Governos de Bissau e Malabo.

A Guiné Equatorial vive sem liberdade e sob a ameaça de homicídios arbitrários, tortura e uso de força praticados pelas autoridades, sem que haja punições, diz o relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre direitos humanos.


A Guiné-Bissau também não é poupada pelo relatório de 2013 do 'MNE' americano, que denuncia atos de violação dos direitos humanos pelas forças de segurança no país, praticados impunemente.

A agência Lusa refere - citando o relatório do Departamento de Estado - que, na Guiné-Bissau, as "mais graves violações de direitos humanos incluíram detenções arbitrárias, corrupção agravada pela impunidade dos funcionários do governo e pelas suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas e uma falta de respeito para com o direito dos cidadãos de eleger o seu governo".

As autoridades de Bissau "não conseguiram ter controlo efetivo sobre as forças de segurança" e estas "cometeram abusos", refere o documento ciatado pela Lusa. Recorde-se que houve eleições gerais marcadas para 24 de novembro, que não se realizaram.

Governos acusados de laxismo

O relatório diz que o Governo de Bissau "não tomou medidas para processar ou punir os oficiais ou outros indivíduos que cometeram abusos, seja nas forças de segurança ou em outras estruturas governamentais".

O relatório faz acusações semelhantes ao governantes da Guiné-Equatorial: "o governo não tomou medidas para processar ou punir quem cometeu abusos, seja nas forças de segurança ou noutras estruturas governamentais".

Na Guiné-Bissau, os casos de violação de direitos humanos passam pela falta de condições nas prisões, falta de independência e capacidade de funcionamento da justiça, trabalho forçado, discriminação e violência contra as mulheres, bem como a prática da mutilação genital feminina e tráfico de crianças.

No caso da Guiné-Equatorial o relatório do departamento de Estado dos EUA diz são negadas liberdades básicas: liberdade de expressão, de imprensa, de reunião, de atividade política. Há restrições à privacidade, movimentação de pessoas e aos direitos dos trabalhadores impostas pelas autoridades de Malabo. Até mesmo as organizações não-governamentais, sejam do país ou estrangeiras, têm restrições à atividade, acrescenta o documento.

Recorde-se que a CPLP já aprovou a candidatura da Guiné Equatorial a membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, e que a União Europeia não convidou a Guiné-Bissau, Madagáscar e a República Centro-Africana para participarem na Cimeira União Europeia - África, que se realiza em Bruxelas, a 2 e 3 de abril, porque estes países estão suspensos pela União Africana.

Bruxelas não reconhece" os Governos que atualmente estão no poder, disse ao Expresso fonte da União Europeia .



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/washington-acusa-guine-bissau-e-equatorial-de-desrespeitar-direitos-humanos=f858437#ixzz2ubw4Ibqk

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

BUUFA: VEJAM ESTE VIDEO "O ENCANTADOR DE LEÕES"! SUL AFRICANO CRIA LEÕES COMO SE FOSSEM SEUS FILHOS!

Homem cria leões como se fossem seus filhos Sul-africano 

É FALA CUMA: PETRÓLEO I TEM NA NÓ GUINÉ "AMPAKAYYYYYY"! PETRÓLEO NA GUINÉ-BISSAU TEM MAIS POTENCIAL QUE O PREVISTO.


O estudo independente encomendado pela CAP Energy a uma consultora francesa relativamente à exploração de petróleo na costa da Guiné-Bissau "confirmou não só o potencial [dos blocos], como parece estar acima das expetativas", anunciou a empresa num comunicado ao mercado.

"Os diretores estão muito contentes, não só com o potencial do Bloco 5B, que foi confirmado, mas também parece estar acima das expetativas iniciais", lê-se no comunicado enviado pela CAP Energy, que explora petróleo nos blocos 1 e 5B na costa da Guiné Bissau em parceria com a Atlantic Petroleum Guinea-Bissau Limited, uma subsidiária da Trace Atlantic Oil.
No comunicado, explica-se que foi pedida à francesa Beicip-Franlab, uma subsidiária do Instituto Francês do Petróleo, uma interpretação independente relativamente à informação sísmica obtida durante este ano, já depois de outro estudo encomendado pela empresa.
A interpretação da empresa francesa "oferece uma quantificação dos recursos prospetivos estimados no Bloco, baseado na história geológica e informação geofísica, incluindo informação regional dos poços" petrolíferos.
O estudo da empresa detalha um aumento da prospetividade do Bloco 5B, quando comparado com o relatório feito em julho do ano passado pela Gas Mediterraneo & Petrolio.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=706978&tm=6&layout=121&visual=49

EUA: KERRY COMPARA LEI ANTIGAY DE UGANDA A ALEMANHA NAZISTA.


O secretário de Estado americano, John Kerry, comparou nesta quarta-feira a dura lei anti-homossexual promulgada recentemente em Uganda à legislação antissemita da Alemanha nazista e ao Apartheid da África do Sul.

Kerry estimou que "o que ocorreu em Uganda é atroz, e representa um enorme desafio" Foto: Reuters
Kerry estimou que "o que ocorreu em Uganda é atroz, e representa um enorme desafio"
Foto: Reuters
"O enfoque dessa legislação poderia ser mudado para judeu, ou negro, e poderia estar na Alemanha de 1930, ou na década de 1950-60 do Apartheid da África do Sul", disse o chefe da diplomacia americana aos jornalistas.

Kerry estimou que "o que ocorreu em Uganda é atroz, e representa um enorme desafio, já que os direitos do coletivo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) são direitos humanos. É simples assim".

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, promulgou nesta segunda-feira uma polêmica lei que endurece a repressão à homossexualidade, ignorando críticas e pressões internacionais.

As relações homossexuais já eram punidas com prisão perpétua em Uganda, mas a nova legislação - adotada por ampla maioria pelo Parlamento - torna obrigatória a denúncia de qualquer um que declare homossexual.


EDUARDO DOS SANTOS: EXONERA SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL.


Luanda - O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, exonerou hoje por Decreto Cremildo Félix Paca, do cargo de Secretário de Estado para a Administração Local, e Mateus Alves Morais de Brito, do cargo de Vice- Governador da Província do Cuanza Sul para o Sector Económico.


De acordo com uma nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República, na mesma ocasião o Presidente da República procedeu à nomeação de Fernando Pontes Pereira, para o cargo de Secretário de Estado para a Administração Local, e Franklin Fortunato e Silva para o cargo de Vice-Governador da Província do Cuanza Sul para o Sector Económico.


http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2014/1/9/Angola-exonera-Secretario-Estado-Administracao-Local,b739ea25-3268-4bd9-9ba2-156f80b787b8.html

ANGOLA: LUANDA QUER COMBATER CRIMINALIDADE COM VIDEOVIGILÂNCIA!


A capital angolana, Luanda, passará a ser monitorada por câmaras de videovigilância como forma de prevenir e diminuir as ações criminosas, anunciou o comandante geral da Polícia Nacional.
Luanda - A capital angolana, Luanda, passará a ser monitorada, em breve, por câmaras de videovigilância como forma de prevenir e diminuir as ações criminosas, anunciou quarta-feira o comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos.
O projeto já foi aprovado e só não arrancou ainda por questões administrativas, pois o Governo angolano já consignou a dotação financeira para o efeito, disse o comandante em conferência de imprensa.
A criminalidade em Angola não é assustadora, mas há situações que contribuem ainda para a elevação dos seus índices que a Polícia deve contrapor com as suas ações preventivas e repressivas, declarou o comissário-geral.
Disse que a sua corporação está muito preocupada com a criminalidade violenta, principalmente os homicídios voluntários por espancamento até à morte, assaltos em residências, roubos de viaturas e a violência doméstica.
Destacando que os homicídios com arma de fogo reduziram significativamente devido ao processo de desarmamento da população que decorreu em todo o país, Ambrósio de Lemos considerou necessário realizar uma campanha de sensibilização da população para a redução da violência doméstica e de alguns delitos que ocorrem na via pública.


A média de atos criminosos no país desceu ligeiramente de 114 crimes por dia em 2012 contra 102 delitos diários registados no ano passado. Panapress

UGANDA: CIENTISTAS ACUSAM PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE DETURPAR RELATÓRIO.


Um comité científico especial liderado pelo Ministério da Saúde do Uganda acusou o Presidente ugandês, Yoweri Museveni, de fazer "má interpretação" do seu relatório para promulgar a lei que endurece as punições contra os homossexuais no país.
Na segunda-feira, o chefe de Estado do Uganda promulgou a lei que criminaliza os que não denunciam os "gays", estipulando uma pena de 14 anos de prisão para uma primeira condenação de comportamento homossexual e prisão perpétua para os casos de reincidência ou para os condenados por "homossexualidade agravada".
Hoje, o comité de cientistas nomeado no início do mês para analisar evidências científicas sobre as causas da homossexualidade, visando permitir que o Presidente ugandês tivesse uma melhor decisão na aprovação da lei, afirma que o seu relatório foi "deturpado".
Em carta enviada ao Presidente norte-americano, Barack Obama, que criticou a aprovação da lei anti-gay no Uganda, em dezembro, o chefe de Estado ugandês escreveu: "a conclusão unânime (da comissão científica ugandesa) foi de que a homossexualidade, ao contrário do que eu pensava anteriormente, é (uma prática) comportamental e não genética", e que "pode ser desaprendida".
Mas alguns cientistas citados hoje pela revista Science lamentaram a versão de Yoweri Museveni e do partido governamental, Movimento de Resistência Nacional do seu Partido, por alegadamente deturpar as suas descobertas.
"Eles citaram mal o nosso relatório", disse à revista Science Paul Bangirana, um psicólogo clínico da Universidade de Makerere, em Kampala, acrescentando que "o relatório não refere em nenhum lado que a homossexualidade não é genética, e não diz que ela poderia ser desaprendida".

BAN KI-MOON PEDE A GOVERNO DO UGANDA REVISÃO DE LEI QUE REPRIME HOMOSSEXUALIDADE.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu hoje ao Governo do Uganda que altere ou revogue assim que possível a sua lei que reprime a homossexualidade.
Segundo o seu porta-voz Martin Nesirky, Ban Ki-moon "pede imediatamente ao Governo que proteja todas as pessoas de qualquer violência ou discriminação e espera que a lei seja revista ou revogada na primeira oportunidade".
O responsável máximo das Nações Unidas "reafirma que qualquer ser humano deve ter os mesmos direitos fundamentais e poder viver uma vida digna sem discriminação", acrescentando que "esse conceito figura na carta da ONU, na declaração universal dos direitos humanos e na Constituição ugandesa".
Ban Ki-moon, que está "muito preocupado" com a promulgação desta lei, recebeu na segunda-feira o embaixador ugandês na ONU, Richard Nduhuura, para lhe transmitir essa mensagem, precisou o porta-voz.
Apesar de as suas disposições mais controversas -- que previam a pena de morte, em alguns casos -- terem sido abandonadas, esta lei provocou fortes críticas dos defensores dos direitos humanos e dos homossexuais, bem como de numerosos parceiros ocidentais do Uganda.
A lei foi promulgada na segunda-feira pelo Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, apesar de vários apelos da comunidade internacional para não o fazer, como foi o caso so Presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, que ameaçou mesmo alterar as relações de cooperação com o país africano.

PARLAMENTO PORTUGUÊS CONSIDERA: CRIME A MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA.


Projetos de lei de três partidos visam autonomizar o crime de excisão no Código Penal português com pena de 12 anos de prisão. Comunidade guineense muito atingida


O parlamento português discute esta quarta-feira três projetos de lei que pretendem a autonomização do crime de mutilação genital feminina no Código Penal português, prevendo até 12 anos de prisão para quem levar a cabo a prática, ainda comum nalguns grupos étnicos da Guiné Bissau, mesmo nos que residem em Portugal. 

CDS, PSD e Bloco de Esquerda apresentaram projectos de lei autónomos para fazer com que a mutilação genital feminina esteja especificada como crime na lei, tenha moldura penal própria e se torne um crime público por si só. Para além de estipularem penas até aos 12 anos para quem "mutilar genitalmente, total ou parcialmente, pessoa do sexo feminino, através de clitoridectomia, de infibulação, de excisão ou de qualquer outra prática", os três projectos prevêem ainda punições para quem constranger, incitar ou providenciar meios para esta prática. A Assembleia vai debater as diferentes propostas e o Bloco de Esquerda diz ter "total disponibilidade" para "encontrar a melhor solução legislativa". Os diplomas aprovados na votação de sexta-feira descerão à comissão de Assuntos Constitucionais onde serão ouvidos especialistas e onde a alteração final ao Código Penal será harmonizada. Segundo a deputada social-democrata Mónica Ferro, este debate vem "desocultar o fenómeno que é uma realidade não anunciada, mas acontece em Portugal".

A ONU divulgou este mês que todos os anos 140 milhões de mulheres em todo o mundo são sujeitas à mutilação dos genitais. Actualmente, a MGF enquadra-se no crime de ofensas à integridade física, mas as propostas dos partidos consideram que o enquadramento penal pode ter diferentes interpretações e, por isso, os processos que chegam a tribunal diferem nas condenações consoante a interpretação dos juízes. A autonomização deste crime é também aconselhada pela Convenção de Istambul para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica levada a cabo pelo Conselho Europeu e já ratificada por Portugal.

DIZEM QUE: MOÇAMBIQUE E ANGOLA ENTRE OS PAÍSES QUE MAIS VÃO CRESCER ATÉ 2023. .


Consultora BMI chama aos dois PALOP 'Leões Africanos' - economias mais promissoras. Crescimento "não é sinónimo de melhoria" do nível de vida


Moçambique é o país da África subsariana que mais vai crescer na próxima década, prevê a consultora Business Monitor International no relatório sobre os 'African Lions', que inclui também Angola na lista dos dez países mais promissores.  
  
No relatório, os consultores britânicos estimam  que o Produto Interno Bruto da África subsariana cresça, em termos reais, a uma média de 5.5% ao ano até 2023, superior aos 5.4% da Ásia e Pacífico, os 4.3% do Médio Oriente e Norte de África, os 3.9% da América Latina e os 3.5% dos países emergentes na Europa. "Esta perspetiva risonha levou os observadores a cunharem o termo 'Leões Africanos' que, tal como os 'Tigres Asiáticos', mostram economias que estão a passar por períodos de rápido crescimento e grande interesse dos investidores", lê-se no relatório da BMI - uma consultora baseada em Londres e com escritórios em Nova Iorque, Singapura e África do Sul.  
  
Os dez países escolhidos, ordenados pelo nível de crescimento previsto para a próxima década, são: Moçambique, Tanzânia, Costa do Marfim, Uganda, Nigéria, Zâmbia, Angola, Gana, Quénia e Etiópia. O relatório afirma, no entanto, que um rápido crescimento não é sinónimo de resolução das desigualdades ou de melhoria no nível de vida dos cidadãos, alertando que "muitos países africanos virem os níveis de pobreza estagnar  enquanto o crescimento económico acelerava, o que é o caso quando o desenvolvimento económico está concentrado em indústrias de capital intensivo que tendem a ser dominadas por mão-de-obra expatriada; Angola é um exemplo devido ao setor do gás e petróleo", nota o relatório. 

O texto de 54 páginas explica também os critérios de escolha e sublinha que todas estas economias vão mais que duplicar de tamanho em termos de PIB nominal. O crescimento, ainda assim, acarreta perigos: "a maioria dos 'Leões Africanos' vai incorrer em défices orçamentais significativos e resultados negativos na balança corrente", para além de estarem expostos aos choques que "inevitavelmente vão ocorrer de tempos a tempos", por falta de escapatórias em termos de diversificação da economia. Moçambique e Angola estão dependentes do gás e do petróleo, e por isso mais expostas às variações internacionais, exemplifica o documento.

PADRE RAUL TATI ACUSA PORTUGAL DE ABANDONAR OS CABINDAS.


Líder da diocese do enclave angolano queixa-se em Lisboa do "colonialismo" de Luanda por uma "elite que tem tudo"


O padre Raul Tati, da diocese de Cabinda, lançou esta quarta-feira em Lisboa um livro sobre a Igreja do enclave onde acusa os políticos portugueses de "terem abandonado os cabindas" e de só se preocuparem com o território quando estão na oposição.

De acordo com o sacerdote, o Governo angolano exerce um poder colonial sobre Cabinda desde a independência, acusando os sucessivos executivos de Lisboa de "irresponsabilidade" pelo abandono em relação à questão, traindo o espírito e a letra do Tratado de Simulambuco - assinado em 1885 entre Portugal e o rei de Cabinda e que colocava o território sob o estatuto de protetorado de Lisboa.

Em declarações à agênccia Lusa, Raul Tati disse que ultimamente assiste-se a uma certa subserviência marcada por acontecimentos económicos "que estão a falar muito mais alto", e que fizeram com que posições de compromisso fossem "esquecidas" ao longo dos anos. O livro 'Cabinda - Percurso histórico de uma igreja entre Deus e César 1975-2014', apresentado na Sociedade de Geografia, foi lançado em Angola em janeiro e descreve a história da Igreja em Cabinda e a forma como tratou os principais acontecimentos do território desde 1975.    

O enclave de Cabinda é palco desde a independência de Angola, em Novembro de 1975, de uma luta pela independência, desencadeada ao longo dos anos por diferentes fações cabindas, restando atualmente somente a FLEC de Nzita Tiago, que ainda mantinha uma resistência armada residual à administração por parte de Luanda e a que renunciou em maio de 2013 em troca de autonomia. Separada de Angola pelo rio Congo, Cabinda possui significativos recursos naturais, em que as reservas petrolíferas representam cerca de metade da produção diária de 1.8 milhões de barris de petróleo.