domingo, 30 de setembro de 2018

EMBAIXADA DA GUINÉ-BISSAU EM CABO VERDE VISITOU (BAIRRO) ILHA DE BOAVISTA PARA INTEIRAR-SE COMO VIVEM OS GUINEENSES


Depois dos encontros com autoridades locais e com a comunidade, a Embaixada foi conhecer a realidade social dos nossos irmãos que vivem no de Boa Esperança - na companhia do incansável e amado Presidente de Câmara Municipal de Boa Vista, Sr. Dr. José Luís Santos “Djais” e sr. Vice Presidente e Vereador de Infra-estruturas Sr. Eng. Aristides Brito.



In louco - Viram as melhorias no esgotos e saneamento básico e as novas construções, a situação de realojamento - Casa para Todos.


LEVARAM AFECTOS E ESPERANÇA!









A Embaixada da República da Guiné-Bissau em Cabo verde

A NOSSA MISSÃO A ILHA DA BOA VISTA II

Contactos institucionais :

1 - Câmara Municipal

2-Comando da Polícia da Região da Boa vista.

Recebemos boa notícia sobre a nossa comunidade, as duas instituições demonstram a vontade em apoiar no processo de integração. O Comandante Regional da Polícia Sr. Bremen Cardoso. , que se disponibilizou em trabalhar na prevenção dos conflitos e mediação entre os Guineenses e entre estes e as autoridades polícias . O Senhor Comandante esteve na Guiné / Bissau durante 2 anos no âmbito da missão da UN POL.

Na Câmara Municipal , fomos recebidos pelo Senhor vice presidente e Vareador das Infra-estruturas , na ausência do Sr. Presidente da Câmara Municipal (que se encontra fora do país ), Eng. Aristides Brito , manifestou/ nos a colaboração com a nossa comunidade e outras instituições através do seu gabinete de Apoio ao Imigrante . Explicou com toda atenção e pormenores da situação habitacional do Bairro - Bairro Boa Esperança - maior Bairro clandestino de Cabo Verde.















«COMANDO MILITAR» TRIBUNAL MILITAR ABRE DELEGAÇÕES NO INTERIOR DO PAÍS

O presidente do Tribunal Militar Superior (TMS) da Guiné-Bissau, Daba Na Walna, disse hoje à Lusa que o país já dispõe de tribunais nas três zonas militares e que o corpo da Polícia Judiciária Militar também já foi montado.


A criação de tribunais nas zonas militares norte (em Canchungo), leste (em Bafatá) e sul (em Buba) bem como a composição de um corpo da Polícia Judiciária Militar (PJM), representa "o cumprimento da lei" instituída logo nos primeiros anos da independência da Guiné-Bissau, assinalou o general Daba Na Walna.

A lei 2/78 previa a criação de tribunais militares nas nove regiões administrativas do país, mas com a organização das unidades em três zonas, "entendeu-se que não fazia sentido tantos tribunais, uma vez que os militares deixaram de estar espalhados um pouco pelo país", notou Na Walna.

"Estamos na dinâmica de disciplinar, no sentido amplo da palavra, as Forças Armadas, punindo infrações criminais previstas no código militar", disse o presidente do TMS.

Daba Na Walna explicou que doravante deixa de ser da alçada do tribunal militar julgar o denominado crime de traição à pátria.

No passado, vários militares guineenses foram condenados a penas de prisão por práticas de alegados crimes de traição à pátria, mesmo debaixo de coros de protestos de organizações de defesa dos direitos humanos que evocam a inexistência daqueles crimes na moldura penal do país.

"Tratamos apenas de crimes essencialmente de natureza militar, como a deserção, roubo de artigos militares, brigas entre militares, embriaguez em serviço, desacato de autoridade do superior hierárquico", indicou Na Walna, citando alguns dos conflitos que podem ser dirimidos na instância que lidera.

A agência Lusa teve acesso ao Boletim Oficial (Diário da República) que publicita um novo Regulamento de Disciplina Militar (RDM), que substitui o anterior que datava dos anos 80.

O presidente do TMS espera que o parlamento aprove o projeto-lei do Código da Justiça Militar que irá tipificar em pormenor as infrações passíveis de serem julgadas pelo tribunal do exército.

Daba Na Walna esclareceu também que caso o infrator não seja um militar, mas que cometa um crime de natureza essencialmente militar, por exemplo, um roubo ou furto de um bem do exército, será julgado por um tribunal militar.

Ainda no âmbito das reformas no setor da justiça militar, a Guiné-Bissau já dispõe de um corpo da Polícia Judiciária Militar, cujos agentes receberam treinos, durante nove meses, com técnicos das Nações Unidas e do centro guineense de formação judiciário (Cenfoj), precisou Daba Na Walna.

O dirigente, em processo de doutoramento em Direito, disse que as iniciativas se enquadram no âmbito da reforma do setor militar guineense.

Conosaba/Lusa

PRS ADMITE QUE TEMPO PARA CAMPANHA ELEITORAL NA GUINÉ-BISSAU PODERÁ SER ENCURTADO

O vice-presidente do Partido de Renovação Social, Orlando Viegas, admitiu hoje a possibilidade de a campanha eleitoral para as legislativas na Guiné-Bissau ser mais curta, para que a data de 18 de novembro, das eleições, seja cumprida.

A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas atrasos relacionados com o financiamento e chegadas dos `kits` para o registo biométrico dos eleitores obrigaram a Comissão Nacional de Eleições a apresentar um novo cronograma, encurtando os prazos previstos na Lei Eleitoral, para que as eleições se realizem na data fixada pelo chefe de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, em abril.

"Há necessidade de alguns encurtamentos para ajustar e naturalmente a campanha eleitoral também terá que ser mexida para tentar ajustar", afirmou Orlando Viegas, no final de um encontro no Ministério das Finanças, em Bissau.

No encontro, participaram o primeiro-ministro, representantes da comunidade internacional, Comissão Nacional de Eleições (CNE), Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), e os representantes do partidos políticos com assento parlamentar.

A Lei Eleitoral prevê que a campanha para as eleições decorra durante 21 dias. Com eleições marcadas para 18 de novembro, a campanha deveria começar a 28 de outubro.

"Tudo indica que vamos ter de mexer na data da campanha eleitoral", disse Orlando Viegas, salientando que o primeiro-ministro vai voltar a reunir-se com todas as partes envolvidas no processo eleitoral na terça-feira.

O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse, no final do encontro, que tanto a CNE e a GTAPE apresentaram um cronograma que permite respeitar a data de 18 de novembro.

"Há uma decisão política e tecnicamente há condições de se fazer respeitar", disse.

Conosaba/rtp.pt

«SAÚDE PÚBLICA» ENFERMEIROS RECÉM LICENCIADOS REIVINDICAM ADMISSÃO NA FUNÇÃO PÚBLICA GUINEENSE


Bissau, 28 set 18 (ANG) – O Colectivo dos Enfermeiros recém licenciados em diferentes escolas de formação do país e do exterior promoveu hoje protestos em frente ao Ministério de Saúde, para que o governo assuma a responsabilidade de o admitir na Função Pública.

Em declarações à imprensa depois de uma audiência com o Director dos Recursos Humanos do Ministério de Saúde, o Presidente do referido colectivo, Bernardino Silva Semedo disse que o encontro não teve sucesso, porque ambas as partes se divergiram nas propostas apresentadas.

“O governo disse nos que só existe 30 vagas no sector para o processo da efetivação, e existem 300 enfermeiros que aguardam colocação”, disse Silva Semedo.

Acrescentou que em nenhum momento o seu colectivo irá concordar com a proposta avançada pelo governo, uma vez que todos estudaram para servir o país.

“O procedimento do governo perante a nossa situação, é claramente negativo. Temos informações de que técnicos de diferentes especialidades do nosso sector habilitados com curso médio, já estão a ser efectivados, e nós com o curso superior e com outro nível de experiência somos abandonados e tratados de uma maneira desumana por parte do nosso próprio Estado”, exclamou Bernardino Silva Semedo.

Semedo alegou que a Guiné-Bissau possui alta taxa de mortalidade infantil pelo que necessita de mais técnicos de saúde para fazer face a esta situação, razão pela qual o governo não deve abandonar quadros superiores sob pretesto de não haver vagas.

“Existe falta de pessoal de saúde no interior do país, onde muitas pessoas morrerem por falta de atendimento imediato, e o governo sabe disso. Mesmo assim, tem a coragem de dizer que não precisa de nós como quadro e técnicos de sector de saúde”, referiu. 

Perguntado sobre qual será o próximo passo do Colectivo se o assunto continuar na mesma situação, Bernardino Semedo disse que vão prosseguir com as reivindicações até que a situação seja resolvida. 

Conosaba/ANG/LLA/ÂC //SG

GREVE DO PESSOAL PORTUÁRIA NA GUINÉ-BISSAU PARALISA EXPORTAÇÃO DA CASTANHA DE CAJU


Uma greve dos funcionários que operam no gabinete do guiché único, junto ao principal porto comercial da Guiné-Bissau, está a paralisar a exportação da castanha de caju há mais de uma semana, disse hoje fonte oficial.

Celestino Có, secretário-geral da associação nacional dos importares e exportadores da Guiné-Bissau (ANIE-GB), disse que a greve visa exigir o pagamento de 75 milhões de Francos CFA (cerca de 142 mil euros) referentes a quatro meses de remuneração que o Estado deve pagar aos trabalhadores do guiché único e que incluem funcionários das alfândegas, finanças e comércio.

Para evitar que o operador económico ande entre vários departamentos estatais ligados à exportação ou importação de produtos, o Estado guineense criou o serviço de guiché único, junto ao Ministério do Comércio e principal porto comercial em Bissau, integrado por diferentes entidades.

No âmbito da campanha de exportação da castanha do caju, existe um acordo de remuneração extraordinária combinada entre o Governo e os técnicos do guiché único e da báscula, que também aderiram à greve, por tempo indeterminado.

O responsável pela ANIE-GB admitiu que a greve "deixou o porto de Bissau completamente paralisado" com vários contentores carregados de castanha de caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, à espera de serem transportadores para os navios.

"É claro que esta situação está a pôr em causa os contratos celebrados com empresários indianos", principais compradores da castanha guineense, salientou Celestino Có.

Além da greve, o secretário-geral da ANIE-GB aponta ainda para o início tardio da campanha de comercialização da castanha do caju, a incerteza no preço ao produtor e ainda o intensificar das chuvas como outros dos fatores que irão prejudicar a operação do escoamento do produto.

Até ao início da greve do pessoal do guiché único e da báscula, foram exportadas 140 mil toneladas da castanha de caju, indicaram à Lusa fontes do Governo.

Conosaba/Lusa

«ONTEM EM ANGOLA» PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO EDUARDO DOS SANTOS PRESO EM LUANDA


Ismael Diogo da Silva, presidente da Fundação Eduardo dos Santos, FESA, foi ontem preso em Luanda, confirmaram as autoridades judiciais angolanas

O mandato de detenção a que a VOA teve acesso afirma que o director da FESA é suspeito de crimes de burla por defraudação, corrupção activa e branqueamento de capitais.

Ao confirmar a detenção a Procuradoria Geral da Republica disse que Ismael Diogo da Silva tinha evitado por “reiteradas vezes comparecer no Departamento Nacional de Investigação e Acção Penal”.

O caso envolve investigações a fraude alegadamente cometidas no Conselho Nacional de Carregadores que levaram já à prisão do antigo ministro dos transportes, Augusto Tomás e vários administradores do CNC.

Tomás foi afastado do seu cargo em Junho sem que na altura fossem dadas razões para o seu afastamento.

Ismael Diogo está preso na Cadeia de Viana onde está também preso o antigo sócio de José Filomeno dos Santos, José Bastos de Morais

Conosaba/Voa

CMB COLOCA CACIFOS PARA VENDA DE PRODUTOS NOS MERCADOS


A Câmara Municipal de Bissau (CMB) procedeu, esta sexta-feira (28), a instalação de cacifos modernos de venda de peixes e frutas nos mercados de Bandim e de Antula

Em declarações à imprensa, durante o acto, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Luís Silva Melo, afirmou que o gesto visa erradicar a prática de comercialização dos produtos no chão por parte das mulheres peixeiras e horticultoras.
O Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau diz estar satisfeito com o gesto da CMB, acrescentando que isso será o primeiro passo para se combater a prática de venda de produtos no chão.

Aliu Seide sublinha que a iniciativa visa diminuir as críticas que recebem “diariamente” sobre a venda de mercadorias no chão e, no entanto, exorta o Presidente da Câmara Municipal de Bissau a alargar a iniciativa para todos os mercados da capital Bissau.

Foram no total seis cacifos doados à CMB pela Associação AMA-Kuwait, sendo dois instalados no mercado de Bandim e quatro no de Antula.

Por: Redação/radiosolmansi com Conosaba do Porto

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

«MADEM G-15» PARTIDO QUE VEIO PARA MUDAR GUINÉ-BISSAU" DIZ O GENERAL DO POVO

"Partido que veio para mudar Guiné Bissau em todos os sectores de desenvolvimento", afirmou Umaro El Mokthar Sissoco Embalo, General do Povo


"Viva MADEM G-15; Viva Juventude que quer paz, estabilidade e desenvolvimento", acrescentou o General do Povo














EXCLUSIVA: ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU




«ONU» DISCURSO: PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU, JOSÉ MÁRIO VAZ


GUINÉ-BISSAU DEBATE "MEMÓRIAS E LEGADOS DAS LUTAS DE LIBERTAÇÃO"

Amílcar Cabral


“O propósito do colóquio é fazer um conjunto de reflexões sobre o que pode significar a memória da luta de libertação nacional, mas também da guerra colonial", diz Carlos Cardoso, da organização.

Iniciou hoje, na cidade de Bissau, o Colóquio Internacional “Memórias e Legados das Lutas de Libertação”.

“O propósito do colóquio é fazer um conjunto de reflexões sobre o que pode significar a memória da luta de libertação nacional, mas também da guerra colonial", diz Carlos Cardoso, Director do Centro de Estudos Amílcar Cabral, um dos organizadores.

Cardoso explica que "trata-se, não propriamente de refazer a história, destes acontecimentos, mas de uma reflexão em torno da questão da memória na sua relação com a história”.

Ele realça que “a memória é uma coisa viva; ela nasce, reproduz e pode morrer. Pode morrer, se negligenciarmos a necessidade de relembrar este acontecimento”.

Durante três dias, estarão em debates temas como a libertação da Guiné-Bissau vista a partir do Ocidente ou Amílcar Cabral: uma política da filosofia. Memórias conceituais e metafísica da resistência”.

Esta é uma iniciativa conjunta das entidades académicas da Guiné-Bissau e Portugal.

Conosaba/Voa

Opinião: A INDEPENDÊNCIA COMO UMA CONTRADIÇÃO PROPORCIONADA PELO PRÓPRIO PAIGC

Em 1973, a Guiné-Bissau proclamava a sua independência e no ano seguinte a comunidade global dos Estados o fazia igualmente, reconhecendo a existência soberana deste país africano conforme os marcos legais e costumeiros do direito internacional. Lograda no contexto de uma ferrenha e triunfante luta armada contra o colonialismo português, circunstanciada pela Revolução dos Cravos em Portugal e apoiada pelo espírito de autodeterminação dos povos que ganhou força no pós-Segunda Guerra Mundial, a roupagem da independência da Guiné-Bissau a inseria nos padrões do conjunto de Estados soberanos que se constituiu como tal a partir dos anos 1960, sendo a maioria esmagadora pertencente à África.
A exemplo de praticamente todos os países da região, a imediata inserção internacional do país no pós-independência foi marcada, no plano externo, por uma relação de profunda dependência econômica e consequentemente política. É claro que os países que perfilam o sistema internacional estão permanentemente mantidos em uma relação de interdependência. Aqui me refiro à excessiva dependência estrutural da Guiné-Bissau, consolidada pelo sistema da economia política imposto pelas agências financeiras de Bretton Woods, consubstanciado no Programa de Reajustamento Estrutural.
Todavia, a dependência do nosso país não jorra apenas das fontes da parte exterior dos seus limites fronteiriços. O recurso fulcral da sua exacerbada dependência ou daquilo que alguns estudiosos chamariam “falência de Estado” – termo problemático e limitado – procede da esfera interna. Esta é a unidade analítica que preside a presente análise.
A Guiné-Bissau não logrou a segunda etapa da independência e isto, no meu ponto de vista, em alguma medida compromete a independência (nos seus objetivos traçados) proclamada há 45 anos nas matas da nossa terra. Deste modo, este país não só enfrenta no domínio internacional a dependência internacional, baseada na relação de dependência e exploração conforme a lógica da economia política capitalista, veiculada e intensificada pelas vigentes ondas da globalização.
No plano doméstico, a população guineense permanece mantida em um estado estrutural de dependência socioeconômica plantada e regada durante os longos anos do regime do PAIGC. A injustiça social e o pauperismo que permearam e acompanharam o processo de afirmação do Estado pós-colonial guineense, marginalizando a maioria da população guineense do processo distributivo das benesses materiais de 24 de setembro, em prol de uma ínfima minoria, representam principais legados do PAIGC.
A principal contradição da independência conquistada pelo PAIGC se manifesta do fato de a partir de 1973 (se quiser, a partir de 1974) a oligarquia política deste partido ter inaugurado o processo de produção e reprodução das dependências econômica, social e política dos cidadãos da Guiné-Bissau. A instrumentalização do aparelho de Estado para fins de enriquecimento grupal e pessoal, consubstanciada em uma relação de corrupção endêmica e privação (pela violência e por seleções de conveniência) de acesso às esferas de decisão e aos recursos públicos e coletivos matizou todo esse processo.
A tentativa de dividir com outras formações políticas e outros atores sociais e políticos da Guiné-Bissau a responsabilidade pelo fracasso no desenvolvimento e na tradução real das razões da luta é, a rigor da palavra, uma flagrante desonestidade intelectual e política. Em certos momentos e situações, estes últimos podem ter cometido (e acredito que o tenham feito) equívocos e erros na compreensão e implementação de determinadas medidas políticas, mas de forma nenhuma proporcionais aos fracassos acumulados historicamente pelo partido sediado nas intermediações da Praça do Império.
Passados 45 anos da desocupação colonial da nossa terra, marcados pela instalação efetiva da penúria social e econômica, contrariando flagrantemente os motivos para o 23 de janeiro 1963, a comemoração de 24 de setembro deveria ser inserida nos marcos de reflexão e autocrítica sobre os fracassos nos objetivos do desenvolvimento. Deve-se comemorar e enaltecer o glorioso heroísmo dos nossos combatentes pelas façanhas da guerrilha logradas mediante à inequívoca assimetria armamentista que os distinguiam em relação aos homens armados de Salazar; entretanto, esse não deve constituir o principal aspecto da celebração desta data ou, ao menos, que isto seja relegado aos cidadãos e não àqueles que tinham como a responsabilidade completar com sucesso os desígnios da realização e consecução de 24 de setembro.
24 de setembro se revela uma contradição proporcionada pelo próprio PAIGC, ao traduzir inversamente os objetivos da independência que nortearam a luta em gestação de dependências e insuficiências sociais e econômicas internas que atravessam praticamente todo o tecido social guineense, excetuando uma pequeníssima parcela da população que constitui, desde a emergência da República da Guiné-Bissau, o restrito e privilegiado grupo dirigente e beneficiário do êxodo imposto aos invasores que tinham chegaram neste solo há muitos anos.
Por: Timóteo Saba M’bunde, Mestre em Ciência Política.
Setembro de 2018
Conosaba/odemocratagb

GUINEENSE INCANHA INTUMBO SERÁ O PRÓXIMO DIRETOR DO INSTITUTO DE LÍNGUA PORTUGUESA

O investigador e linguista Incanha Intumbo, da Guiné-Bissau, vai ser o próximo diretor-executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), anunciou a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O nome do guineense foi aprovado por unanimidade num encontro de representantes da CPLP na terça-feira, 25 de setembro, num hotel em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e anunciado pelo Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente em exercício da comunidade lusófona.
A Guiné-Bissau, representada na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, que apresentou em Nova Iorque o nome de Incanha Itumbo para a direção do IILP.
O nome devia ter sido indicado em julho, na cimeira da CPLP, na ilha do Sal, em Cabo Verde, mas na altura o Governo guineense pediu mais tempo para o fazer e comprometeu-se a apresentar o candidato em setembro.
O linguista guineense formado em Coimbra sucede no cargo à moçambicana Marisa Mendonça.
O IILP tem um orçamento de 300 mil euros, mas a sua ação tem sido limitada devido à falta de financiamento, tendo em conta os atrasos no pagamento das quotas por parte de alguns Estado-membros da CPLP. Antes da cimeira do Sal, o instituto tinha dívidas de quotas que ascendiam a 800 mil euros.
Outra questão discutida na reunião foi a data da posse do próximo secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, de Portugal, mas ficou definida apenas entre dezembro e janeiro, sendo que a atual secretária, a são-tomense Maria do Carmo Silveira, vai cessar funções em dezembro deste ano.
No encontro em Nova Iorque, em que participaram três chefes de Estado – Marcelo Rebelo de Sousa(Portugal), Jorge Carlos Fonseca (Cabo Verde) e Teodoro Obiang (Guiné Equatorial) – foram ainda discutidos os processos eleitorais futuros no espaço da lusofonia: presidenciais no Brasil, autárquicas em Moçambique, legislativas, autárquicas e regional em São Tomé e Príncipe e legislativas na Guiné-Bissau.
Os vários países da CPLP disponibilizaram equipas de observadores para acompanharem todos os processos eleitorais.
A presença do Presidente angolano, João Lourenço, também era esperada na reunião, o que não aconteceu, não tendo sido dada nenhuma explicação para a ausência.
Conosaba/lusa

«MOVIMENTO BAFATÁ» RGB EXIGE INDEMNIZAÇÃO DE CERCA DE 28 MILHÕES DE FRANCOS CFA AO GOVERNO GUINEENSE


Bissau, 27 set 18 (ANG) – O Partido Resistência da Guiné-Bissau (RGB-Movimento Bah-fatá), realizou hoje uma vigília frente ao Palácio do Governo, para exigir do executivo uma indemnização de cerca de 28 milhões de francos CFA, por alegada apropriação do espaço onde estava construída a sede do partido, para construção do Palácio do Governo desde 2008.

Citado pela Rádio Pindjiguiti, o presidente da referida formação política na oposição, Fernando Mendes considera que a recusa dos sucessivos Governos em pagar a dívida em causa, uma clara perseguição política.

Mendes disse que não faltava terrenos para construção do Palácio do Governo na altura e considera de muita coincidência que a obra seja feita exatamente no local onde estava a sede da RGB – Movimento Bah-fatá.

“Digo isso porque o nosso partido foi quem impôs a democracia na Guiné-Bissau, o que leva-nos a pensar que, por causa disso foi desencadeado um conjunto de perseguição para afastar a RGB do cenário político nacional.

Mendes frisou que não existe Estado na Guiné-Bissau, salientando que a última legislatura não foi concluída, com o parlamento que quase não funcionou, apesar de os deputados usufruírem dos salários e carros de luxos.

“Por isso, devemos voltar para um Estado de direito democrático onde a justiça vai imperar. Se o nosso partido foi tirado do cenário político, terá consequência graves para a democracia guineense “,disse.

A RGB é um dos partidos da oposição sem assento parlamentar e foi o segundo mais votado nas primeiras eleições multipartidárias do país realizadas em 1994. 

Conosaba/ANG/MSC/ÂC//SG


«CULTURA» "O DESAFIO É RESGATAR GUINÉ-BISSAU APÓS 45 ANOS DE INDEPENDÊNCIA", DIZ ZÉ MANEL


Bissau,27 Set 18 (ANG) – José Manuel Fortes conhecido no mundo musical por Zé Manel lança neste mês o quinto álbum de originais com doze faixas, intitulado "Nha Alma" que apela à mobilização geracional, dando eco à voz do povo guineense que acredita numa "nova esperança".

O músico guineense considera que, 45 anos após a independência, a Guiné-Bissau está numa situação muito confusa, e que a prioridade neste momento deveria ser resgatar e salvar o país e só depois pensar nos projetos de desenvolvimento. 

Numa entrevista a DW África o músico afirma que desde a independência do país (24 de setembro de 1973), a cultura e o desporto foram as áreas que mais evoluíram na Guiné-Bissau, em detrimento de outras vitais para o desenvolvimento do país. 

"Acho que a preocupação agora não é o desenvolvimento, mas sim resgatar o país. Porque desenvolvimento quando temos um Estado extremamente frágil como o nosso não é viável. 

Vejam o estado em que se encontram as estradas, hospitais, escolas ou infraestruturas que temos desde a independência. Nem conseguimos reparar as infraestruturas que os portugueses deixaram", disse a gesticular e em tom irritado o músico guineense que patenteia a sua revolta face à degradação em que se encontra o seu país. 

Zé Manel critica o que considera ser a pouca sensibilidade dos governantes guineenses para com o setor da cultura, embora esteja certo de que a melhor fase da Guiné-Bissau como país foi a década de 80, porque na época havia, de facto, um Estado digno desse nome, que infelizmente hoje se desmoronou. 

"Da parte do Estado houve algum incentivo à cultura por parte do então Presidente Luís Cabral. Sim, esse homem tinha sensibilidade e nessa época havia um Estado que hoje não funciona. Isto está tão baralhado que não se vê a cultura. Falta incentivo e sensibilidade das autoridades”, disse o músico que considera que depois de Luís Cabral o setor da cultura nunca mais foi uma prioridade para os sucessivos dirigentes guineenses. 

Segundo Zé Manel, não é só apoiar pontualmente um ou outro artista que significa desenvolver a cultura. "É preciso pôr a cultura na linha de frente à escala nacional e injetar dinheiro tal como se faz em Angola, Cabo-Verde e noutros países. Ninguém pode promover um país sem cultura e no caso concreto da Guiné-Bissau temos um mosaico cultural extremamente rico", destaca o cantor que está prestes a lançar o seu quinto álbum,Nha Alma, que significa “Minha Alma”. 

José Manuel Fortes ou simplesmente Zé Manel, ajudou a fundar quando tinha oito anos de idade, aquela que viria a ser a mítica banda musical da Guiné-Bissau, o Super Mama Djombo, onde começou como baterista do grupo.

A banda foi fundada por escuteiros nos anos 70 e rapidamente se tornou num grupo de referência no país e na diáspora por causa das suas músicas revolucionárias cantadas, em crioulo, mandinga e balanta, precisamente para despertar a consciência dos guineenses sobre os ideais da luta de libertação nacional.

As músicas do Mama Djombo insistiam na consolidação dos valores guineenses pós-independência, fomentando a autoestima e o patriotismo, mas sobretudo resgatando identidades locais marginalizadas durante o período colonial. 

Após mais de 15 anos no grupo, Zé Manel deu início à uma carreira a solo, tendo editado 4 álbuns de originais e o quinto, será lançado neste mês de setembro, com o título "Nha Alma" ,no qual interpreta o "sentimento do povo guineense sobre a Guiné-Bissau de hoje". 

Com este novo trabalho, o músico guineense pretende preservar a sua identidade musical unindo as culturas, tal com fazia no passado quando pertencia ao Mama Djombo.

"Eu tinha 8 anos quando começamos o projeto Mama Djombo no escutismo. Com 17 anos escrevia canções de amor e depois, com 20 anos, a rota mudou e comecei a escrever coisas muito mais sérias. 

Com 22 anos de idade gravou o primeiro álbum que foi o cartão de visita para o cantor. No “Testemunhos de Ontem”, lançado em 1982, Zé Manel criticava e ao mesmo tempo denunciava as más práticas do regime de partido único (PAIGC) que vigorou no país logo após a independência, uma "ousadia" para muitos mas que deu ao músico uma grande projeção a nível nacional e internacional.

"As letras refletem o dia-a-dia da sociedade, os nossos problemas, as nossas derrotas ou sentimentos. Aquele disco foi feito na realidade de ontem, na atmosfera de ontem para aquela geração. Mas a boa música não tem geração e pode durar uma eternidade” sustentou.

Para muitos guineenses, Zé Manel, hoje com mais de 40 anos de uma carreira, com muitos prémios e várias atuações, atingiu o pódio pela força das suas letras que espelham a verdadeira dinâmica da sociedade. Com o álbum "Maron di Mar" (Ondas do Mar), em 2001, obteve vários prémios internacionais, com destaque para a nomeação como o melhor álbum no "All Kora Music Awards", na África do Sul e para o melhor disco no "Just Plain Folks Music Awards", na Califórnia, Estados Unidos da América. 

Conosaba/ANG/DW África

PRESIDENTE DA REPÚBLICA AFIRMA QUE PAÍS DISSE “BASTA À INSTABILIDADE”


Chefe de Estado guineense também pediu que o Conselho de Segurança levante sanções impostas a militares do país; José Mario Vaz afirmou que decorre o recenseamento eleitoral para as legislativas marcadas para 18 de Novembro

O presidente da Guiné-Bissau, José Mario Vaz, destacou esta quinta-feira, no debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU, os progressos feitos pelo seu país.

“Os últimos progressos políticos e sociais testemunham de que o povo guineense e as Forças Armadas, junto e mobilizados, disseram basta à instabilidade e rumo ao desenvolvimento.”

Mário Vaz apontou várias acções do último ano que mostram que o país está no bom caminho, como a formação de um governo de inclusão, a reabertura da Assembleia Nacional Popular, a prorrogação do mandato dos deputados, a eleição dos membros da Comissão Nacional de Eleições e, finalmente, a aprovação do Orçamento do Estado.

O presidente guineense falou das eleições legislativas marcadas para 18 de Novembro. Segundo ele, o recenseamento eleitoral começou este mês, com algum atraso, devido a razões técnicas e financeiras.

Mario Vaz também afirmou que “pela primeira vez na história da democracia guineense uma legislatura chegou ao fim, sem interrupções originadas por golpes de Estado e outros incidentes”.

O presidente guineense mencionou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança a vários militares guineenses.

“Aproveito esta oportunidade para apelar à comunidade internacional, ao Conselho de Segurança, com prorrogativas exclusivas nesta matéria, em nome da justiça e da concórdia nacional, que sejam levantadas as sanções que foram aplicadas a alguns oficiais das nossas Forças Armadas. Tal decisão, há muito desejada e esperada, ajudaria também na consolidação das instituições democráticas e da paz duradoura no nosso país.”

Mário Vaz lembrou ainda a aprovação de uma quota mínima de 36% para mulheres em todos os cargos elegíveis, dizendo que “está satisfeito e grato” por esse progresso nacional.

No seu discurso, Mário Vaz agradeceu o “novo impulso” que o secretário-geral da ONU, António Guterres, deu à organização. O presidente também destacou a importância do multilateralismo e das instituições internacionais.

“Vivemos numa aldeia global, onde todos são responsáveis, não apenas pelo que acontece no seu próprio território, mas dada a interdependência dos países, as políticas nacionais de uns podem afectar gravemente todos os outros, o que exige uma responsabilidade partilhada.”

A nível dos desafios internacionais, Mário Vaz destacou os conflitos na Palestina, no Iémen e na Síria. Sobre as mudanças climáticas, o representante declarou que “exigem de todos esforços, novas atitudes e comportamentos mais responsáveis”.

No seu discurso, Mário Vaz agradeceu o “novo impulso” que o secretário-geral da ONU, António Guterres, deu à organização. O presidente também destacou a importância do multilateralismo e das instituições internacionais.

“Vivemos numa aldeia global, onde todos são responsáveis, não apenas pelo que acontece no seu próprio território, mas dada a interdependência dos países, as políticas nacionais de uns podem afectar gravemente todos os outros, o que exige uma responsabilidade partilhada.”

A nível dos desafios internacionais, Mário Vaz destacou os conflitos na Palestina, no Iémen e na Síria. Sobre as mudanças climáticas, o representante declarou que “exigem de todos esforços, novas atitudes e comportamentos mais responsáveis”.

Rádio ONU/radiosolmansi com Conosaba do Porto


“SITUAÇÃO FINANCEIRA E ECONÓMICA DO PAÍS CONTINUA NUMA POSIÇÃO DE FRAQUEZA” – disse Aristides Gomes

O Primeiro-ministro, Aristides Gomes, disse, esta terça-feira (27), que a situação financeira e económica do país continua numa posição de fraqueza devido á dependência da castanha de Caju

A consideração feita depois da terceira reunião ordinária do Conselho Nacional de Crédito (CNC) realizada, em Bissau, na sede do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).

Numa análise sobre o estado actual da economia do país, o chefe do executivo, Aristides Gomes, disse que deve haver a diversificação do maior produto que impulsiona a economia e por conseguinte potenciar o Estado como autoridade reguladora.

Sobre a terceira reunião ordinária do Conselho Nacional de Crédito (CNC), Aristides Gomes disse que o encontro permitiu-lhes debater o problema ligado ao crescimento económico e recursos do Estado.

O Conselho Nacional de Crédito (CNC) examinado a situação económica recente, tanto ao plano regional como à escala nacional, notou-se alguns factores de risco susceptíveis de impactar a actividade económica nacional, nomeadamente; a baixa do preço de exportação da castanha de Caju.

Nesta base, a taxa de crescimento para 2018 poderá vir a situar-se em cerca de 4 por cento, contra 6,2 projectada inicialmente.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

«PROBLEMA CABELUDO! /MENHÉR MENHÉR DAS GROSSAS» CEDEAO EXORTA REALIZAÇÃO DE ELEIÇÕES NA DATA PREVISTA


A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que se encontrava na Guiné-Bissau volta a pedir maior engajamento da comunidade guineense para que as eleições de 18 de Novembro não sejam adiadas

As recomendações da CEDEAO foram transmitidas á imprensa, esta terça-feira, no aeroporto de Bissau, pelo presidente da comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, depois de uma missão de algumas horas na Guiné-Bissau, para de inteirar dos preparativos das legislativas.

A missão diz que depois da chegada dos kits são importantes as medidas que são tomadas para que as eleições sejam realizadas daqui a precisamente dois meses.

“Estas medidas são particularmente relevantes, após o recebimento dos kits de recenseamento por parte da Nigéria, para o início do registo biométrico dos eleitores. A missão de alto nível facilita o progresso e insta o governo a acelerar os preparativos para as eleições”, diz Jean-Claude Kassi Brou.

A missão da CEDEAO diz anotar as medidas tomadas para assegurar o respeito do calendário eleitoral por forma a permitir a realização das eleições legislativas previstas para 18 de Novembro de 2018.

As partes guineenses são exortadas a se entenderem no sentido de apoiar as acções do Governo para aceleração dos processos para a “efectiva implementação” das eleições legislativas em 18 de Novembro de 2018, em conformidade com as decisões dos chefes de estado da CEDEAO

A missão da CEDEAO manteve encontros com as autoridades do país e com os partidos políticos com e sem representação parlamentar.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolnansi com Conosaba 



Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESTEVE EM BAFATÁ, GABU E MANSOA/TERRA SANTA

"Obrigado Bafata, Gabú e Mansoa pela forma calorosa com que nos receberam. Deslocação as regiões no âmbito da distribuição do donativo do arroz que recebemos do Governo da India para apoiar a nossa população", agradeceu José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau