O Governo da Guiné-Bissau fixou em 350 francos CFA (cerca de 50 cêntimos de euro) o quilo o preço base da castanha de caju no produtor e espera exportar 180 mil toneladas do principal produto de comércio externo.
Bissau, 16 abr (Lusa) - O Governo da Guiné-Bissau fixou hoje em 350 francos CFA (cerca de 50 cêntimos de euro) o quilo o preço base da castanha de caju no produtor e espera exportar 180 mil toneladas do principal produto de comércio externo.
O anúncio do preço foi feito pelo primeiro-ministro, Carlos Correia, na vila de Djalicunda, no norte do país, perante membros do Governo e elementos do corpo diplomático convidados para aquilo que acabou por ser uma festa popular.
O ministro do Comercio guineense, Vicente Fernandes, disse esperar "uma boa campanha" mas pediu o reforço de vigilância aos cidadãos para que a castanha não seja transportada, em contrabando, para os países vizinhos.
Dados do Governo apontam que no ano passado foram vendidas, no mercado clandestino, cerca de 70 mil toneladas da castanha de caju guineense.
Sobre o preço determinado hoje pelo Governo, o ministro do Comércio disse ser justo mas lembrou que a dinâmica do mercado no momento da compra e venda do produto poderá vir a altera-lo já nos próximos dias.
Vicente Fernandes afirmou que para a presente campanha o Governo determinou o fim de "vários constrangimentos" que eram impostos aos operadores no setor, nomeadamente paragens dos camiões pelas forças da ordem, barreiras alfandegárias e taxas exorbitantes, entre outros.
Para o ministro do Comercio a Guiné-Bissau possui "a melhor castanha de caju do mundo" e o Governo conta exportar este ano 180 mil toneladas por confiar "na maior procura" do produto.
A India tem sido a principal compradora da castanha guineense mas para a presente campanha (decorre entre os meses de abril e setembro) o Governo acredita na entrada no mercado guineense de compradores da China.
Conosaba
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