segunda-feira, 30 de junho de 2014

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA DISSE, TRANQUILO NA RELAÇÃO COM AS FORÇAS ARMADAS



Domingos Simões Pereira define Educação como grande prioridade da governação PAIGC e exige idoneidade aos gestores do erário público.

O recém-empossado primeiro-ministro da Guiné-Bissau afirma estar "tranquilíssimo" em relação à futura atuação das Forças Armadas.

Domingos Simões Pereira confessa que não sente qualquer tipo de dificuldade nesse sentido, mas não adiante se vai substituir o Chefe do Estado-Maior General António Indjai

Quanto á governação, Simões Pereira estabelece a Educação como a grande prioridade para a Guiné-Bissau e lembra que quem dela beneficiou, deve retribuir. O chefe do Governo PAIGC considera ainda que é imperativo que os gestores públicos guineenses provem a sua idoneidade.
RDP

CINCO LIDERES AFRICANOS LUSÓFONOS JUNTOS EM LUANDA PARA CONSTITUIR FÓRUM PALOP E ELEGER PRIMEIRO PRESIDENTE DA ORGANIZAÇÃO



Presidentes dos PALOP voltam a reunir-se 22 anos depois

A cimeira visa reativar a organização - com a última edição a realizar-se em 1992, em São Tomé - e criar o Fórum PALOP. Dos cinco presidentes, apenas o moçambicano Armando Guebuza estará ausente, por causa de uma visita oficial a Portugal, e foi substituído pelo primeiro-ministro Alberto Vaquina. 

Além do anfitrião José Eduardo dos Santos, participam na cimeira o cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, o guineense José Mário Vaz e o são-tomense Manuel Pinto da Costa. Os presidentes de Angola e de São Tomé e Príncipe repetem a presença relativamente ao anterior encontro institucional, há 22 anos, em São Tomé. Quanto ao Presidente da Guiné Bissau, efetua a primeira visita oficial após ser eleito. "Aproveito para lhe reiterar, ao vivo, as minhas felicitações e para desejar que conduza a bom porto a difícil missão de reunificar e devolver a esperança de um futuro melhor a todos os guineenses", afirmou Eduardo dos Santos, no discurso de abertura da cimeira, em que a presença de José Mário Vaz foi especialmente saudada. 

Nesta cimeira de Luanda serão aprovados os estatutos do Fórum PALOP, cujos objetivos são dinamizar as relações entre os "Cinco" - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, e a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa.

http://www.rtp.pt/

PRESIDENTE MARIO VAZ REALIZA PRIMEIRA VISITA OFICIAL A ANGOLA


Guiné-Bissau/PALOP: Presidente Mário Vaz realiza primeira visita oficial a Angola

Luanda - O recém-eleito Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, chegou ao fim da tarde de hoje (domingo), a cidade de Luanda, onde vai participar, segunda-feira, no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), na Cimeira Constitutiva do Fórum dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, a denominar-se "FORPALOP".


No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o estatista foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti, na companhia do titular da pasta dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, Cândido Pereira Van-Dunem, o director para África e Médio Oriente, Joaquim do Espirito Santos, diplomatas e entidades governativas da província de Luanda.

Segundo apurou a Angop no aeroporto de fonte oficial, ainda na segunda-feira, o estadista bissau-guineense será recebido em audiência pelo presidente José Eduardo dos Santos.

Depois de ter mantido breve conversa com o Chefe da Diplomacia nacional na sala protocolar do complexo presidencial, José Mário Vaz, que cumpre a sua primeira visita oficial a Angola deste que foi empossado para o cargo, saudou, com “um aceno de mão ao ar”, os seus compatriotas que se deslocaram ao aeroporto para dar as boas-vindas ao seu novo líder.

Para participar no referido evento, encontra-se já na capital angolana, desde a tarde de hoje (domingo), o Primeiro-Ministro de Moçambique, Alberto Vaquina, que vai representar o Presidente Armado Quebuza, na Cimeira Constitutiva do Fórum dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, e o Presidente de Cabo-Verde, Jorge Carlos da Fonseca.

O FORPALOP é um órgão multilateral, privilegiando a concertação político-diplomática e de cooperação, bem como de aprofundamento das históricas relações de amizade e solidariedade.

Dos princípios orientadores de que se regerá o Fórum, destacam-se a igualdade, soberania e independência dos Estados membros, a não ingerência nos assuntos internos de cada Estado e o respeito pelos princípios democráticos.

A organização defende ainda o respeito pelos direitos humanos e o Estado de direito, integridade territorial, promoção da paz e da segurança internacionais, a resolução pacífica de conflitos, bem como a observância do preceituado no Acto Constitutivo da União Africana (UA).

Integram o Fórum, as Repúblicas de Angola, Moçambique, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

No final da reunião, os dignatários deverão aprovar uma data e local para a realização da próxima Cimeira, bem como procederão a assinatura da Declaração Constitutiva do Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (FORPALOP).

Prevê ainda a leitura do comunicado final pelo ministro das Relações Exteriores, Geroges Rebelo Chicoti, seguindo-se, no início da tarde de segunda-feira (30 de Junho), o almoço oficial que o Presidente José Eduardo dos Santos oferecerá aos visitantes.
http://www.portalangop.co.ao/

GUINEENSES EM LISBOA: FAMILIARES DE CRIANÇA CARBONIZADA EM SILENCIO




Malam, de cinco anos, foi encontrado no sotão já sem vida pela proteção civil. Minutos antes, a mãe descera para a rua, fugindo às chamas que consumiram a cobertura e o 3.º andar.

Por volta das 20.30 da noite de sábado, Judite da Fonseca, empregada no café da Praça Marquês das Minas, foi alertada pelo cheiro. Correu para a rua e apercebeu-se que o último piso do número quatro de uma das praças principais da Damaia (zona norte) estava a ser consumido pelas chamas.

Lá dentro, os moradores já desciam, dominados pelo pânico. Incluindo a mãe e tia de Malam, a criança de cinco anos que acabou 'esquecida' no sótão onde dormia e foi encontrada já sem vida pelos bombeiros e Polícia de Segurança Pública.

Esta foi a única vítima registada no incidente, cujas causas ainda não foram apuradas pelas autoridades. Certo é que a mãe de Malam, que na tarde de domingo se refugiou em casa de amigos, afastada da casa onde perdeu o filho, foi interrogada pela Polícia Judiciária na noite da tragédia durante algumas horas. Foi aliás a única das moradoras do 3.º piso ouvida pelas autoridades policiais. Durante a tarde de domingo, vários familiares e moradores na mesma casa, concentraram-se à porta de casa, mas em jeito de pacto de silêncio, nada adiantaram ao DN.

"Sei que a mãe de Malam foi falar com a polícia porque estava na casa quando tudo aconteceu, mas só por isso", explicou um dos tios da vítima mortal.

Esta segunda-feira, as autoridades judiciais e proteção civil vão realizar uma vistoria ao local, de forma a que fique esclarecido como começou o incêndio no prédio da Damaia.


domingo, 29 de junho de 2014

DEPOIS DAS ELEIÇÕES: GUINEENSES EM PORTUGAL PONDERAM REGRESSAR A GUINE-BISSAU



Restabelecida a legalidade institucional, após a eleição dos órgãos constitucionais, os guineenses em Portugal pedem ao futuro Governo de Domingos Simões Pereira que olhe para a situação em que vivem em Portugal.

A situação dos emigrantes guineenses, residentes em Portugal, de um modo geral, é difícil. A crise em Portugal fomentou o desemprego. Muitas empresas, sobretudo do ramo da construção civil, que davam trabalho aos imigrantes, fecharam as portas. No seio da comunidade guineense o desespero é notório e é quase generalizado o desejo de regressar ao país de origem, de onde saíram em busca de uma vida melhor na Europa.

Crise na construção civil colocou guineenses no desemprego

Amadora é um dos concelhos de Lisboa, onde vive uma grande parte da comunidade africana. Entre os guineenses, há quem deixou o país natal por razões económicas, ou para tratamento médico em Portugal. E há os que saíram da Guiné-Bissau devido à instabilidade político-militar. Viviam do seu emprego, quando ainda havia as grandes obras na construção civil, que davam trabalho a muita gente para sustentar a família. Mas com a crise económica em Portugal, passaram a enfrentar muitas dificuldades.

Mamadu Baldé, há 23 anos em Portugal, desabafa. "A minha família está na Guiné. Eu não tenho trabalho e a renda de casa aqui é muito cara. Não tenho rendimento: zero, zero."

Perante a falta de perspetiva, é grande o desejo de regressar ao país de origem. Mas o regresso não se afigura fácil. A quase todos falta o dinheiro para comprar a passagem de avião. Outros têm filhos nascidos em Portugal, o que também torna mais difícil o regresso.

Demba Baldé conta ao repórter da DW que há muitos guineenses que querem regressar, mas têm filhos na escola, e assim vão ficando por Portugal, "porque a escola daqui tem mais valor que a escola da Guiné."

Guinenses esperam apoio do novo governo em Bissau

Muitos destes cidadãos com vontade de ajudar a reconstruir a Guiné-Bissau não têm recursos financeiros para regressar. Por isso esperam o apoio do novo Governo da Guiné-Bissau. Demba Baldé e Selo Embaló, outros dois guineenses residentes em Portugal, são de opinião que "o governo da Guiné deveria ajudar os emigrantes que estão em Portugal". E afirmam mesmo: "Se Governo da Guiné-Bissau apoiar o regresso nós voltamos, pois é o nosso país."


Confiança no novo governo

A maioria dos imigrantes guineenses em Portugal tem grande confiança no novo Governo. Por isso, os guineenses pedem melhorias a nível do ensino e da educação, nos serviços de saúde e assistência médica. Alguns dizem também que é necessário negociar com a Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) o reatamento urgente dos vossos Lisboa-Bissau a preços mais baixos.

Na sua recente visita privada a Portugal, antes da tomada de posse, o Presidente José Mário Vaz, pediu aos concidadãos na diáspora para regressarem. «Há muito espaço para os guineenses na Guiné-Bissau». (…) «Temos que ser senhores dos nossos destinos», afirmou "Jomav" numa sala repleta de esperanças.

DW.DE

NOVO PRIMEIRO-MINISTRO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA QUER GESTORES PUBLICA IDÔNEOS


O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, quer que os gestores públicos deem provas de idoneidade para desempenhar os cargos e dá-se como voluntário para ser o primeiro a fazê-lo, referiu em entrevista à agência Lusa.

Nomeado no passado dia 24 e com posse prevista para os próximos dias, o novo líder quer que cada membro do Governo entregue "uma relação de bens" no início de funções, para que se possa verificar se o patrimônio que possui no final do mandato é justificado.

Domingos Simões Pereira quer dar o exemplo, defendendo também um "escrutínio do passado" para assegurar que cada um tem "condições morais para fazer a gestão dos bens públicos".

"Já pedi à Assembleia Nacional Popular (ANP) que ative rapidamente a comissão de Ética, porque acho que todos nos devemos submeter à verificação que essa entidade entender pertinente fazer para clarificar os nossos atos", justificou.

A medida contrasta com a corrupção e impunidade diagnosticada por entidades guineenses e estrangeiras e verificável no dia-a-dia do país.

"É preciso conquistar o povo guineense para um desafio nacional e isso é um propósito perdido à partida se o povo não acreditar nas autoridades.

Nós precisamos do crédito do povo da Guiné-Bissau", sublinhou. Domingos Simões Pereira vai governar uma das nações mais pobres do mundo, com carências a todos os níveis e em que apesar de vários recursos naturais estarem a ser exportados, fontes estatais referem que os cofres do tesouro público estão vazios.

O ponto de partida para começar a governar "é fazer uma real avaliação da situação do país", para se fixarem "metas de curto prazo", num plano de emergência que o chefe do próximo Executivo quer ver pronto rapidamente.

Nas ruas reclama-se o pagamento de salários em atraso na função pública - seis meses, segundo sindicatos e outros organismos -, algum abastecimento de água e luz e avolumam-se as queixas pelo aumento do custo de vida.

"Não tenho cheques na mão, tenho promessas de abertura de diálogo e muitos parceiros disponíveis para trabalharem connosco porque acreditam no programa que apresentamos", referiu o primeiro-ministro.

25 FUNDADORES DO PS DECLARAM APOIO A ANTONIO COSTA


Vinte e cinco fundadores do PS declararam hoje o seu apoio a António Costa na disputa interna por considerarem que tem melhores condições para vencer as legislativas de 2015 e apelaram para que o processo eleitoral decorra com lisura.

"Os signatários, fundadores do Partido Socialista, por considerarem ser indispensável que António Costa seja o candidato do partido a primeiro-ministro de Portugal, vêm declarar que apoiam a sua candidatura, por entenderem ser ele quem está colocado em melhores condições, internas e externas, para vencer as próximas eleições legislativas, oferecendo a Portugal uma alternativa política sólida, clara e de esquerda", afirmam.

A declaração de apoio, divulgada à agência Lusa, é subscrita por 25 fundadores do PS, entre os quais António Campos, Arons de Carvalho, Mário Mesquita, Nuno Godinho de Matos, Maria Carolina Tito de Morais, Alfredo Barroso, António Gomes Ferreira, Lucas do Ó, José Leitão, Luís Nunes da Ponte, Roque Lino, Rodolfo Crespo e o ex-Presidente da República Mário Soares.

Os signatários apelam para que o debate e o processo eleitoral interno decorram no "cumprimento escrupuloso das regras democráticas", nomeadamente de "transparência, lisura e respeito mútuo".

Para os subscritores da declaração de apoio, a atual situação do PS obriga a que todos participem no debate e "sobretudo na clarificação interna e externa" do partido.

Contactado pela Lusa, Nuno Godinho de Matos, que foi durante vários anos o representante do PS na Comissão Nacional de Eleições, adiantou que, dos restantes 10 fundadores do PS ainda vivos, "sete quiseram ficar equidistantes", mas não identificou quais.


sábado, 28 de junho de 2014

XANANA GUSMÃO MANTÉM-SE COMO PRIMEIRO-MINISTRO ATÉ SETEMBRO



O secretário-geral da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, disse hoje que o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, deverá ficar no cargo até Setembro por causa da cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"Eu só sei que ele continua até Agosto ou Setembro a meu pedido. Achei que seria ridículo estarmos a receber chefes de Estado e de Governo com um primeiro-ministro com dois meses de vida e muito menos porque substituir o Xanana não é fácil e por isso pedi que continuasse até à cimeira", afirmou à agência Lusa Mari Alkatiri.


Timor-Leste assume pela primeira vez a presidência da CPLP durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, que vai realizar-se a 23 de Julho em Díli.

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, anunciou em Fevereiro que vai deixar o cargo depois da cimeira da CPLP.

"Depois da cimeira, outras realidades irão determinar se ele vai demitir-se mesmo ou não, digo eu. Tenho de respeitar também a vontade dele e a vontade dele foi construída com base em vários fatores", salientou Mari Alkatiri.

"Aqui em Timor há menos de meia dúzia de pessoas que não se demitem. Quando estão fora do poder é para melhor servir o país. Quando estão no poder são sempre alvos de crítica e quando estão fora do poder podem melhor servir o país e acredito que o Xanana fora do poder poderá melhor servir, servindo melhor o país está também a servir melhor a CPLP", afirmou.

Já em relação ao atual governo de Timor-Leste, Mari Alkatiri continua muito crítico e diz que não é fácil trabalhar com um "governo de mais de 50 membros completamente desagregado".

"Há ministérios com quatro membros do governo, o que é ridículo. Toda a administração pública, a começar pela parte política que é o governo, deve ser reestruturada, remodelada para a tornar menos pesada. É um peso em tudo. No funcionamento e orçamental", defendeu o antigo primeiro-ministro timorense.

"Para mim já deveria ter sido remodelado o governo para depois isso ser refletido na administração. Não foi feito a tempo e horas, há um ano atrás, e agora não sei quando será feito. Vou continuar a dizer que deve ser feito. Se quisermos ter uma presidência da CPLP eficiente e com perspetivas claras há muitos membros do governo que têm de sair", insistiu Mari Alkatiri.


PRÓXIMO GOVERNO TERÁ 16 MINISTROS E 11 SECRETÁRIOS DE ESTADO


O próximo governo da Guiné-Bissau terá 16 ministros e 11 secretários de Estado, três dos quais sob direta dependência do primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, disseram à Lusa fontes do partido que irá sustentar o executivo no Parlamento.

A proposta da orgânica, que ainda deverá ser analisada entre o primeiro-ministro e o presidente guineense, José Mário Vaz, foi discutida e aprovada pelos órgãos internos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Os órgãos do partido decidiram que o setor das Pescas (uma das principais fontes de receita do Estado) passa de ministério a secretaria de Estado e será extinta a secretaria de Estado da Gestão Hospitalar, indicaram à Lusa as fontes do PAIGC.

Ficam sob direta dependência de Domingos Simões Pereira as secretarias de Estado da Juventude, Cultura e Desporto, do Ambiente e Turismo e a dos Transportes e comunicações.
Segundo as fontes do PAIGC, “salvo alterações de última hora” que poderão ser decididas na reunião entre o presidente e o primeiro-ministro, o executivo será constituído por ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, ministério dos Combatentes da Liberdade da Pátria e ministério da Administração Interna.

Haverá um ministério da presidência do Conselho de ministros e assuntos parlamentares, ministério da Função Publica e Reforma Administrativa, ministério da Mulher, Família e Coesão Social, ministério da Educação Nacional, ministério da Justiça, ministério da Saúde, ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e ministério das Obras Públicas, Construções e Urbanismo.

O governo terá um ministério dos Recursos Naturais, ministério da Energia e Industria, ministério da Economia e Finanças e ministério do Comercio e Artesanato.
As secretarias de Estado serão as de Cooperação Internacional e Comunidades, Ordenamento e Administração do Território, Combatentes da Liberdade da Pátria, Ensino Superior e Investigação Cientifica, Tesouro e Assuntos Fiscais, secretaria de Estado do Orçamento bem como a do Plano e Integração Regional.

O Governo de transição que geriu o país desde o golpe de Estado de abril de 2012 era composto por 19 ministérios e 15 secretarias de Estado.


fonte: Lusa

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA: PROMOVE "MARCHA DE RECONCILIAÇÃO NACIONAL"



A marcha de Bissau irá começar na rotunda do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira e terminará na praça dos Heróis Nacionais com um espectáculo musical, acrescentou aquele membro do Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

"A iniciativa da marcha rumo à reconciliação nacional é do primeiro-ministro, que quer juntar os guineenses de todas as sensibilidades", referiu Carlos Costa, salientando que Domingos Simões Pereira pretende com a iniciativa "promover a unidade" no país.

De acordo com Carlos Costa, o primeiro-ministro quer ver na marcha dirigentes e militantes de todos os partidos, membros das igrejas, sindicalistas, desportistas, forças armadas e membros da comunidade internacional.

Pessoalmente Domingos Simões Pereira tem feito convites a várias individualidades nacionais e internacionais, indicou Carlos Costa, adiantando que o primeiro-ministro convidou o chefe das Forças Armadas, general António Indjai, a tomar parte no evento.

A organização espera juntar 14 mil pessoas na marcha que se espera que venha ser "um novo arranque" para a Guiné-Bissau, disse Costa.

"Depois da campanha eleitoral, que de certa forma dividiu a família guineense, o primeiro-ministro vê nesta marcha uma oportunidade de mostrarmos unidade", declarou Carlos Costa.

Domingos Simões Pereira é um conhecido desportista e praticante de futebol.

É o atual presidente do clube das velhas glórias do futebol na Guiné-Bissau.
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sexta-feira, 27 de junho de 2014

SEGURO VENCEU COM LARGA MAIORIA E VOTO CONTRA DE ANTONIO COSTA



Líder do PS aceitou Jorge Coelho para comissão eleitoral das primárias. Já autarca de Lisboa perdeu comissão fiscalizadora e antecipação de prazos para recenseamento. Agora é tempo de "debate de ideias"


Foi uma noite longa de críticas violentas, para cinco horas de reunião da Comissão Política Nacional (CPN) socialista e sem consenso final naquilo que eram as duas propostas em que se antecipavam as maiores discordâncias: os prazos de recenseamento de militantes e simpatizantes e a comissão fiscalizadora das eleições primárias de 28 de setembro.

À saída, já a bater as 3.30 da madrugada desta sexta-feira, o secretário-geral do PS sublinhava que tinha deixado "vários sinais de consenso", mas que "agora" o tempo era do "debate de ideias", deixando para trás as "discussões sobre regras, estatutos, congressos". E António José Seguro sublinhou a "larga maioria" que aprovou o regulamento para as eleições primárias que vão escolher o candidato socialista a primeiro-ministro.

Antes, António Costa lamentou "não ter sido possível consensualizar" as principais propostas feitas por si e pelos seus apoiantes, mas deixando no ar a ideia de que o tempo agora também é outro. "Vamos passar para outra fase", apontou, "este processo está fechado" - longe portanto das frases duras que tinha usado na reunião, segundo relatos recolhidos.

Numa intervenção sobre debates - um ponto previsto na proposta de regulamento de Seguro - o autarca de Lisboa afirmou que "não era útil" fazer debates que estejam sob o signo dos "ataques pessoais", porque "isso não prestigia o PS".

Francisco Assis, que foi o cabeça de lista às europeias, afirmou que "teria preferido que houvesse consenso", mas também deu um passo em frente. "Acabou o tempo da discussão das questões estatutárias, regulamentares, agora é o tempo da discussão de ideias", sintetizou.

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3994683

GANA SAÚDA REGRESSO DA GUINE-BISSAU A ORGANIZAÇÃO E PEDE APOIO


A ministra ganesa dos Negócios Estrangeiros, Hanna Tetteh, saudou hoje, em declarações à Lusa em Malabo, Guiné Equatorial, o regresso da Guiné-Bissau à União Africana, depois da normalização democrática do país.

"O regresso da Guiné-Bissau é um definitivamente um importante acontecimento, uma demonstração de que regressaram ao caminho democrático e um sinal justo que a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e da União Africana (UA) confiam no novo governo eleito", afirmou Hanna Tetteh.


A cimeira da UA que começa hoje em Malabo assinala também o regresso da Guiné-Bissau a vários organismos da comunidade internacional, depois de a sua participação ter sido suspensa há dois anos, após um golpe de Estado.

No encontro participa José Mário Vaz, o recém-eleito Presidente da Guiné-Bissau, um sinal para todos os países africanos de que é "importante que se avance na consolidação da democracia", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros do Gana, que hoje esteve reunida em Malabo com o secretário de Estado português da Cooperação, Luís Campos Ferreira.

A Guiné-Bissau "precisa de todo o apoio" e, "agora que regressaram à comunidade internacional" a UA deve ajudar o país a fiscalizar as suas águas, acrescentou a ministra ganesa, que se mostrou preocupada com a pirataria no Golfo da Guiné e a instabilidade em várias zonas costeiras da região.

"Agora que também descobrimos petróleo 'off-shore' também estamos em risco" de ataques, admitiu a ministra, que defende um maior envolvimento dos países do Golfo na patrulha conjunta da região.

"Queremos trabalhar com todos, e estamos a juntar os países da CEDEAO e da CEMAC (Comunidade Económica e Monetária da África Central)", afirmou Hanna Tetteh.

"É necessário abordar o assunto de um modo mais global" mas a causa também é relacionada com os "problemas económicos dos estados" da região e a "instabilidade de alguns", afirmou.

"Há muitas áfricas, temos 55 estados. E não podemos pintar África com as mesmas cores para todos" até porque há países que estão a ficar cada vez mais estados viáveis", que podem constituir "exemplos que outros países africanos podem seguir", acrescentou Hanna Tetteh.

A 23.ª cimeira de chefes de Estado e de governo da União Africana (UA), que se inicia hoje em Malabo, tem como tema central "Agricultura e Segurança Alimentar".

Durante os trabalhos, que terminam sexta-feira, a cimeira deve adotar uma Declaração sobre Crescimento da Agricultura e Objetivos até 2025.

Os chefes de Estado e de Governo da UA deverão ainda analisar propostas de alterações em órgãos como o Parlamento Panafricano e o Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos e discutir o projeto de estatutos do Fundo Monetário Africano.

A cimeira assinala também o regresso do Egito à UA, após a suspensão da organização devido à instabilidade interna.

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CIMEIRA DA UA 'AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR' DEBATE AVANÇO DO TERRORISMO



Tema da reunião magna de Malabo é 'erradicar a pobreza e a fome numa geração', mas extremistas islâmicos geram preocupação. Guiné Bissau volta a participar, após dois anos de suspensão
"A agricultura e a segurança alimentar são uma prioridade para África. Se atuarmos corretamente, existe potencial para nos ajudar a erradicar a pobreza e a fome numa geração e também para contribuir para a industrialização do continente" no que se refere ao processo agrícola, declarou a presidente da Comissão da União Africana - Nkosazana Dlamini Zuma, na abertura da reunião de chefes de diplomacia que antecedeu a cimeira, na capital da Guiné Equatorial. 

Duplicar a produtividade no setor, conseguir um crescimento anual sustentado do produto interno bruto agrícola de pelo menos seis por cento e criar oportunidades de emprego na agricultura para 30% dos jovens são objetivos indicados pela UA. Durante os trabalhos, que terminam sexta-feira, a cimeira deve adotar uma Declaração sobre Crescimento da Agricultura e Objetivos até 2025. Os chefes de Estado e de Governo africanos estão ainda a analisar propostas de alterações em órgãos como o Parlamento Panafricano e o Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos e a discutir o projeto de estatutos do Fundo Monetário Africano. 

As situações de guerra na República Centro Africana e no Sudão do Sul e os atos de terrorismo na Nigéria e no Quénia são outros dos assuntos a abordar. Nesta cimeira, outro destaque vai para o regresso da Guiné-Bissau, na sequência da progressiva normalização em curso, resultante da realização de eleições legislativas e presidenciais. O país lusófono foi readmitido na UA a semana passada, depois de ter estado suspenso devido ao golpe de Estado de abril de 2012. 

Para além do tema da agricultura, esta cimeira da União Africana pretende debater também a questão do terrorismo e o aumento da atividade de grupos extremistas islâmicos no continente. Para o Professor Paulo Gorjão- do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, as organizações terroristas atentam contra a figura do Estado e devem ser combatidas, tendo em conta a sua natureza criminosa. Os Chefes de Estado e de Governo da UA devem ainda analisar o projeto do Tribunal Africano de Justiça e dos Direitos Humanos. Um projeto que, a concretizar-se, pode substituir o muito criticado Tribunal Penal Internacional, mas que não dá garantias, de acordo com o comentador da RDP África - Eduardo Fernandes.

CASOS DE VIOLAÇÃO DE MENORES ESCANDALIZAM S.TOME E PRÍNCIPE



Depois de um juiz ter sido suspenso, agora é um deputado a ser acusado. Centro contra Violência Doméstica recebe queixas todos os meses, apesar das ameaças e dos subornos
A violação de raparigas menores é uma situação recorrente e preocupante em São Tomé e Príncipe.

Depois do envolvimento de figuras públicas, as denúncias continuam a surgir. O caso que mereceu mais atenção da opinião pública são-tomense foi o de um Juiz, acusado de violar uma menina. O magistrado acabou por ser afastado de exercer a atividade. Agora surge também um deputado de um dos partidos da coligação governamental alegadamente envolvido em abusos, num caso que vai dar origem a um debate parlamentar, agendado para esta sexta-feira. 

Ao Centro de Aconselhamento contra a Violência Doméstica, da tutela do ministério da Saúde, chegam denúncias de três a quatro casos por mês, apesar das tentativas de subornos e ameaças, para calar vítimas e familiares.

RDP

quinta-feira, 26 de junho de 2014

DIPLOMCIA TIMOR-LESTE FELICITA NOVO PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU


O chefe da diplomacia de Timor-Leste, José Luís Guterres, felicitou hoje o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, e desejou que haja estabilidade para o desenvolvimento arrancar no país.

"Felicito o primeiro-ministro indigitado. È uma pessoa conhecedora da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e das realidades da Guiné-Bissau. Tem as melhores relações com todos os dirigentes dos países da CPLP e eu só desejo que tenha muitos sucessos na Guiné-Bissau para o bem do povo", afirmou José Luís Guterres à agência Lusa.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, o facto de os militares terem aceitado os resultados é "também um bom sinal".

"Só esperamos que haja a estabilidade que precisam para que nos próximos anos possa arrancar o desenvolvimento da Guiné-Bissau. É um país com muito recursos naturais e têm todas as condições para ser um país desenvolvido, rico e, se a riqueza beneficiar toda a população, teremos um país com as melhores condições de vida naquela região de África", salientou.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, nomeou quarta-feira Domingos Simões Pereira primeiro-ministro do país.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), antigo secretário-executivo da CPLP, assumiu o cargo de primeiro-ministro depois daquele partido ter vencido com maioria absoluta as eleições legislativas de 13 de abril.

Os novos órgãos de soberania eleitos em abril e maio sucedem às autoridades de transição, que tinham sido nomeadas depois do golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012.

CABO VERDE DIZ QUE GUINÉ-BISSAU VIVE MOMENTO DELICADO


O ministro da Defesa cabo-verdiano considerou que a Guiné-Bissau está num "momento extraordinariamente delicado" do seu processo de afirmação como Estado, referindo que as relações com Bissau serão encaradas com "maior serenidade e otimismo".
Jorge Tolentino, que acompanhou o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, à tomada de posse do novo chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, realizada na segunda-feira em Bissau, "está num momento extraordinariamente delicado do seu processo de afirmação" como Estado.

"Cabe-nos a nós, que já estamos numa fase de muito maior de consolidação, ter a serenidade, a calma e o discernimento para perceber o processo guineense e, dessa forma, estarmos à altura de sermos úteis", afirmou o governante, citado pela Inforpress.

Cabo Verde, acrescentou, não vai apresentar receitas, mas vai escutar quais as necessidades dos guineenses, para, na medida das suas possibilidades, "estar pronto e disponível para ser útil" ao país, sobretudo na área da defesa e segurança.

"Não estou a falar da disponibilização de recursos financeiros, mas sim de podermos levar a nossa experiência, enquanto um pequeno país que tem umas forças armadas e que tem um sistema de defesa e segurança nacional credível, à Guiné-Bissau, aproveitando as disponibilidades financeiras de outras países", explicou.

O ministro informou que têm havido conversas sobre o assunto, designadamente com Angola, lembrando que Luanda tem recursos financeiros.

"O objetivo é que as nossas forças armadas, os nossos militares e os nossos conselheiros militares possam ser úteis neste processo", insistiu Jorge Tolentino, indicando a abrangência das áreas policial e da proteção civil.

Nesta nova fase do relacionamento entre os dois países, sublinhou, deve encontrar-se "maior espaço para fazer crescer os atores e titulares deste tempo atual", sublinhou Jorge Tolentino, que considerou importante uma "compreensão geracional no diálogo" que se venha a fazer.

O ministro da Defesa cabo-verdiano salientou, nesse sentido, "toda a abertura" de Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro guineense nomeado na quarta-feira pelo chefe de Estado da Guiné-Bissau.

Confirmando que Simões Pereira tem estado em "contacto frequente" com José Maria Neves, o homólogo cabo-verdiano, Jorge Tolentino indicou que o primeiro-ministro guineense está "interessado" em visitar Cabo Verde "logo que possível", para que sejam restabelecidas as "pontes de cooperação" bilateral.

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ADULAI DJALÓ-LAI: DEDICOU ESTE GRANDE POEMA AO POVO DA GUINÉ-BISSAU



Dedico este poema ao povo da Guiné-Bissau, em particular, à Comissao Nacional de eleições, aos politicos assumidos e à instituiçao: Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP) pela dedicaçao à causa Nacional. Gostaria que os politicos continuassem activos neste periodo crucial de verdadeira reconstruçao da Patria e da Guineendadi. Bem Haja!


ADEUS IRMÃO
No tempo e espaço
contemplando terra maravilha
férias de inolvidavel alegria
Aqui
noutro espaço e tempo
coração sangrando 
mente em turbulência
memórias em alvorço
Na floresta
ver apenas teus traços irmão
ver teu tronco
prostrado nas bermas de nossas históricas vias
reconheço silhueta tua
vigor da tua massa…
Do teu cadáver mutilado
inconfundível
em fresca revolta
corre teu sangue 
ao chão sagrado
marcando a denuncia
Impossível conhecer tua idade
Tu que engolias balas do sistema retrogrado
Tu que golpes inimigos incomodavas
Tu que segredos ancestrais continhas
Neste espaço e tempo 
amigos teus que protegias
amigos que pulavam e brincavam 
em braços teus
do poleiro tudo sugaram
até chegar ao teu sangue
pau-sagrado
Par outros espaços e em tempos diversos
levam-te como fora com os teus filhos
Passaporte não importa
tudo legal!
Carne tua será portões mesas cadeiras
Carne tua será cama
para servir outras sortes
Esperamos!
Prometemos reconhecer-te 
quando para além do mar 
se abrirem portas portões
para falar de ti em respeitada linguagem
quando for para trazer teu justo quinhão aos TEUS
por Justa … justiça
Nostalgia tua nos habita
do teu verde tempo e espaço de esperanças
das noites e dias de ar fresco
perfume autêntico das nossas matas …
Em espaço teu e novos tempos
filhos netos e bisnetos 
Reenraizarão identidades tuas no lugar certo
MAMÃ floresta
nós
teus filhos
no tempo e na nossa terra
nos renovaremos contigo
Ca entre nos, … sera um simples Adeus à maneira da nossa Guinendadi!
Adulai Djalo (Lai) 
(Canada)
Junho 2014

‘TCHUNA BABY’ ALMOÇO DANÇANTE ”CORREU UMA MARAVILHA" NO CAFÉ KORA (PASSADO FIM DE SEMANA NO PORTO)


 








 ‘TCHUNA BABY’

CORREIA DO NORTE AMEAÇA ATACAR (RETALIAR SEM PIEDADE) EUA POR CAUSA DE FILME (CORRIANUS FIANÇA BÔ!!)


A Coreia do Norte ameaçou "retaliar sem piedade" contra os Estados Unidos se o Governo americano nada fizer para impedir o lançamento de um filme acerca do assassinato do líder norte-coreano Kim Jong-un.

A ameaça surgiu na agência estatal norte-coreana, KCNA, que cita um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano a afirmar que o lançamento do filme significa um "ato de guerra" contra o seu país.

O oficial não referiu o título da obra em causa, mas de facto existe um filme, intitulado "The Interview", que tem como história o assassinato de Kim Jong-un por dois norte-americanos.

Trata-se de uma comédia com James Franco e realizada por Evan Goldberg e Seth Rogen (este último também interpreta um dos papéis principais), produzida pela Columbia/Sony Pictures e que tem estreia internacional prevista para o próximo mês de outubro (dezembro em Portugal).

No entanto, o governo norte-coreano não se está a rir com a ideia. "Produzir e realizar um filme cujo argumento é uma tentativa de atingir o nosso líder máximo é o mais grosseiro ato de terrorismo e guerra e não será tolerado", diz o referido porta-voz, segundo a KCNA citada pela BBC.

Para o mesmo responsável, esta produção cinematográfica é uma "insane provocação dos EUA" que está a espoletar uma reação de "ódio e raiva" no povo norte-coreano.

"Se a administração norte-americana permitir e defender a exibição do filme, haverá uma retaliação sem piedade", acrescenta a mesma fonte.

DN

JOVENS RAPPERS GUINEENSES UTILIZAM MÚSICA PARA DENUNCIAR PROBLEMAS RELACIONADOS COM O NARCOTRÁFICO(DJAMBACATAM)



Jovens rappers guineenses utilizam música para denunciar problemas relacionados com o narcotráfico, mas têm esperança no futuro. 26 de junho é o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas.

Anualmente a 26 de junho, assinala-se o dia Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, criado pela Organização das Nações Unidas, em 1987, para reiterar o esforço dos países para acabar com o abuso de drogas a nível global.
Quando abordando a questão da rota do tráfico de droga, principalmente da cocaína da América do Sul com destino à Europa, a Guiné-Bissau torna-se um país incontornável.

Em 2008, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), num relatório, referia-se à Guiné-Bissau como um país em risco de se tornar um narco-Estado, uma definição que causou uma forte reação nos investigadores Miguel de Barros e Patrícia Godinho Gomes, que decidiram abordar o tema de um perspetiva endógena, dando voz a uma camada importante e muitas vezes silenciada da sociedade guineense: os jovens.


O sociólogo guineense Miguel de Barros

Rejeição do termo "Narco-Estado"
“Isto é uma questão que nos preocupa, a nós guineenses, que o nosso país possa ser identificado como o primeiro narco-Estado em África. Nós declinamos essa visão, não estamos de acordo, e, por isso, temos procurado demonstrar através, precisamente, dessas reações internas ao problema. Porque quando os jovens cantam a música rap, eles não cantam só para eles próprios, eles referem-se à voz dos jovens guineenses, que é uma boa parte da população”, explica a historiadora guineense, atualmente a residir em Itália, onde se doutorou em em Historia e Instituições da África pela Universidade de Cagliari.

O sociólogo e a historiadora fizeram uma análise das narrativas da música rap guineense sobre o narcotráfico, que integraram no artigo mais abrangente “Les conséquences du narcotrafic sur un État fragile : le cas de la Guinée-Bissau”, publicado em 2013 na revista Alternatives du Sud. A ideia, explica Barros é explorar, através do rap, “como é que, perante a fragilidade das instituições, e a incapacidade da sociedade se mobilizar contra o fenómeno, existem bolsas de resistência, que produzem informação, que produzem conteúdo, e conseguem mobilizar franjas da sociedade a posicionarem-se contra o fenómeno do narcotráfico”.

A música rap na Guiné-Bissau surgiu após o final da guerra civil, muitas vezes incorporando ritmos e instrumentos tradicionais do país, e está enraizada na forte tradição oral existente no país, explica Gomes. O rap guineense sempre foi marcado por temáticas de intervenção social e política: denúncias de corrupção, delinquência juvenil, entre outros. Neste contexto, o narcotráfico é um tema inevitável.

O grupo Torres Gémeos: Mpá (sócio do grupo) Libório, Ivan Bandera e Lesmes (da esq. para a dta.)
Crítica e denúncia
Diferentemente do que acontece noutros países, em que a música muitas vezes glorifica o narcotráfico e os seus intervenientes, na Guiné-Bissau, asseguram investigadores e rappers, a situação é bem diferente. Lesmes Monteiro, do grupo Torres Gémeos, que, na sua música “Culpadus”, de 2008, falam de corrupção, narcotráfico e impunidade, explica que “a música rap tem muita influência no país” porque consegue mobilizar muita gente nos concertos. “Eu não considero a Guiné-Bissau um Narco-Estado. Pode existir um momento em que, não só a nível interno como a nível internacional, se falou muito deste flagelo, mas com o que se vive na realidade, não se consegue ver olho nu a dimensão do narcotráfico”, diz o jovem de 28 anos, formado em Direito.

Para Patrícia Gomes, os três principais objetivos da música "narco-rap" guineense são: protestar sobre o problema do narcotráfico e o impacto que este tem na sociedade, estimular a juventude a tomar uma posição e denunciar o envolvimento das autoridades. A diversidade destes jovens rappers sustenta a forma como as suas preocupações se tornam representativas da juventude guineense, explica Miguel de Barros, uma vez que eles vêm da capital, mas também da periferia, dos meios rurais e da diáspora.

Outro tema musical contemplado no estudo é “Contra”, escrito em 2007 pelo grupo Cientistas Realistas, do qual faz parte Edmar Nhaga, também ele formado em Direito. O jovem, que é presidente do setor de Bissau da Liga Guineense de Direitos Humanos, diz que o que o motivou a escrever estas músicas de denúncia foi ter observado uma inversão dos valores na sociedade guineense por causa do narcotráfico. “Temos um movimento de hip hop como um movimento cívico contestatário de diferentes cenários sociais e da má governação que geralmente acontece”, afirma.



O percurso de Zaino Zavad, cujo nome artístico é "As One", também incluido no estudo através da sua música "Kaminhus", é um pouco diferente. O jovem acabou de terminar os seus estudos em Lisboa e quer regressar ao seu país natal, mas a sua carreira musical não foi motivada pela contestação política: "Logo no início da minha carreira, eu escrevia musicas que falavam sobre outros temas, que não eram relacionados com política. Mas quando me apercebi que estava num caminho que talvez não era o ideal para o meu país, resolvi começar a cantar crítica".

Otimismo quanto ao futuro
Apesar da forte crítica à situacao do narcotráfico nos últimos anos e das suas consequências para a sociedade, existe algum otimismo. Lesmes Monteiro fala principalmente no passado quando se refere ao problema. Isso quererá dizer que a situação tem vindo a melhorar? “Nos últimos tempos, talvez por causa da conjugação do esforço das autoridades internacionais, principalmente da Interpol, em conjugação com a polícia judiciária nacional, eu tenho a certeza que este fenómeno tem estado a diminuir consideravelmente”. Mesmo assim, Monteiro faz um apelo à comunidade internacional para que apoie a Guiné-Bissau no combate ao problema.

Também Edmar Nhaga vê o futuro com bons olhos, principalmente tendo em conta a tomada de posse do novo Governo recém-eleito. “O que se nota na sociedade guineense é que estamos otimistas quanto às novas autoridades eleitas e pensamos que estarão em condições de fazer algo, não obstante todos os desafios que têm pela frente”.

Para Miguel de Barros é “um sinal de esperança que haja uma geração comprometida com a transformação social e política da Guiné-Bissau, na qual se assumem como atores incontornáveis com uma palavra a dizer, e bastante vigilantes no processo de governação”.

DW.DE

PAPA FRANCISCO PARTICIPA DE AUDIOLIVRO CONTRA PERSEGUIÇÃO A ALBINOS NA ÀFRICA



O Papa Francisco anunciou nesta quarta-feira que doou sua voz a um audiolivro participativo que denuncia o massacre e a perseguição a albinos na África.

O autor de "Ombra bianca" (Sombra branca), Cristiano Gentili, agradeceu o Papa durante a audiência geral semanal no Vaticano, durante a qual lançou uma campanha mundial para sensibilizar o público sobre a situação dos albinos, os negros nascidos brancos, no continente africano.

A campanha internacional foi lançada nas redes sociais com a hastag #HelpAfricanAlbinos e está acessível em www.ombrabianca.com. Uma petição em seis línguas também foi lançada para expressar solidariedade e solicitar uma ajuda concreta aos albinos africanos, que será gerenciada pela organização Médicos com África (CUAMM).

Na obra, o Papa narra trechos de um longo poema escrito por milhares de pessoas sobre o preconceito para com essas pessoas, consideradas amaldiçoadas e que, por isso, são muitas vezes mutiladas e mortas.

Em muitos países da África, as pessoas afetadas pelo albinismo são discriminadas pela cor de sua pele. Vivem em meio à pobreza e são alvos comuns de ataques, inclusive de mutilações de seus membros e órgãos genitais para uso em rituais primitivos.

Dos quatro mil e-mails enviados por Gentili no ano passado a líderes mundiais, apenas uma pessoa respondeu: o Papa Francisco.

"Eles são os alvos da África. São rejeitados pela sociedade. Doe sua voz. O Papa foi o primeiro. É grátis, simples e rápido. É uma causa justa", disse Gentili nesta quarta-feira.

As frases que compõem o livro podem ser lidas, cantadas, lidas por uma criança e são livremente escolhidas pelo leitor.



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O ENG. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA, NOMEADO 'POR DECRETO PRESIDENCIAL Nº 034/2014' PRIMEIRO-MINISTRO DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU (ESTE DECRETO ENTROU IMEDIATAMENTE EM VIGOR)

Biografia

Nasce em Farim, Guiné-Bissau, a 20 de Outubro de 1963, ano do início da Guerra armada de libertação nacional. Filho de pai agricultor, pequeno proprietário forçado a abandonar a propriedade devido ao início da guerra. A demora em concretizar tal exigência da administração colonial é considerada indicativa da sua relação com os “terroristas”, o que lhe
irá valer 3 anos de prisão pela PIDE-DGS.

Segue para Bissau e logo depois, em 1969, para Cacheu, onde frequenta o ensino primário, sob orientação do reputado Professor Domingos Mendonça, tio e desde então seu principal mentor.

Cacheu, até então considerada uma localidade relativamente tranquila, já era palco de intensas movimentações militares e, por consequência, aportando bastantes ensinamentos sobre o momento político que se vivia.

Com o fim do ensino primário, chega a transferência para Bissau e o confronto com as intensas movimentações dos agentes da administração colonial já em preparação de retirada. Tinha soado o 25 de Abril e então, a independência unilateralmente proclamada pelo PAIGC nas zonas libertadas iria ser efetiva para o conjunto do território e para todo o povo guineense.

Nesse mesmo ano, 1974, integra um dos primeiros grupos de pioneiros que, no Liceu Nacional Honório Barreto, rebatizado de Kwame N’krumah (LNKN) e sob a monitorização de Adriano Ferreira e Hélder Proença, dava os primeiros passos na disseminação da nova ideologia e orientação políticas.

Todavia, só em 1979, através das palestras organizadas tanto quinzenalmente no LNKN como aos sábados na sede do partido, se sentirá atraído e finalmente interessado nos assuntos políticos, assumindo, então, a adesão ao partido através do núcleo da JAAC do Liceu.

Em Fevereiro de 1981 ano em que viria a terminar o Ensino Liceal, com distinção, ao pertencer à lista dos dez melhores alunos do Liceu e que integraram permanentemente o quadro de honra no curso complementar (sexto e sétimo anos) vê-se numa Manifestação Estudantil tumultuosa.

Com a conclusão do ensino Liceal, e devido à atividade que já desenvolvia no núcleo da JAAC do Liceu Kwame Nkrumah, é selecionado para professor de formação militante no Liceu, o que assume para o curso noturno, enquanto que, durante o dia, leciona matemática no então Centro de Formação Técnico Profissional (Escola Técnica) e na Escola dos Técnicos da Saúde (Enfermagem).

Em 1982 beneficia de uma Bolsa de formação para a URSS e lá, integra naturalmente a Associação dos Estudantes da Guiné Bissau, organização que acaba presidindo na sua subcomponente local da cidade de Odessa.

Em 1988, a data da graduação e outorga do diploma de Engenheiro de Construção Civil e Industrial vai coincidir com a notícia da trágica morte do irmão Bartolomeu SP, o que força o regresso imediato ao país apesar de antes haver programado continuar por mais dois anos e concluir o mestrado enquanto aguardaria pela noiva, então à mesma distância do fim do respetivo curso.

Era uma situação difícil de enfrentar para o jovem Engenheiro de 24 anos, por esse motivo, após 2 meses de permanência em Bissau, no Ministério das Obras Públicas, parte para Cacheu, para trabalhar na CUP - Cooperativa Unidade e Progresso, uma das maiores empresas de construção na época, e concluir as 4 residências geminadas a tempo do IV Centenário.

Lá, conhece o então Governador Samba Lamine Mané, o irmão Manuel Alaje Mané, o tio Kau Sambu, o Comandante Gazela, o Administrador Arlindo Pires e o Filipe (que vem a ser Cônsul da Guiné-Bissau em Ziguinchor) e outros que visitavam Cacheu mais esporadicamente, como o Sr. Luciano Ndau e o Ministro Provincial Mário Cabral. É em Cacheu que assume uma militância mais ativa no PAIGC e, por solicitação do tio Kau, passa a promover à noite, seminários de superação sobre a componente histórica e política dos festejos em preparação.

De volta a Bissau é nomeado Diretor Geral Adjunto da CUP e, nessa qualidade participa em 1990 no Primeiro Ciclo de Formação do PAIGC visando a abertura democrática. São os principais companheiros deste programa o Francisco Mansoa, então Diretor da Escola do Partido, o Koumba Yala Kobde Nhanca, a Francisca Vaz Turpin e o Spencer (De Mansoa).

Entretanto ganha uma bolsa de mestrado para o exterior, e até 1994 permanece nos EUA, na Universidade Estatal de Fresno, onde conclui o programa de Mestrado em Ciências Técnicas da Engenharia Civil na especialidade de estruturas.

Regressa à Guiné Bissau em Julho de 1994, e acompanha os últimos dias da campanha eleitoral para as primeiras eleições multipartidárias do país. Terminado o pleito, recebe o convite do Ministro Alberto Lima Gomes para reintegrar os quadros do Ministério das Obras Publicas.

Meses antes da eclosão do conflito de 1998 é ainda chamado a acumular a Direção Nacional da Viação e Transportes Terrestres, o que faz até à chegada e imposição do novo regime.

Forçado a abandonar o Ministério por pretensas incompatibilidades com o novo regime, é recrutado pela Célula de Apoio ao Ordenador Nacional do Fundo Europeu para o Desenvolvimento e, sob a direção do Sr. Filinto Barros é o encarregado do dossier Infraestruturas.

Fica por pouco mais de um ano pois logo a seguir participa e ganha um concurso do Banco Mundial transferindo-se para o Projeto de Reabilitação e Desenvolvimento do Sector Privado. Ocupa-se dos transportes e comunicações, nomeadamente da renegociação dos Contratos de concessão das telecomunicações, dos portos e do acordo aéreo com Portugal, mas também assiste o governo na estruturação da agência de regulação e no licenciamento da primeira licença de celulares no país.

A nível Partidário, retoma de forma ténue as atividades no Secretariado do PAIGC e acompanha à distância o congresso realizado na Base Aérea. Um congresso muito polémico mas de extraordinária riqueza pela profundidade das discussões ai produzidas apesar de então patente o nível da fragmentação interna.

Em 2002 participa, pela primeira vez na qualidade de Delegado eleito nas bases, no célebre Congresso da UDIB que consagra a eleição de Carlos Gomes Júnior à liderança do partido.Havia integrado a equipa de apoio a um candidato derrotado, e recusa subscrever a petição de impugnação do congresso proposto por alguns camaradas. Esta situação vai produzir desconforto em alguns companheiros, o que o leva a prescindir por requerimento oficial do lugar de membro do Comité Central para que havia sido eleito.

Vivia-se um período bastante turbulento sob o consulado do Presidente do PRS que, após 3 Primeiros-ministros e sob ameaça de impugnação parlamentar, destituiu o parlamento e anunciou a formação de um governo de unidade nacional.

É então chamado a integrar o governo e na mesma manhã nomeado Ministro das Infraestruturas Sociais sem ter podido esclarecer a situação com o seu partido e com a chefia do Projeto do Banco Mundial no qual trabalhava. Apesar do aval posterior desta instância, a ligação durou somente 4 meses. Diferenças irreconciliáveis, de visão e perspetivas, com o então Chefe de Governo, levam a sua exoneração.

Compreende na altura a necessidade de reforçar a sua presença e participação nas estruturas partidárias e decide transferir a sua militância política para a Base de Farim.

É nesse contexto que integra a equipa do Secretariado Regional na preparação e acompanhamento das eleições legislativas e presidenciais de 2004.

Com a vitória do PAIGC, é chamado de volta ao governo e assume as funções deMinistro das Obras Públicas. O país ganha dinâmica e a normalização de relações de parceria e cooperação com as instituições internacionais permite relançar vários programas, dentre os quais o da construção da Ponte de São Vicente, as vias urbanas de Bissau, a manutenção da rede prioritária, para além da conclusão das obras do palácio do povo.

Foi um período auspicioso na governação e consequentemente no país. Respirava-se confiança e os indicadores apontavam para a recuperação económica através do crescimento e a estabilização democrática. Mas, afinal essas reformas e todos os indicadores positivos inerentes vêm-se desmoronar com a repentina destituição do governo no rescaldo das eleições presidenciais.

Aceita o desafio, à partida tida como impossível, de organizar a VI Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP. Todos os elementos objectivos pareciam jogar contra, mas a população se mobilizou, os jovens responderam ao chamamento, os ânimos foram apaziguados e os muitos antagonismos serenados − foi possível mobilizar a sociedade para aquela que foi considerada uma grande vitória para todo o povo guineense.

Concluída essa missão, aceita então o convite dos Bispos da igreja Católica, por sugestão do ex-Presidente Henrique Rosa e vai dirigir a Caritas da Guiné-Bissau na qualidade de Secretário-Geral.

Foram dois anos de muita aprendizagem da componente social do país, do sofrimento das pessoas e do enorme esforço que muita gente, dentre religiosos e leigos, desenvolvem a favor dos carenciados mas geralmente de forma inglória por falta do acompanhamento das estruturas oficias competentes.

V Congresso Extraordinário do PAIGC, em Morés, um Congresso não eletivo que a pretexto de revisão dos Estatutos para a “Reafirmação e Estabilidade do PAIGC” serviu no essencial para cumprir calendário e preparar o Congresso ordinário. Era perceptível as movimentações na ala “governante” do partido, mas tudo de forma muito sigilosa. Ocorreram entretanto duas situações: DSP é indigitado pelo Presidente da República ao cargo de Secretario Executivo da CPLP e; Carlos Gomes Júnior anuncia andidatura
à sua recondução enquanto presidente do partido.

No Congresso de Gabu é eleito membro da Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC e, mesmo compreendendo a importância dos desafios futuros, mantém a determinação de cumprir a missão conferida meses antes pelo presidente da Republica – Secretário Executivo da CPLP.

Sai em Setembro de 2008 e se dedica ao cumprimento da missão deSecretariado da CPLP tentando emprestar ao país uma visibilidade mais positiva, mas mantém assídua presença, partilhando suas ideias quanto ao formato e os mecanismos de estabilização do país e de promoção do desenvolvimento.

Durante os quatro anos de mandato, apostou na afirmação da organização no plano internacional e junto da sociedade civil; desenvolveu ações concretas de parceria e cooperação nos mais variados domínios; não descuidou da importância do português e da cultura que une e diversifica a identidade dos povos da CPLP; contribuiu para um maior envolvimento da CPLP no esforço de democratização dos Estados membros e assumiu sem reservas a tendência natural de alargamento; e terá proferido mais de uma centena de conferências, sobretudo em universidades, mas também junto de fundações, associações e demais entidades.

Paralelamente, Domingos Simões Pereira reconheceu a importância de se dotar ainda melhor tecnicamente, e por isso a inscrição no programa de Doutoramento em Ciências Politicas e Relações Internacionais na Universidade Católica Portuguesa para o qual já concluiu a frequência académica e agora começa a formulação da tese.

É premiado Personalidade Lusófona do Ano, pelo pelo Movimento Internacional Lusófono.

É eleito Presidente do PAIGC, no VIII Congresso de Cacheu.

É este em resumo o percurso técnico e político de Domingos Simões Pereira. É este manancial de feitos e factos que o convencem de ser parte das soluções que se oferecem ao PAIGC, o partido que o formou politicamente e que o ofereceu as primeiras oportunidades de formação técnica. Um partido cujos principais veteranos conhece particularmente bem por os ter servido no passado, mas com cuja juventude se identifica profundamente o que lhe confere competência e sensibilidade para assegurar uma transição geracional tranquila, de dignidade e respeito para uns e de oportunidade e realização para outros.

Domingos Simões Pereira também se considera devidamente inserido no circuito internacional para levar e saber transmitir uma mensagem credível e mobilizadora, capaz de convencer os parceiros a dar uma chance ao país e aos guineenses.