segunda-feira, 22 de setembro de 2025
O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, deixou Bissau esta manhã com destino a Nova Iorque, onde participará na 80.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Nesta importante cimeira internacional, o Chefe de Estado será portador da voz da Guiné-Bissau, intervindo sobre questões de elevada importância mundial, nomeadamente a paz, o desenvolvimento sustentável e a cooperação internacional.
À margem dos trabalhos da Assembleia Geral, o Presidente da República cumprirá ainda uma agenda diplomática preenchida, com encontros bilaterais e contactos com entidades e organismos internacionais, visando reforçar a projecção e os interesses da Nação.
No Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, o Chefe de Estado recebeu os cumprimentos de despedida do Primeiro-Ministro, bem como de várias autoridades civis e militares.
FMI já emprestou quase 60.000 ME a África desde 2020 e terá de emprestar mais
Washington, 21 set 2025 (Lusa) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que os países africanos vão precisar de ainda mais financiamento, apesar de a instituição já ter emprestado quase 70 mil milhões de dólares desde 2020 para ajudar estas economias.
"Estamos a observar uma procura contínua dos países africanos pelo apoio do FMI, incluindo novos programas, prorrogações e aumentos [de financiamento], impulsionados por choques persistentes e pressões elevadas da dívida", afirmou um porta-voz do FMI em declarações à agência de informação financeira Bloomberg, nas quais apontou que o Fundo já financiou estas economias em quase 70 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros) desde a pandemia de covid-19.
O FMI tem mais de 20 programas de ajustamento financeiro em África, incluindo nos lusófonos Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estando também em negociações para recomeçar o programa de Moçambique, o que deixa de fora apenas Angola e a Guiné Equatorial, país que terminou em julho um programa de apoio técnico sem financiamento.
Países como o Maláui, Quénia ou Moçambique abandonaram os programas por não terem conseguido cumprir as metas, mas estão em negociações com o Fundo, enquanto o Uganda e o Senegal estão à procura de novos programas e a Zâmbia está a negociar um prolongamento de um ano do ajustamento em curso.
A dívida externa de África subiu para mais de 650 mil milhões de dólares (552 mil milhões de euros), e os custos do serviço da dívida atingiram quase 90 mil milhões de dólares (76,4 mil milhões de euros) em 2024, de acordo a Organização das Nações Unidas.
Estes elevados níveis de dívida permitem aos investidores estrangeiros impor uma taxa de juro mais alta nos empréstimos ou emissões de dívida feitas por estes países, o que originou uma aposta cada vez maior nos mercados internos de dívida, ao ponto de a falta de disponibilidade financeira dos bancos para apoiar as empresas locais se ter tornado uma preocupação.
Em Cabo Verde, o FMI anunciou em julho um prolongamento do Mecanismo de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês) por mais 15 meses e um aumento do financiamento para cerca de 60 milhões de euros.
A direção do FMI anunciou também, nessa altura, que tinha aprovado o prolongamento, por 15 meses, do acordo de financiamento no âmbito do Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade (RSF), destinado a apoiar os investimentos climáticos, e o reescalonamento das datas de disponibilidade ao abrigo deste programa.
Na Guiné-Bissau, o FMI tem em curso um ECF, ao abrigo do qual já financiou esta economia lusófona em cerca de 40 milhões de euros.
O programa de ajustamento financeiro em Moçambique foi interrompido no final do ano passado, na sequência da derrapagem na grande maioria das metas, devido à violência que estalou no último trimestre, na sequência da divulgação dos resultados das eleições presidenciais, mas no final de agosto o FMI disse que as discussões sobre um novo programa de ajustamento financeiro vão continuar "nos próximos meses".
Em São Tomé e Príncipe, o FMI tem em curso um ECF que vai durar quase até final de 2027 e ao abrigo do qual serão desembolsados mais de 21 milhões de euros.
Lusa
domingo, 21 de setembro de 2025
O antigo Presidente da República, José Mário Vaz, reuniu-se este domingo, 21 de setembro, pela segunda vez com a Coligação Aliança Inclusiva – API Cabaz Garande. O encontro serviu para trocar impressões sobre a atual situação política no país e discutir a possibilidade de escolha de um candidato para as eleições gerais, presidenciais e legislativas, marcadas para 23 de novembro.
Netanyahu avisa que não haverá Estado palestiniano
"Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestiniano após o massacre atroz de 7 de outubro: vocês estão a oferecer uma enorme recompensa ao terrorismo", disse Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que não haverá um Estado palestiniano, num vídeo dirigido aos líderes ocidentais, nomeadamente do Reino Unido, Canadá e Austrália, que reconheceram anteriormente esse Estado.
"Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestiniano após o massacre atroz de 7 de outubro: vocês estão a oferecer uma enorme recompensa ao terrorismo", disse Netanyahu na mensagem, em vídeo, divulgada pelo seu gabinete.
"Tenho outra mensagem para vocês: isso não vai acontecer. Nenhum Estado palestiniano será criado a oeste do [rio] Jordão", acrescentou.
Benjamin Netanyahu afirmou ainda que o seu Governo vai expandir a colonização judaica na Cisjordânia ocupada, em resposta ao reconhecimento de um Estado palestiniano por parte de países ocidentais.
"Durante anos, impedi a criação desse Estado terrorista, apesar das enormes pressões, tanto dentro do país como internacionalmente", disse Netanyahu, referindo: "Fizemo-lo com determinação e sabedoria política".
"Duplicámos os colonatos judeus na Judeia e Samaria [como Israel designa a Cisjordânia] e continuaremos nesse caminho", acrescentou.
O primeiro-ministro israelita prometeu uma resposta na próxima semana.
"A resposta à última tentativa de nos impor um Estado terrorista no coração do nosso país será dada após o meu regresso dos Estados Unidos. Vamos esperar", advertiu.
Benjamin Netanyahu desloca-se aos Estados Unidos esta semana, para intervir na 80.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, estando também previsto um encontro com o Presidente norte-americano e aliado, Donald Trump.
Hamas diz que reconhecimentos são "uma vitória" para direitos dos palestinianos
Um responsável do movimento islamita Hamas afirmou, este domingo, que os reconhecimentos de um Estado palestiniano por parte dos países ocidentais representa "uma vitória" para os direitos dos palestinianos.
"Esses reconhecimentos representam uma vitória para os direitos do povo palestiniano e a legitimidade da nossa causa, e enviam uma mensagem clara: não importa até onde a ocupação [israelita] chegue nos seus crimes, ela nunca poderá apagar os nossos direitos nacionais", disse Mahmoud Mardawi à agência France-Presse (AFP).
Os governos do Reino Unido, Canadá e Austrália formalizaram este domingo o reconhecimento do Estado da Palestina, um passo que Portugal deverá anunciar ao início da noite, através do ministro dos Negócios Estrangeiros.
A declaração formal de Paulo Rangel sobre o reconhecimento do Estado da Palestina será feita na missão permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas (ONU).
Subscrever:
Mensagens (Atom)