Miguel Trovoada
Presidente do país destaca “grande importância” de reunião prevista para o fim de abril; representante do secretário-geral da ONU disse que país perdeu muito tempo para avançar.
As Nações Unidas anunciaram um encontro que deve juntar personalidades políticas da Guiné-Bissau e representantes da comunidade internacional para debater a situação do país em busca de um pacto de estabilidade.
A informação foi dada esta sexta-feira à Rádio ONU, de Bissau, pelo representante especial do secretário-geral para o país. Miguel Trovoada disse que é fundamental que se chegue a um entendimento para o avanço da nação.
Instabilidade
“Pretendemos um fórum de debate e reflexão incluindo instituições de Estado, partidos políticos, sociedade civil, forças religiosas e toda a gente para falar das causas da instabilidade e das grandes vantagens que adviriam para o país se de facto contasse com uma plataforma que garantisse a estabilidade. Então, nós resolvemos promover essas jornadas de reflexão sobre a problemática da instabilidade. Prevemos para 27 e 28 do mês de abril, com a participação de algumas entidades que virão do exterior.”
Esta semana, Trovoada manteve um encontro com o presidente guineense José Mário Vaz, no qual deu informações sobre a iniciativa.
Importância
O também chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Uniogbis, disse que o líder guineense concordou com a realização da reunião e sublinhou ter “grande importância” para o país.
Trovoada falou das suas expectativas em relação à sessão parlamentar de terça-feira, que será a primeira após o retorno de 15 deputados que pediram estatuto de independentes na sequência da sua expulsão do partido Paigc.
Interesses
“O presidente da República vai se dirigir à nação durante a mensagem à Assembleia Nacional Popular, no dia 19. Aguardamos para ver quais são as pistas, vozes e ideias do presidente. O que espero é que se entenda que já é altura de se ultrapassarem essas questões de interpretação, de acordo do que é o interesse de grupos, da constituição e de mais leis da República. Estamos a meio ano da legislatura, perdeu-se muito tempo. A partir de agora, seria bom que uns e outros se concentrassem. É fundamental um entendimento para que o país possa avançar.”
Esta semana marcou o segundo aniversário das eleições presidenciais e legislativas da Guiné-Bissau, que foram apoiadas pela ONU.
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