BY REVISTA PORT.COM / 21 JUL 2015
A Guiné-Bissau passa por uma “fase única” e representa uma “excelente oportunidade para os empresários portugueses”, avaliou o delegado da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Bissau, Tiago Bastos.
“Há muita coisa para fazer e é uma excelente oportunidade para os empresários portugueses”, numa altura em que o país vive “uma fase única, não só ao nível da estabilidade, mas também ao nível do progresso e investimento. A oportunidade é agora”, referiu, em entrevista à agência Lusa.
Tiago Bastos chefia o escritório da AICEP na capital guineense, inaugurado há duas semanas e de portas abertas nas instalações da embaixada de Portugal.
Para já, a prioridade é “conhecer afincadamente o terreno” para identificar parcerias.
Há oportunidades listadas “na estratégia do Governo” da Guiné-Bissau, nomeadamente nas áreas da agricultura, pescas e serviços, mas as necessidades são muitas e “há um pouco de tudo para fazer”.
“O importante é que os empresários” que chegam a Bissau entrem em contacto com a AICEP para terem informações sobre as potencias parcerias e evitarem riscos desnecessários, referiu.
Segundo Tiago Bastos, “é fundamental fazer trabalho em parceria e não de forma isolada, em que existem sempre riscos”.
Aquele responsável disse acreditar que a delegação da AICEP servirá para ajudar a captar investimento português para a Guiné-Bissau e que o capital estrangeiro vai ajudar a “estabilizar o país” – historicamente sujeito a instabilidade política e militar.
Depois da avaliação das oportunidades, segue-se “um longo trabalho” que deverá envolver câmaras de comércio e feiras de negócios, concluiu.
A eleição de novas autoridades em 2014 permitiu à comunidade internacional retomar em pleno as relações com o país, nas quais se enquadra a presença da agência portuguesa em Bissau.
Num encontro de doadores realizado a 25 de março, em Bruxelas, o Estado guineense mobilizou mais de mil milhões de euros de intenções de apoio internacional, com Portugal a comprometer-se com um programa de cooperação de 40 milhões de euros.
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