O Primeiro-ministro, Rui Duarte Barros, reconheceu esta terça-feira, 18 de março de 2025, que a Guiné-Bissau enfrenta diversos obstáculos, como a pobreza e a infraestrutura limitada, que impactam diretamente a capacidade de investir e melhorar o capital humano.
O chefe do governo falava na cerimónia de apresentação do Relatório de Análise do Capital Humano da Guiné-Bissau, realizado pelo Banco Mundial num dos hotéis de Bissau, na qual afirmou que o desenvolvimento do capital humano na Guiné-Bissau é um desafio significativo, mas também uma oportunidade crucial para o crescimento económico e social do país.
Assegurou que o relatório de análise do capital humano, apresentado, não é apenas um documento, mas também um espelho que reflete os desafios que o país enfrenta e as oportunidades que podem ser aproveitadas para construir um futuro melhor..
Rui Barros informou que o capital humano é a base de qualquer sociedade que aspira um desenvolvimento, sendo que a educação, a saúde, a formação profissional e o empoderamento das mulheres e dos jovens são pilares fundamentais para o crescimento social e económico. Acrescentou que um país só poderá alcançar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável se investir com seriedade e visão na educação, na formação profissional e no bem-estar das suas populações, porque um dos dados mais importantes que o relatório traz é a necessidade urgente de investir na educação de qualidade, desde a infância até ao ensino superior e técnico-profissional.
“Este Relatório sobre a Análise do Capital Humano da Guiné-Bissau vem lembrar-nos da importância da igualdade de género e do empoderamento das mulheres, pois quando investimos nas mulheres e raparigas, estamos a investir no futuro do nosso país. A participação plena e igualitária das mulheres em todas as esferas da sociedade não é apenas uma questão de justiça, mas também uma estratégia inteligente para o desenvolvimento sustentável. O investimento no capital humano não se limita apenas à formação académica, mas também abrange a criação de condições para que todos os cidadãos possam viver com dignidade, aceder a cuidados de saúde de qualidade e desenvolver as suas competências em todas as fases da vida”, sublinhou.
Por seu lado, a Representante Residente do Banco Mundial na Guiné-Bissau, Rosa Brito, afirmou que o relatório sobre a análise do capital humano apresentado é um diagnóstico detalhado dos indicadores do capital humano da Guiné-Bissau em três setores chave, nomeadamente saúde, educação e proteção social. Acrescentou que o estudo identifica as principais lacunas no desenvolvimento do capital humano no país e fornece recomendações concretas de políticas públicas para colmatar essas lacunas.
A Representante Residente do Banco Mundial assegurou que uma das principais conclusões do estudo é a necessidade de mais investimentos em saúde, educação e proteção social para fortalecer o capital humano na Guiné-Bissau. Adiantou que, para responder às necessidades identificadas no relatório, o Banco Mundial desenvolveu o recém-aprovado projeto de capital humano, que será implementado até 2030 e conta com uma doação de 20 milhões de dólares para impulsionar o progresso nos três setores chave, lançando assim as bases para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb
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