segunda-feira, 17 de março de 2025

Caso avião de droga: corpo do brasileiro que morreu em Bissau ainda está no hospital



Duas semanas após a sua morte, os restos mortais de Marlos de Paula Balcaçar, cidadão brasileiro condenado por tráfico de droga na Guiné-Bissau, continua na morgue do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), sem se saber quando o corpo vai ser retirado do local e levado, eventualmente, para o Brasil.

Uma fonte que está a acompanhar o caso, desde a morte de Marlos, disse à Capital FM que, as responsabilidades sobre o destino dos restos mortais do falecido estão sob o Estado da Guiné-Bissau, que deveria resolver os processos burocráticos ligados ao caso.
A fonte diz que é da vontade da família de Marlos de Paula Balcaçar, nomeadamente do seu pai, que vive no Brasil, ver o corpo transladado para o país de origem, para ser enterrado.
Segundo esse confidente da CFM, para se avançar, eventualmente, com o processo de transladação dos restos mortais, é fundamental a garantia de três documentos, que são a Declaração de Óbito, o Relatório Médico e a Certidão de Óbito.
"Até agora só foi produzida e entregue a Declaração de Óbito, faltam os dois documentos que até agora não foram produzidos nem entregues", disse aos advogados ou à Embaixada do Brasil.
A mesma fonte disse à CFM que a Embaixa do Brasil na Guiné-Bissau quer ajudar na transladação dos restos mortais de Marlos, se assim for decidido, mas sem esses documentos, a representação diplomática "nada pode fazer".
"A responsabilidade é do Estado da Guiné-Bissau, particularmente do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, porque Marlos de Paula Balcaçar morreu como recluso e não na rua", afirmou ainda a fonte.
A Rádio Capital FM tentou obter mais informações sobre o caso, junto das autoridades guineenses, mas não foi possível.
Marlos de Paula Balcaçar, cidadão brasileiro de 45 anos, foi condenado em janeiro deste ano, ele e mais quatro pessoas, a 17 anos de prisão efetiva, após serem detidos, em Bissau, em setembro de 2024, a bordo de uma aeronave que carregava 2,6 toneladas de cocaína.
No dia 3 de março deste ano, Marlos, que tinha problemas cardíacos, acabou por morrer no Hospital Nacional Simão Mendes, onde estava internado.

Por CFM

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