Crianças duma escola na Guiné Bissau, onde professores terminam greve, mas alunos não voltam às aulas DR/Projecto Deter Júlio
O sociólogo e antigo ministro da Educação guineense Dautarim da Costa receia que o Senegal venha a ter mais falantes de português que a Guiné-Bissau devido às deficiências do sistema educativo do país.
Para Dautarim da Costa, o perigo é que a Guiné-Bissau poderá “perder a própria soberania” por falta de quadros qualificados. O ministro exprimiu-se à margem da apresentação de um relatório elaborado pelo Banco Mundial sobre a análise do capital humano na Guiné-Bissau, através de indicadores e políticas públicas nos setores da saúde, educação e proteção social.
“Aqui ao lado, no nosso país vizinho, Senegal, temos milhares de falantes do português que estudaram o português, que sabem escrever português, e que têm qualificações escolares, em princípio, mais consistentes do que aquelas que nós produzimos”, enfatizou o investigador em declarações à Agência Lusa.
O documento do Banco Mundial aponta que existem lacunas nesses três sectores e técnicos de diferentes ministérios do Governo guineense reconheceram ser necessário reforçar as políticas públicas nos mesmos.
Para Dautarim da Costa, que foi um dos animadores da sessão da apresentação do relatório, “mais do que tudo”, a Guiné-Bissau deve olhar para a formação de quadros como “prioridade número um”.
Por: RFI com Lusa
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